Capítulo 13

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  Um tanto encabulada ela aceitou o braço de Alfonso, descendo do carro com elegância.

— Está linda. - Ele admitiu sorrindo, enquanto se encaminhavam para a porta principal do restaurante.

— Pare com isso. - Ela lhe advertiu.

— Parar com o que?

— De me deixar com vergonha!

  Ele soltou uma pequena gargalhada e ela se repreendeu por ter falado aquilo.

  Ao que parece, Alfonso ia muito aquele lugar, tanto que o recepcionista lhe cumprimentou pelo nome, e ficou surpreso ao ver o mesmo apresentar Anahi como esposa.

  Iria ele com as tais… mulheres das revistas? Bom, disso ela não sabia, mas também não gostaria de saber, não tinha que saber.

  O garçom, muito gentil, os encaminhou a sua melhor mesa livre, e anotou os pedidos.

  Depois de alguns longos minutos em silêncio após terem ficado a sós, Alfonso falou:

— Se eu fosse um marido ciumento, teria que brigar com o garçom.

— Por que? - Ela perguntou assustada - Ele foi tão gentil.

— Claro - Ele ironizou - Qualquer homem seria gentil se estivesse flertando com uma mulher.

  Anahi não conseguiu não rir.

— Ora, não diga besteiras ele é apenas um homem gentil. - Ela disse sorrindo.

—Eu sei do que estou falando Anahi. - Ele disse sério - Você ainda é muito… pura para entender dessas coisas. - Ele disse gaguejando.

  Ela suspirou:

— Quando você diz pura, você quer dizer uma menina incrivelmente estúpida que veio do meio do mato, ou uma menina virgem?

— Eu não disse isso. - Ele se defendeu.

— Oh, então é apenas uma desculpa para saber se sou virgem ou não? - Ela disse apoiando o queixo na mão.

— Ah... O que? - Ele disse com os olhos arregalados.

  Anahi riu do susto dele e ele não pode deixar de sorrir.

— Você é maluquinha. - Ele brincou.

  Antes que a conversa pudesse continuar o garçom já estava de volta com os pratos de Cannelloni e Baccalà alla Vicentina, além do vinho branco que Alfonso havia pedido.

  Nunca na vida Anahi tinha experimentado comida italiana, e agradeceu mentalmente por não ser aqueles “caramujos” dos filmes, que quando as pessoas vão pegar saem voando e sempre param no prato de alguém.

  Também lembrou-se que nunca tinha tomado vinho branco. Pelo menos não um que custasse 800 dólares a garrafa.

— Espero que esteja livre na sexta a noite. - Alfonso disse tirando-a de seus pensamentos.

— Por que? O que tem sexta a noite?

— Uma festa beneficente.

— Ah… - Ela disse já pensando em qual roupa iria usar.

  Não tinha roupa. Oh meu Deus não tinha roupa! Estava perdida. Talvez fosse bom ouvir os conselhos de Dulce sobre comprar roupas e sapatos.

— O que foi? - Ele perguntou ao ver que ela não comia.

— Acho que não tenho roupa para usar - Ela admitiu - Vou ter que sair para comprar e… - Ela se interrompeu - Que tipo de roupa eu tenho que comprar? Ai caramba, ai caramba! - Ela repetiu ficando preocupada.

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