Capítulo 44

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  Tentando não demonstrar desconforto, Anahi terminou de beber o resto do café que ainda se encontrava em sua xícara. E então o silêncio foi quebrado por Alfonso:

— O que você acha de hoje pedirmos comida de algum restaurante? - Perguntou estralando os dedos das mãos.

— Por mim tudo bem - Sorriu - Acho que vou aproveitar para tomar banho então...

  Ele assentiu sorrindo enquanto pegava o telefone. Enquanto subia as escadas ela ainda pôde ouvi-lo iniciar o pedido.

  Sem pressa nenhuma afundou na banheira se deliciando com um banho quente, e aproveitou para lavar os cabelos. Logo após enxugou-se e enrolou-se no roupão grosso e confortável de algodão.

  Quando voltou a descer as escadas novamente, foi inevitável não sorrir diante a tal cena. Atrapalhado, Alfonso estava terminando de colocar os pratos na mesa.

— Podia ter me esperado para ajudar. - Disse percebendo que ele também já havia tomado banho.

— Venha... sente-se. - Indicou a cadeira.

  Juntando-se a ele, ambos começaram a se deliciar com a típica comida italiana, enquanto conversavam assuntos rotineiros... assuntos que casais normais costumam conversar.

  Após uma crise de gargalhadas, ambos suspiraram satisfeitos. Anahi logo pulou da cadeira começando a recolher a louça levando-as até a pia, e assim começando a lavá-las.

  Não pode deixar de se surpreender quando viu Alfonso pegando um pano e começando a enxugar as louças já limpas, ao invés de subir e ir trabalhar em seu escritório como fazia todas as noites. Curiosa demais ela teve que perguntar:

— Não vai trabalhar hoje?

— Hoje não... - Enxugou um prato.

  O silêncio voltou a ficar pesado entre eles... e novamente foi Alfonso que o quebrou:

— Por que ultimamente você anda quieta?

— Hum... - Disse dando de ombros - Estou com dor de cabeça hoje.

  Ele não estava se referindo apenas aquela noite, e sim desde o dia que voltaram do Canadá. Porém se satisfez com a resposta, e de pronto largou o pano em qualquer lugar e um sorriso malicioso iluminou seu rosto:

— Sabe... eu sei como fazer essa dor de cabeça sumir.

— Sério? - Entrou no jogo e desligou a torneira - Como?

  Um sorriso estava prestes a surgir nos lábios dela e Alfonso percebeu.

— Vem aqui que lhe mostro... - Disse com a voz tão mansa que um arrepio percorreu todo corpo de Anahi, enquanto ele inclinava a cabeça e colava seus lábios.

  Uma carícia leve e carinhosa que se transformou em uma dança sensual de línguas e sabores... era sempre assim com eles.

  Com um gemido rouco ele a abraçou pela cintura, prensando o corpo dela entre a pia e o seu próprio corpo. Alfonso interrompeu o beijo e a olhou nos olhos:

— Por que você não deixa essa louça de lado e sobe para o meu quarto?

  Ela sorriu sem desviar o olhar e apenas assentiu vendo seus olhos brilharem de desejo, assim como os dela.

  E então ela o beijou... como uma das poucas vezes que fazia, tomou a iniciativa o deixando ainda mais satisfeito.

  A louça que fosse aos diabos... - Ela pensou, antes de jogar os braços ao redor do pescoço dele e abrir os lábios recebendo a língua quente e ávida de Alfonso.

  Alfonso notou que Anahi o envolvia pelo pescoço, se punha na ponta dos pés, encaixando o corpo no seu e ameaçando totalmente seu auto controle. Controlou a si mesmo respirando junto a ela, permitindo-se saborear cada parte da sua boca doce...

  Puxou-a mais para si, as mãos deixando a cintura para acariciar as curvas dos quadris por cima do grosso roupão de algodão.

  Anahi soltou um gemido e o som pareceu vibrar dentro de Alfonso, ateando fogo em seu sangue que corria como louco pelas veias e artérias.

  Ergueu-a nos braços, e tentando controla-se começou a subir as escadas com cuidado. Tendo as pernas torneadas de Anahi ao redor de sua cintura.

  Quando em fim entraram no quarto, Alfonso retomou-lhe a boca e a deitou. Mordiscou o lábio carnudo até ela gemer de prazer, e só então aprofundou o beijo, a beijando com quase violência.

  Ela o envolveu nos braços, sentindo-se derreter com o beijo, com o calor do corpo másculo e exigente sobre o seu.

  Cada parte de seu corpo latejava de expectativa.

  Com o rosto carregado de tensão devido ao desejo intenso, Alfonso desamarrou-lhe o cinto e tirou-lhe o roupão devagar, jogando-o ao chão.

  Ambos arfaram. Ele cobriu-lhe os seios com as mãos e com a língua, contornou um mamilo rígido, depois o outro, antes de cerrar os lábios em torno de um bico para sugá-lo, testando os contornos, pressionando a carne com os dentes.

  Ela era perfeita, demais! O cheiro da pele era tão inebriante e enlouquecedor...

— Alfonso! - Anahi exclamou quando ele abaixou a cabeça e capturou o outro mamilo com a boca.

— Meu Deus... - A voz de Alfonso soou rouca - Você é maravilhosa!

  Anahi sentiu que corava, porém mal teve a chance de se recuperar... Arqueou o corpo e ofereceu os seios mais uma vez.

— Toque-me... - Murmurou contra os lábios quentes com a respiração entrecortada.

  As mãos de Anahi dançavam sobre ele como chamas, incendiando-o com uma paixão ainda muito contida. Ele gemeu.

  Libertando-se de todos os freios, Alfonso puxou-lhe a cabeça para baixo para beijá-la e sentir o fogo dos lábios dela. Iniciou, então, uma jornada de exploração, não parando até o instante em que a tocou em seu ponto mais íntimo, fazendo-a contorcer e emitir um fraco gemido, cerrando as pernas contra as dele. Continuou a explorá-la com a mão em círculos torturantes.

  Anahi fechou os olhos, louca de volúpia. Com toques gentis e enlouquecedores, Alfonso a fez atingir o clímax.

  Anahi se agarrou aos ombros fortes e pendeu a cabeça para trás contendo um grito preso em sua garganta.

  Não suportando mais e sentindo que estava perto do fim, Alfonso se livrou do próprio roupão praguejando baixinho e fazendo Anahi sorrir.

— Você me mata garota! - Ele disse voltando a lhe beijar a boca com desejo, reacendendo todo o corpo de Anahi novamente.

  Afastou-lhe as pernas e continuou a fitá-la enquanto deslizava para dentro dela, sentindo seu calor lhe envolver o membro duro e ereto.

  Dominado e entregue ao desejo, ele segurou-lhe as mãos acima da cabeça e ficou observando-a, vendo o prazer dominá-la antes de, enfim, entregar-se à explosão final, despertando sensações que jamais foram tão intensas.

  Entre eles era sempre assim. A magia nunca acabava e era sempre tão intenso que os pulmões imploravam por ar...

  Ele rolou o corpo para o lado com a respiração entre cortada. Aquela noite havia sido tão especial!

  Ela tirou os cabelos molhados - um pouco pelo suor e outro pelo banho - da própria testa e respirou fundo.

  Alfonso a puxou para o calor de seus braços, acomodando-a em seu peito.

— Espero que Dulce não fique zangada. - Ele disse tirando uma gargalhada de Anahi.

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