Capítulo 21

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Nem mal fechei os olhos e já logo acordei. Não deveria ter dormido mais que uma hora. Minha cabeça doía, latejava, estava prestes a explodir. Minha boca estava amarga e me sentia enjoado. Mas também não estava afim de levantar, porque estava muito gostoso e quente ali debaixo do edredom. Sem falar na respiração e a batida do coração do Burro que me faziam relaxar mais ainda.

"RESPIRAÇÃO E BATIDA DO CORAÇÃO?" – perguntei quase enfartando.

Parei um segundo para ter certeza de estar sentindo o que estava sentindo. E quando minha cabeça subiu e desceu em movimentos lentos e profundos, tive a certeza. Era como eu se tivesse pulando em uma piscina de água gelada. Meu coração, como sempre, estava saindo pela boca. Esfreguei meu rosto na esperança que não fosse verdade o que estava acontecendo e pude sentir a pele macia do peito nu do Burro.

"Pois é, eu estava deitado no peito do meu melhor amigo."

 Eu estava abraçado a ele, da mesma maneira que eu abraçava meu travesseiro e ele o mesmo.

"Será que tudo aconteceu involuntariamente ou ele me pôs a dormir no peito dele enquanto eu "babava" de sono?".

 Decidi sair dali antes que ele acordasse e pensasse que fora eu quem provocou tudo aquilo. Deslizei bem devagar a minha mão que estava sobre a barriga dele, esbarrando em algo que me fez perder até o ar dos pulmões. Mais uma vez meu corpo estava formigando.

"Sim Leitores, minha mão esbarrou no pau dele que estava duro a propósito."

Deixei-a encostada ali por um momento, até minha respiração voltar ao normal e meu corpo a parar de tremer.

"E se essa for a ultima vez que relarei no pau dele? Então, que mal teria eu ficar ali, por um momento, já que ele ainda roncava bem baixinho?"– pensei.

Respirei fundo e acompanhei a descida do abdômen dele para eu descer minha mão mais um pouco, fazendo-a chegar até o saco dele.

"Que pacotão quente!"

Esperei por mais outra respirada e subi minha mão um pouco e agarrei bem de leve a base do seu pinto. Não dava para ter uma boa noção, porque a cueca era um pouco apertada, mas dava para sentir que era bem duro. Mais outra respirada e soltei um pouco o pênis dele. Comecei a passar lentamente as pontas dos meus dedos pela "cabeça". Descia em direção ao seu saco, conforme sua respiração, até que "BAM!" O pinto dele deu uma saltada mostrando que estava bem vivo.

"Por favor, não acorde! Por favor, não acorde! Por favor, por favor, por favor, por favor!" – disse para mim mesmo.

 Fechei meus olhos com a maior força possível, prendi a minha respiração e desencostei a minha mão do seu membro.

"Para que fechar os olhos se está escuro, seu jumento?" – pensei.

Abri novamente os olhos e soltei o ar bem devagar, para não fazer nenhum movimento brusco e nem qualquer tipo de som que pudesse acordá-lo. Pior de tudo é que ele havia parado de roncar. Como eu iria tirar meu corpo, que estava praticamente em cima dele, sem acordá-lo?

♪BEM-TE-VI ♫– cantou o passarinho na minha janela.

"Cala a boca passarinho filha da puta – disse entredentes fechando meus olhos tão apertado que chegava a doer a cabeça"

Tinha que agir, agora que esse passarinho estava na minha janela o Burro poderia acordar a qualquer minuto. Comecei a tirar levemente a mão de cima do seu pinto.

MEU CORPO É MUITO PESADO!!!Onde histórias criam vida. Descubra agora