MEU CORPO É MUITO PESADO!!!

CAPÍTULO 48

               CAPÍTULO 48

Ele foi cumprimentando um a um até chegar a minha vez. Ganhei uma braço de urso e depois fomos até o meu quarto, aonde pudemos nos beijar a vontade. Ficamos 05 minutos lá antes que meu irmão viesse reclamar da minha mania de ficar na varanda. Ele contou sobre seu dia e como estava exausto. Tiramos a nossas roupas e tomamos um banho quente, para ele voltar a ficar apresentável. Depois fomos ao quarto aonde ele fez questão de usar droga pra ficar bem. Mais uma vez eu fui na dele.

- O Guazira cuidou bem de você!

- Opa, sempre.

- Tô vendo que está todo animadinho. O Biesso se comportou enquanto eu estava fora?

- Vamos falar dele?

- Alan, você é meu namorado. Tem algo que preciso me preocupar em relação ao Burro?

- Burro? O chamou de Burro!

- Se ele é seu amigo, agora eu terei que aceitar. Fica frio, nunca faria nada com ele.

Dois casais de amigos do meu irmão, estavam no quarto fazendo às mala para ir embora. Entre s gritos, ouviam-se palavras como: loucura; medo; psicopata; terror. Meu irmão tentava, incansavelmente, tranquilizar as pessoas. Mas tenho que admitir, até eu iria embora depois daquela cena macabra. Esperamos sentados, naquele banco, enquanto tudo ia se acalmando. Caminhamos nas pontas dos pés e fomos até o meu quarto, que tinha um banheiro, para o Murilo tomar seu banho. Tomamos banho o mais rápido possível, para voltar a festa logo e ver o que iria acontecer. Acho que hoje estava tudo acabado. Fizemos o que sempre fazíamos, cada um ajudou o outro a tomar banho. Saímos do banheiro com a toalha em volta da cintura. No quarto estavam meu irmão e o Burro. Medo maior mesmo vinha do meu irmão. Há anos que eu não o via em fúria. O Burro torceu o nariz ao nos ver saindo apenas de toalha e depois fingiu estar olhando os pés

"Puta merda! Justo o Burro?!"

- Arthur, tudo bem contigo? – prontificou o Murilo estendendo a mão e depois o puxou para um abraço.

- Biesso, tudo bem? – estendeu a mão.

O Burro olhou firme para o Murilo. Fez uma cara de bosta e depois o cumprimentou.

- Fiquei sabendo que jogou muito bem hoje – disse o Murilo puxando assunto.

- É o meu hobby.

- Não sei bem o que vocês dois terão que fazer pra ficar aqui nessa chácara... – começou meu irmão – em meia hora 12 pessoas saíram dessa chácara após aquela bizarrice. E eu confesso que quase me mijei quando vi aqueles olhos. Enfim. Eu gosto muito de você Murilo, assim como gosto do Biesso. Quero que me prometam algo, aqui e agora. Se não puder cumpri, coloco o Alan no primeiro ônibus pra Rio Preto.

Tanto o Burro quanto o Murilo deram de ombros.

- Quero que vocês prometam não brigar, discutir, qualquer coisa do gênero.

- Não tem motivos pra isso! – disse o Muca.

O Burro riu, mas parou ao ver a cara de bosta do Arthur.

- Até você? – perguntou ele ao Burro.

- Por mim, está tudo bem! – confortou o Murilo – a não ser que vocês tenham algo pra acrescentar.

Mas ninguém abriu a boca.

- Vamos voltar para festa. O que aconteceu essa noite já foi ruim o suficiente para continuarmos a brigar.