Capitulo 59

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INGRA

Garota a Marcela me acordou sete horas certinha pra ligar pra médica,acordei no maior susto com o telefone na minha cara.

Ingra:Você não tem o que fazer não?-olhei pra ela e estralei a língua.-Vai resolver o seu assunto e a gente liga,vou começar a fazer os exames de rotina.

Hacker:Vai que ontem tu tava brincando?-revirei os olhos.-Conheço você o suficiente pra não saber quando fala sério ou é debochada.-ri.

Ingra:Eu estou falando sério,ué.-segurei o riso.-Vou marcar com ela pra amanhã e já faço os exames pra ver.

Hacker:Vou hoje na outra favela pra dar baixa...-olhei pra ela.-Hoje mesmo acho que eles dão a data,mais rápido o possível.-me deu um selinho.

Ingra:Quero que você entenda que está fazendo isso por você pra não se arrepender...-ela sentou do meu lado e eu me apoiei na cabeceira da cama.-Não tem filho,não tem Ingra e nem ninguém te obrigando a fazer nada,você faz o que deseja...entendeu?

Hacker:Maluca tu?-bateu na minha testa.-Tô fazendo isso por mim,porque eu quero estar viva pra viver a vida com a nossa família.-já fiquei toda xoxinha.-Agora o crime que eu vou cometer é viver do teu lado.

Comecei a rir e a gente deu um beijinho. Minha família.

Ela saiu e eu caí na cama de novo,que loucura eu tô fazendo com a minha vida? Alguém me puxa pra realidade.

Levantei da cama na força do ódio já em ligação com a ginecologista que virou uma colega de vida,já que pra todo lugar que eu ia começava a chorar.

Ginecologista:Eu preciso que você faça os exames,amanhã mesmo eu posso fazer todos...-dei um risada.-Você já sabe qual vai querer?

Ingra:Amanhã a senhora explica tudo e a gente se resolve.

Ginecologista:Sem atrasos!

Vim trabalhar com o coração na boca,dia de manutenção era bem mais tranquilo,antes da seis eu já estou em casa.

Meu avô? Em casa com a filha,não vou bater mais cabeça pra ninguém e digo mais,eu não perco nada. Se tem uma pessoa que faz de tudo pra todo mundo sou eu,eu perdoou,tolero e me faço de cega mas não sou burra,ninguém ache que vai me fazer o mal e sair ilesa.

Entrei já com a Elisa bebendo,uma quinta dessa e ela nessas,certa.

Ingra:Yuri?-ele olhou.-Arruma toda a minha agenda,eu só quero cinco cabeças por dia,de colocação ao corte,só cinco.

Yuri:Vai viajar?

Ingra:Não,vou descansar.-ri.-Amanhã eu não venho.

Yuri:Eu achei a casa pela metade do preço,atrás da linha.-olhei pra ele.-Você ainda vai querer? Eu falo com a dona.

Ingra:Você tem dinheiro pra pagar?-ele riu.-Eu não vou comprar casa nenhuma não tenho nem onde cair morta,imagine...

Elisa:Voltou igual uma cavala!-rimos.

Trabalhei certinho sem descanso e sai antes da seis como havia previsto e fui na casa dos meus avós já que a dona Doralice está dando nome e sobrenome lá.

Já entrei com ela gritando e mandando todo mundo ir pra casa do caralhooo.

Vó Doralice:Eu quero você fora daqui,Claudia!-gritou.-Vai pra puta que pariu,pro raio que o parta mas não fica na minha frente,você não fica na minha frente que eu tô velha mas não estou morta.

Tia da Ingra:Mamãe pra onde eu vou? Eu e as minhas filhas?

Vó Doralice:Se vira!-começou a arrumar os copos da pia.

Minha mania de quando começar a discutir parar e começar a arrumar a casa foi com ela.

Tia da Ingra:Papai?

Vô Samuel:Não me meta nisso!-levantou do sofá.-Eu te coloquei aqui dentro quando ninguém queria,briguei com todo mundo pra amparar mas olha como você me deixou...-ele começou a falar mais alto.

Meu avô não era de gritar,ordem dele sempre foi uma só e muito bem acatada por todo mundo.

Vô Samuel:Você não cuidou de mim nenhum dia,não me perguntou se eu estava precisando de um copo d'água.-ela começou a chorar.-Arruma tuas malas e cai fora!

Eu fiquei calada e imóvel como estava o tempo todo,não abrir minha boca pra nada mesmo,minha opinião está bem guardada.

Só vim por causa da minha avó mesmo e mesmo assim só fiquei mexendo no celular escutando ela soltar os cachorros.

Demorou muito pra ela arrumar as coisas e ir atrás de alguém pra vim buscar mas quem veio foi o marido.

Tia da Ingra:Nunca mais eu venho aqui!

Vó Doralice:É um favor que você faz pra mim!

Só esperei ela fechar a porta pra ir catar as minhas coisas mesmo.

Ingra:Tô indo!-gritei da sala.-Benção e beijo! Amanhã eu volto.

Ele tentaram puxar assunto mas eu não quis saber e vim pra casa,tenho que manter minha saúde mental boa.

Ainda deu tempo de ligar pra psicóloga pra gente conversar sobre a gravidez. Verdade que ela toda vez manda eu procurar a resposta,vou parar de pagar essa feia.

Marcela chegou com caldinho baiano e eu amei,gente muita pimenta jeito que eu to viciada.

Ingra:Como foi lá?-ela sentou no sofá.-Vai tomar banho,sebosa.

Hacker:Reclama de tudo!-bateu na minha perna e tirou a camisa.

Nem demorou muito e ela voltou pra contar tudo.

Hacker:Eles disseram que em dois consegue.-olhei pra ela.-Dois meses contando de amanhã.

Ingra:Meu Deus!-pulei no sofá.-Que bom,vamo comemoraaaarrr'

Hacker:Vamo.-me abraçou.-Livre pra gente.

Eu morri e tô no céu!

Votem e comentem muito.
Beijo na boca gostosas!

PERDIÇÃO-II LIVRO Onde histórias criam vida. Descubra agora