Capitulo 66

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INGRA

Eu vim pra casa dos meus avós mas meu coração está com a Marcela. Ela sempre foi fã da mãe e não é fácil se entojar como ela,do dia para a noite praticamente.

Eu sei que ela tem os motivos dela e não tiro da razão,mas acho que tem que pensar. Do jeito que ela gosta de resolver as coisas pra mim nunca desceu,tudo na base da violência.

Vô Samuel:Ta voando alto aí,o que foi?-neguei.-Não quer falar?

Ingra:Tô com medo das palavras terem poder!-beijei o rosto dele.-Quero comer logo.

Vó Doralice:Por que só tem o palhaço do seu avô aqui,né? Você me respeita dona Ingra!-comecei a ri com a Yza.-Tu pode ter a idade que for,eu ainda mando em você.

Ingra:Calma,meu amor! Eu te amo igual,só vi primicério o vô.-ela começou a rir.

Eu amo demais! Fora que a Odara tá aqui,né? Sem preocupação nenhuma enquanto isso.

Comi e pedi pra Yza trazer o ventilador pra sala que tá um forno! Pensei que a vida separada dela ia fazer com que se afastássemos mas foi totalmente ao contrário,se falamos todos os dias sobre tudo.

Vó Doralice:Vai comemorar o aniversário do seu avô? É dia dez do próximo mês!

Ingra:É obrigatório!-ri.-Vem todo mundo pra cá e faz a festa,vou falar com o tio Carlos hoje.

Vô Samuel:Não vi ninguém me perguntando se eu queria festa.-sentou do lado da Yza.-Comemorar mais um ano de vida!

Festa do meu avô sempre foi algo muito importante pra gente,sempre fizemos festa mesmo com implico que tínhamos.

Todo mundo da família vem e não é pouca gente,muito tumulto pra essa família! Amo esse dia,muita cachaça,comida e gente boa.

Quem me ensinou essa tradição do aniversário aniversário do meu avô foi o meu pai,que até hoje carrego comigo. Seu Marcos deve estar feliz,tô seguindo o legado dele.

É impossível não lembrar da minha época de criança e do meu pai,eu já sabia que era certo passar o dezembro todinho na casa da minha avó. Do aniversário do meu avô até a virada do ano era aqui,é todo ano na verdade.

Yza:Vou ir arrochar com as primas!-começamos a ri.-Que época boa,já quero os docinhos.

Ingra:Tu virou formiga agora?-ela me bateu.-Eu hein,se enxerga.

Yza:Tu não manda em nada não,linda! Se o vô quiser doce vai ter doce.

Vó Doralice:Eu ainda quero saber porque dou condição pra vocês duas,de verdade mesmo!

Perturbamos meus avós a tarde toda mas eu agarrei no sono,tô tão cansada esses dias que não posso encostar em qualquer lugar que durmo.

Acordei com a Marcela me chamando pra ir pra casa,meu avô até me perguntou se ela queria comer mas pela cara que estava não queria nada.

Meu avô deu a benção e eu coloquei a Odara no banco de trás e viemos em silêncio.

Ingra:Vai comer? Eu faço rapidinho.-ela negou.-Você já comeu hoje?

Hacker:Tô sem fome...-foi pro banheiro e eu segui.

Ingra:Ficar sem comer não vai resolver nenhum dos seus problemas.-ela revirou os olhos.-Quando você sair daí já vai estar pronto.

Fiz macarrão com camarão no alho e óleo que ela ama e é rápido.

Eu não me aguento calada,parece que se eu não falar tô me matando por dentro,não seguro minha língua nunca!

Ela comeu em silêncio e a gente foi deitar,colocamos um filme mas o clima estava pesado,estava ruim.

Ingra:Eu preciso falar!-ela olhou pra mim.-Sua mãe está doente,amor. Ela precisa de cuidados e não de surra,vê com o finado pra internar ela.

Hacker:Doente porra nenhuma,pra causar inferno na vida alheia ela não está! Vai ser cobrada como qualquer outro morador,sem regalia nenhuma.

Ingra:Ta errada! Hoje ela estava muito drogada,o cheiro dela estava visivelmente de uma pessoa mal cuidada,não vai te custar nada ajudar ela...-ela bufou.-Até porque praticamente até ontem ela era uma santa.

Hacker:Tem que se preocupar com isso não. Quero vê você da melhor forma aí,sua mente não para um minuto.-dei língua.

Ingra:Amanhã eu vou lá na sua avó pra ver isso.-ela confirmou.-Acho que você ainda não entendeu que se você não estar bem,eu também não vou tá.

Hacker:Doidera! Como você está se sentindo hoje?-ela mexeu no meu cabelo.-Fiquei doida achando que ela tinha feito algo com tu.

Ingra:Eu não tô morta,Marcela!-ela bateu na minha testa rindo.-Bate na de baixo.

Hacker:Tu acha que ela tá doente de verdade? Eu não acredito mais,dela e do morto do quero distância.

Ingra:Ela esta viciada,doente mesmo. Não precisa ficar perto,é só ir atrás pra saber da internação.

Começamos a conversar sobre outras coisas e aí sim o clima foi ficando legal,gostoso de verdade.

As vezes a gente esquece o porquê estamos no mesmo caminho,eu lembro a ela direto.

Demos um beijo mais contido,calmo e gostoso. Selando tudo isso que está acontecendo nas nossas vida,é transformador vê que daqui a dois meses estamos livres de tudo isso,vamos finalmente viver nossa vida.

Ingra:Só falta dezoito dias pra saber se eu estou grávida...-falei no meio do beijo.

Hacker:Vai estar!-segurou mais firme no meu cabelo.

Começamos nessa brincadeira e quando eu fui ver tava já estava indo dormir três horas da manhã.

Votem e comentem muito.
Beijo na boca gostosas!

PERDIÇÃO-II LIVRO Onde histórias criam vida. Descubra agora