Capitulo 121

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HACKER

Minha avó sempre fala um ditado que diz "Onde há inveja nunca haverá sorte", achava que ela se referia a amizades ou bens materiais mas nunca achei seria da vida que você leva.

Deus me deu o maior presente quando decidiu colocar a Maria na minha vida, desde da primeira vez que ficamos eu sentia que tudo ia mudar, ainda não conseguia entender como mas sabia. E viver essa nova vida com ela só mostra que o destino escreve certo em linhas tortas.

Uma mulher conhece outra, e Brenda sempre foi burra, mesquinha, arrogante e soberba, gosta muito de se aparecer em rede social, mostrar a vida que levava no crime, não foi tão difícil descobrir onde ela estava e quando ia aparecer.

Entrar em casa e ver aquela cena, eu não desejo pra ninguém! Ver alguém que você ama a um passo da morte é a pior sensação que possa existir, e eu não tinha só uma como duas pessoas. As duas mulheres que mais amo nessa vida.

Deixei ela no galpão, pedi pra ninguém tocar, quem vai matar ela vai ser eu, pra ela ver o problema que ela arrumou quando decidiu tentar destruir a vida da minha mulher.

Vim no jogo do Saulo mas a minha cabeça ainda está naquela cena, a Maria com a Ioiô no colo no peito chorando, desesperada, lutando pela vida. Vira e volta olhava para ela de rabo de olho e ela estava rindo, tentando se distrair, as vezes olhava de volta mas em nenhum momento tocou no assunto ou ficou cabisbaixa.

Viemos para casa, e ela quis dormir com as crianças na cama, chega a ser engraçado colocar as duas crianças e nós duas. A cama vira um nada e eu me amarro, amo dormir agarrada com eles, ficar toda amassada e mesmo assim ser a noite de sono mais tranquila.

Olhar para trás e ver o quão mesquinha, orgulhosa, fria e egotista eu fui chega a ser engraçado, corta pra Marcela de cinco anos depois sendo a pessoa mais grudenta do mundo. As vezes Maria vai dormir com o Saulo e eu não consigo mais dormir sozinha, saio arrastando os dois pra dormir na cama comigo, mesma coisa com a Ioiô, as vezes até pela tarde eu trago pra dormir comigo.

Vi o horário de meia noite e virei pra ela que tinha pouco tempo que acabou de pegar no sono, estava ressonando baixinho, a boca entreaberta, parecia a mulher mais tranquila do mundo. Olhei bem ao redor da gente e não pude deixar de ri, que doideira de vida.

Comemorando os 25 anos dela deitado numa cama com duas crianças emboladas na gente, na nossa casa, com os nossos filhos.

Hacker:Maria?-chamei ela baixinho.-Amor? Acorda!

Ingra:Pode falar que eu to escutando.-ri baixinho.-Fala, amor.

Hacker:Levanta, quero te da parabéns.- ela abriu os olhos.-Vamo lá na sala, tenho um negócio pra você.

Ela levantou e a gente ajeitou o Saulo na cama e colocou a Iolanda no berço com medo dela cair já que roda a cama toda.

Ingra:Cadê?-chegou perto de mim e eu dei um selinho naquela boquinha linda e ficamos nos olhando.-Quero falar, linda.-Confirmei.-Você sabia que ela ia vim hoje?-confirmei.-E não me avisou?

Hacker:Eu não sabia que essa doida ia querer você com a Iolanda, ela sempre deixou claro que queria você e esquecer tudo que você teve comigo.-ela só fez "hum".-Mas também não ia deixar você ir, problema seu filhona, eu bem que escutei você dizendo que ia fugir com ela.-ela gargalhou.

PERDIÇÃO-II LIVRO Onde histórias criam vida. Descubra agora