Um amor por contrato

Capítulo 45

  Anahi permaneceu controlada o tempo todo, e não soube dizer quantos minutos ou quantas horas se passaram até a respiração de Alfonso se tornar pesada e regular... Ele havia dormido.

  Anahi respirou fundo, juntando todo o seu autocontrole e toda a sua coragem, para fazer aquilo que passara a fazer todas as noites.

  Com movimentos calculados, ela saiu vagarosamente dos braços de Alfonso que gemeu e continuou em um sono profundo.

  Cuidando para não fazer barulho algum, ela juntou seu roupão do chão e começou a caminhar até a porta. Estava prestes a sair quando escutou Alfonso se mexer. Arregalou os olhos assustada. Céus se ele acordasse estaria tudo perdido!

  Virou-se para a cama novamente e engoliu em seco aliviada, quando constatou que Alfonso tinha apenas mudado de posição.

  Continuou caminhando em direção a porta silenciosa como uma felina... como uma puma, mas antes de fechar a porta sem provocar nenhum barulho, deu uma última olhada para o homem completamente nu deitado na cama.

  Céus como tinha vontade de voltar se encaixar naqueles braços e se sentir protegida novamente. Mas não podia, isso só pioraria a situação ainda mais para ela. Não era tola... sabia que já havia se envolvido mais que os limites permitidos com Alfonso, porém mesmo assim não aceitava! Não iria cair na armadilha criada pelo coração.

  Caminhando para o seu quarto ela prometeu a si mesma que não iria chorar, não iria ser fraca e muito menos criar ilusões. Só havia uma coisa em comum entre ela e Alfonso, e por coincidência era o que eles mais gostavam de compartilhar: Sexo. Sexo e nada mais.Definitivamentee nada mais!

  Entrou em seu quarto e ignorou o fato dele estar frio, escuro e sem Alfonso. Colocou seu pijama e deitou-se na cama, cobrindo-se até o queixo com as cobertas e fechando os olhos, como sempre fazia, esperando pacientemente seus nervos e suas emoções se acalmaram e o sono chegar.

  Demorou cerca de uma hora para enfim dormir, e quando isso aconteceu, seus sonhos foram sensualmente invadidos por um único homem: Ele.