Capítulo 29

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  Eram seis horas da manhã, quando Dulce acordou com o barulho de louça sendo quebrada. Dando um pulo da cama, a ruiva correu para ver se estava tudo bem.

— Anahi... - Dulce disse vendo a amiga com as mãos ensaboadas - O que você está fazendo lavando louça a essa hora?

— Desculpe se te acordei - Disse com um sorriso sem mostrar os dentes - Não consegui dormir nada essa noite. - Fez uma careta.

  Dulce suspirou e logo depois deu um grande bocejo.

— Ele ligou para o seu celular ? - Ela quis saber curiosa.

— Não sei. - Respondeu séria.

— E por que você não sabe? - A ruiva insistiu.

— Porque deixei o celular lá em casa. - Falou sem perceber que se referia como se a propriedade fosse dela.

— Você é louca? - Dulce disse com um gritinho histérico - E ele não ligou pra cá? - Apontou para o telefone.

— Eu o tirei do gancho - Disse em um tom de professora - E para o seu celular?

— O meu celular está no silencioso e eu nem sei aonde está também - Ela admitiu parecendo só lembrar disso agora - Já pensou na possibilidade dos seus pais terem ligado e você não atendeu? - Disse de repente.

  Anahi ficou séria. Não havia pensado nisso... Também puderá, havia saído com tanta presa.

— Quero só ver na desculpa que você vai arranjar para eles caso Alfonso tenha atendido o celular. - A ruiva riu divertida da cara de Anahi.

— Isso não é nada engraçado! - Ralhou - Você acha mesmo que ele fez isso?

— Talvez. - A ruiva disse dando de ombros.

— Droga! - Ela gritou secando as mãos - Pode me levar para casa agora?

— Sim senhora - Ficou de pé novamente - Só me devolve o pijama.

— E o que eu faria com um pijama cheio de porcos? - Disse divertida sobre a estampa do pijama.

— Ora, não cuspa no prato que comeu sua idiota. - A ruiva disse lhe dando um leve empurrão, fazendo-a rir.

  E logo depois de alguns minutos ambas saiam de casa. Anahi se encontrava com a mesma roupa da noite anterior, a maquiagem não estava mais impecável e as olheiras demonstravam que ela realmente não havia dormido a noite.

— E então? Como vai ser? - Dulce perguntou quando estavam a menos de uma quadra da casa de Alfonso.

— Como vai ser o que? - Ela disse confusa.

— Você sabe o que eu quero dizer. - Revirou os olhos.

— Eu acho que não. - Anahi disse com a sobrancelha erguida.

— Quero saber se vai bater nele até a morte... vai né?

  Anahi sorriu. Mesmo após tantos anos, Dulce sempre a surpreendia com essas perguntas sem cabimento.

— Você faria isso se estivesse no meu lugar?

— Talvez. - Deu de ombros.

— Tenho pena do Ucker em suas garras, sabia? - Foi a vez da ruiva rir.

— Ele não pensa o mesmo que você querida, pode apostar.

  Não demorou muito para que o portão da casa de Alfonso já pudesse ser avistado.

— Chegamos -  Puxou o freio de mão - Você vai ficar bem? - Perguntou séria.

— Sim, não se preocupe. Obrigada pela ajuda.

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