Nem mal fechei os olhos e já logo acordei. Não deveria ter dormido mais que uma hora. Minha cabeça doía, latejava, estava prestes a explodir. Minha boca estava amarga e me sentia enjoado. Mas também não estava afim de levantar, porque estava muito gostoso e quente ali debaixo do edredom. Sem falar na respiração e a batida do coração do Burro que me faziam relaxar mais ainda.
"RESPIRAÇÃO E BATIDA DO CORAÇÃO?" – perguntei quase enfartando.
Parei um segundo para ter certeza de estar sentindo o que estava sentindo. E quando minha cabeça subiu e desceu em movimentos lentos e profundos, tive a certeza. Era como eu se tivesse pulando em uma piscina de água gelada. Meu coração, como sempre, estava saindo pela boca. Esfreguei meu rosto na esperança que não fosse verdade o que estava acontecendo e pude sentir a pele macia do peito nu do Burro.
"Pois é, eu estava deitado no peito do meu melhor amigo."
Eu estava abraçado a ele, da mesma maneira que eu abraçava meu travesseiro e ele o mesmo.
"Será que tudo aconteceu involuntariamente ou ele me pôs a dormir no peito dele enquanto eu "babava" de sono?".
Decidi sair dali antes que ele acordasse e pensasse que fora eu quem provocou tudo aquilo. Deslizei bem devagar a minha mão que estava sobre a barriga dele, esbarrando em algo que me fez perder até o ar dos pulmões. Mais uma vez meu corpo estava formigando.
"Sim Leitores, minha mão esbarrou no pau dele que estava duro a propósito."
Deixei-a encostada ali por um momento, até minha respiração voltar ao normal e meu corpo a parar de tremer.
"E se essa for a ultima vez que relarei no pau dele? Então, que mal teria eu ficar ali, por um momento, já que ele ainda roncava bem baixinho?"– pensei.
Respirei fundo e acompanhei a descida do abdômen dele para eu descer minha mão mais um pouco, fazendo-a chegar até o saco dele.
"Que pacotão quente!"
Esperei por mais outra respirada e subi minha mão um pouco e agarrei bem de leve a base do seu pinto. Não dava para ter uma boa noção, porque a cueca era um pouco apertada, mas dava para sentir que era bem duro. Mais outra respirada e soltei um pouco o pênis dele. Comecei a passar lentamente as pontas dos meus dedos pela "cabeça". Descia em direção ao seu saco, conforme sua respiração, até que "BAM!" O pinto dele deu uma saltada mostrando que estava bem vivo.
"Por favor, não acorde! Por favor, não acorde! Por favor, por favor, por favor, por favor!" – disse para mim mesmo.
Fechei meus olhos com a maior força possível, prendi a minha respiração e desencostei a minha mão do seu membro.
"Para que fechar os olhos se está escuro, seu jumento?" – pensei.
Abri novamente os olhos e soltei o ar bem devagar, para não fazer nenhum movimento brusco e nem qualquer tipo de som que pudesse acordá-lo. Pior de tudo é que ele havia parado de roncar. Como eu iria tirar meu corpo, que estava praticamente em cima dele, sem acordá-lo?
♪BEM-TE-VI ♫– cantou o passarinho na minha janela.
"Cala a boca passarinho filha da puta – disse entredentes fechando meus olhos tão apertado que chegava a doer a cabeça"
Tinha que agir, agora que esse passarinho estava na minha janela o Burro poderia acordar a qualquer minuto. Comecei a tirar levemente a mão de cima do seu pinto.
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MEU CORPO É MUITO PESADO!!!
RomanceHistória de um garoto chamado Alan Bortolozzo, que vai descobrindo ao longo de sua vida, como se aceitar, como viver sendo homossexual, como ser aceito, como ter amigos que o apoiam, como ser recebido pela família e, o melhor, como é possível haver...