Eram seis horas da manhã, quando Dulce acordou com o barulho de louça sendo quebrada. Dando um pulo da cama, a ruiva correu para ver se estava tudo bem.
— Anahi... - Dulce disse vendo a amiga com as mãos ensaboadas - O que você está fazendo lavando louça a essa hora?
— Desculpe se te acordei - Disse com um sorriso sem mostrar os dentes - Não consegui dormir nada essa noite. - Fez uma careta.
Dulce suspirou e logo depois deu um grande bocejo.
— Ele ligou para o seu celular ? - Ela quis saber curiosa.
— Não sei. - Respondeu séria.
— E por que você não sabe? - A ruiva insistiu.
— Porque deixei o celular lá em casa. - Falou sem perceber que se referia como se a propriedade fosse dela.
— Você é louca? - Dulce disse com um gritinho histérico - E ele não ligou pra cá? - Apontou para o telefone.
— Eu o tirei do gancho - Disse em um tom de professora - E para o seu celular?
— O meu celular está no silencioso e eu nem sei aonde está também - Ela admitiu parecendo só lembrar disso agora - Já pensou na possibilidade dos seus pais terem ligado e você não atendeu? - Disse de repente.
Anahi ficou séria. Não havia pensado nisso... Também puderá, havia saído com tanta presa.
— Quero só ver na desculpa que você vai arranjar para eles caso Alfonso tenha atendido o celular. - A ruiva riu divertida da cara de Anahi.
— Isso não é nada engraçado! - Ralhou - Você acha mesmo que ele fez isso?
— Talvez. - A ruiva disse dando de ombros.
— Droga! - Ela gritou secando as mãos - Pode me levar para casa agora?
— Sim senhora - Ficou de pé novamente - Só me devolve o pijama.
— E o que eu faria com um pijama cheio de porcos? - Disse divertida sobre a estampa do pijama.
— Ora, não cuspa no prato que comeu sua idiota. - A ruiva disse lhe dando um leve empurrão, fazendo-a rir.
E logo depois de alguns minutos ambas saiam de casa. Anahi se encontrava com a mesma roupa da noite anterior, a maquiagem não estava mais impecável e as olheiras demonstravam que ela realmente não havia dormido a noite.
— E então? Como vai ser? - Dulce perguntou quando estavam a menos de uma quadra da casa de Alfonso.
— Como vai ser o que? - Ela disse confusa.
— Você sabe o que eu quero dizer. - Revirou os olhos.
— Eu acho que não. - Anahi disse com a sobrancelha erguida.
— Quero saber se vai bater nele até a morte... vai né?
Anahi sorriu. Mesmo após tantos anos, Dulce sempre a surpreendia com essas perguntas sem cabimento.
— Você faria isso se estivesse no meu lugar?
— Talvez. - Deu de ombros.
— Tenho pena do Ucker em suas garras, sabia? - Foi a vez da ruiva rir.
— Ele não pensa o mesmo que você querida, pode apostar.
Não demorou muito para que o portão da casa de Alfonso já pudesse ser avistado.
— Chegamos - Puxou o freio de mão - Você vai ficar bem? - Perguntou séria.
— Sim, não se preocupe. Obrigada pela ajuda.
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Um amor por contrato
RomanceQuando Anahi Portilla enviou seu currículo para a Empresa Herrera, foi somente para deixar de ouvir Dulce lhe dizer "tente". Jamais pensou que pudesse ser realmente convocada para assumir o cargo de secretária pessoal do presidente da empresa. Assim...