Tentando não demonstrar desconforto, Anahi terminou de beber o resto do café que ainda se encontrava em sua xícara. E então o silêncio foi quebrado por Alfonso:
— O que você acha de hoje pedirmos comida de algum restaurante? - Perguntou estralando os dedos das mãos.
— Por mim tudo bem - Sorriu - Acho que vou aproveitar para tomar banho então...
Ele assentiu sorrindo enquanto pegava o telefone. Enquanto subia as escadas ela ainda pôde ouvi-lo iniciar o pedido.
Sem pressa nenhuma afundou na banheira se deliciando com um banho quente, e aproveitou para lavar os cabelos. Logo após enxugou-se e enrolou-se no roupão grosso e confortável de algodão.
Quando voltou a descer as escadas novamente, foi inevitável não sorrir diante a tal cena. Atrapalhado, Alfonso estava terminando de colocar os pratos na mesa.
— Podia ter me esperado para ajudar. - Disse percebendo que ele também já havia tomado banho.
— Venha... sente-se. - Indicou a cadeira.
Juntando-se a ele, ambos começaram a se deliciar com a típica comida italiana, enquanto conversavam assuntos rotineiros... assuntos que casais normais costumam conversar.
Após uma crise de gargalhadas, ambos suspiraram satisfeitos. Anahi logo pulou da cadeira começando a recolher a louça levando-as até a pia, e assim começando a lavá-las.
Não pode deixar de se surpreender quando viu Alfonso pegando um pano e começando a enxugar as louças já limpas, ao invés de subir e ir trabalhar em seu escritório como fazia todas as noites. Curiosa demais ela teve que perguntar:
— Não vai trabalhar hoje?
— Hoje não... - Enxugou um prato.
O silêncio voltou a ficar pesado entre eles... e novamente foi Alfonso que o quebrou:
— Por que ultimamente você anda quieta?
— Hum... - Disse dando de ombros - Estou com dor de cabeça hoje.
Ele não estava se referindo apenas aquela noite, e sim desde o dia que voltaram do Canadá. Porém se satisfez com a resposta, e de pronto largou o pano em qualquer lugar e um sorriso malicioso iluminou seu rosto:
— Sabe... eu sei como fazer essa dor de cabeça sumir.
— Sério? - Entrou no jogo e desligou a torneira - Como?
Um sorriso estava prestes a surgir nos lábios dela e Alfonso percebeu.
— Vem aqui que lhe mostro... - Disse com a voz tão mansa que um arrepio percorreu todo corpo de Anahi, enquanto ele inclinava a cabeça e colava seus lábios.
Uma carícia leve e carinhosa que se transformou em uma dança sensual de línguas e sabores... era sempre assim com eles.
Com um gemido rouco ele a abraçou pela cintura, prensando o corpo dela entre a pia e o seu próprio corpo. Alfonso interrompeu o beijo e a olhou nos olhos:
— Por que você não deixa essa louça de lado e sobe para o meu quarto?
Ela sorriu sem desviar o olhar e apenas assentiu vendo seus olhos brilharem de desejo, assim como os dela.
E então ela o beijou... como uma das poucas vezes que fazia, tomou a iniciativa o deixando ainda mais satisfeito.
A louça que fosse aos diabos... - Ela pensou, antes de jogar os braços ao redor do pescoço dele e abrir os lábios recebendo a língua quente e ávida de Alfonso.
Alfonso notou que Anahi o envolvia pelo pescoço, se punha na ponta dos pés, encaixando o corpo no seu e ameaçando totalmente seu auto controle. Controlou a si mesmo respirando junto a ela, permitindo-se saborear cada parte da sua boca doce...
Puxou-a mais para si, as mãos deixando a cintura para acariciar as curvas dos quadris por cima do grosso roupão de algodão.
Anahi soltou um gemido e o som pareceu vibrar dentro de Alfonso, ateando fogo em seu sangue que corria como louco pelas veias e artérias.
Ergueu-a nos braços, e tentando controla-se começou a subir as escadas com cuidado. Tendo as pernas torneadas de Anahi ao redor de sua cintura.
Quando em fim entraram no quarto, Alfonso retomou-lhe a boca e a deitou. Mordiscou o lábio carnudo até ela gemer de prazer, e só então aprofundou o beijo, a beijando com quase violência.
Ela o envolveu nos braços, sentindo-se derreter com o beijo, com o calor do corpo másculo e exigente sobre o seu.
Cada parte de seu corpo latejava de expectativa.
Com o rosto carregado de tensão devido ao desejo intenso, Alfonso desamarrou-lhe o cinto e tirou-lhe o roupão devagar, jogando-o ao chão.
Ambos arfaram. Ele cobriu-lhe os seios com as mãos e com a língua, contornou um mamilo rígido, depois o outro, antes de cerrar os lábios em torno de um bico para sugá-lo, testando os contornos, pressionando a carne com os dentes.
Ela era perfeita, demais! O cheiro da pele era tão inebriante e enlouquecedor...
— Alfonso! - Anahi exclamou quando ele abaixou a cabeça e capturou o outro mamilo com a boca.
— Meu Deus... - A voz de Alfonso soou rouca - Você é maravilhosa!
Anahi sentiu que corava, porém mal teve a chance de se recuperar... Arqueou o corpo e ofereceu os seios mais uma vez.
— Toque-me... - Murmurou contra os lábios quentes com a respiração entrecortada.
As mãos de Anahi dançavam sobre ele como chamas, incendiando-o com uma paixão ainda muito contida. Ele gemeu.
Libertando-se de todos os freios, Alfonso puxou-lhe a cabeça para baixo para beijá-la e sentir o fogo dos lábios dela. Iniciou, então, uma jornada de exploração, não parando até o instante em que a tocou em seu ponto mais íntimo, fazendo-a contorcer e emitir um fraco gemido, cerrando as pernas contra as dele. Continuou a explorá-la com a mão em círculos torturantes.
Anahi fechou os olhos, louca de volúpia. Com toques gentis e enlouquecedores, Alfonso a fez atingir o clímax.
Anahi se agarrou aos ombros fortes e pendeu a cabeça para trás contendo um grito preso em sua garganta.
Não suportando mais e sentindo que estava perto do fim, Alfonso se livrou do próprio roupão praguejando baixinho e fazendo Anahi sorrir.
— Você me mata garota! - Ele disse voltando a lhe beijar a boca com desejo, reacendendo todo o corpo de Anahi novamente.
Afastou-lhe as pernas e continuou a fitá-la enquanto deslizava para dentro dela, sentindo seu calor lhe envolver o membro duro e ereto.
Dominado e entregue ao desejo, ele segurou-lhe as mãos acima da cabeça e ficou observando-a, vendo o prazer dominá-la antes de, enfim, entregar-se à explosão final, despertando sensações que jamais foram tão intensas.
Entre eles era sempre assim. A magia nunca acabava e era sempre tão intenso que os pulmões imploravam por ar...
Ele rolou o corpo para o lado com a respiração entre cortada. Aquela noite havia sido tão especial!
Ela tirou os cabelos molhados - um pouco pelo suor e outro pelo banho - da própria testa e respirou fundo.
Alfonso a puxou para o calor de seus braços, acomodando-a em seu peito.
— Espero que Dulce não fique zangada. - Ele disse tirando uma gargalhada de Anahi.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um amor por contrato
RomanceQuando Anahi Portilla enviou seu currículo para a Empresa Herrera, foi somente para deixar de ouvir Dulce lhe dizer "tente". Jamais pensou que pudesse ser realmente convocada para assumir o cargo de secretária pessoal do presidente da empresa. Assim...