CAPÍTULO 33

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Desci as escadarias do primeiro andar aonde tinha várias pessoas e fui encontrar o Burro.

- Curtindo os novos vizinhos?

- Até que são bacanas!

- E seus amigos de classe? – perguntou ele abrindo um sorrisão.

"Puts, com toda aquela história de me mudar esqueci que era o primeiro dia de aula também!"

- Você tem o dom de acabar me deixando sem graça! – disse indo até a caixa de cerveja, abrindo uma e nos servindo.

- Não venha com essa! Não sou seu irmão...

- Lógico que é!

- Você entendeu. Não estou aqui para pegar no seu pé. Estou aqui para evitar que vocês dois entrem em conflito novamente.

- Obrigado Burro! – disse dando um abraço.

Brindamos e viramos toda a nossa "canequinha" de cerveja de uma só vez.

- Meu nariz, meu nariz, meu nariz – disse o Burro esfregando o seu rosto no meio peito.

- O que houve? – perguntei sentindo aquele líquido frio bater no fundo do meu estômago.

- Muito gelado Alan! Quase estourou minha cabeça!

Seus olhos estavam lacrimejando. Sei bem qual é essa sensação de tomar muita coisa gelada de uma só vez. Como ele estava estupidamente lindo aquela noite. Cada gesto, movimento, risadas, sorrisos, imitações das pessoas que estavam alí, tudo aquilo me encantava. Nos abraçamos e fomos até o meio do pátio aonde estava aglomerada a maior parte da galera.

- Somos vizinhos agora? – disse a Simone vindo ao nosso encontro e nos cumprimentando. O Pedro estava ao seu lado – Podemos rir todos os dias agora.

"Uhul!!! Quanta emoção ficar rindo com esses drogadinhos! "

- Lógico Simone!

Dançamos a noite toda. Tinha horas que estava apenas eu e o Burro, tinha horas que eu dançava com a Simone, tinha horas que curtia os reggaes com o Pedro. E o melhor, havia horas que nós dançávamos com caras e minas que nós nem conhecíamos. Depois juntou meu irmão com o Breno e Bruno. A vibe tava boa, cerveja gelada, galera feliz, todos rindo, sem se alfinetar, sem pressão.

- Eu amo meu irmão – gritou o Arthur me catando no colo e me girando. Derramei cerveja em metade da festa, e o melhor, ninguém ficou bravo.

Gritava tanto que já sentia minha voz enrouquecendo. Mas foda-se, era um dos melhores dias da minha vida.

- Não diga que essa gata, gostosa e loira é sapatão? – perguntou meu irmão e o Breno.

- Sim, ela é da minha raça – disse no ouvi dele.

Ele gargalhou e depois me abraçou de novo. Todos nos abraçamos e pulamos ao som da música que tocava. Os meninos logo tiraram a camiseta para exibir o físico e chegar na mulherada. O Bruno me chamou de canto para beber e lá ficamos vendo a galera.

- Não sabia que você era bacana assim! – disse ele abrindo um sorriso.

- Nem eu!

- Mas fico feliz. Sempre o vi como o menino mimadinho da mamãe!

- Talvez eu fosse até hoje. Agora sou dono do meu apê – disse dando um abraço forte.

- Não ache que seja só flores, mas fico feliz por você! E feliz pelo Biesso alí. Aquele lá não perdeu tempo - disse o gêmeo indo até a caixa de cerveja me deixando sozinho com aquela visão.

MEU CORPO É MUITO PESADO!!!Onde histórias criam vida. Descubra agora