Capítulo 3

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— Any, telefone para você! - Dulce gritou da cozinha.

— Para mim? - A ruiva assentiu - Tem certeza? - Dulce revirou os olhos.

— Atenda logo Anahi, é um homem.

  Anahi franziu o cenho. Um homem? Que homem ligaria para ela se a mesma ainda não conhecia nenhum.

Alô? - Ela disse curiosa.

Olá Anahi Portilla - A voz masculina e sensual falou - Estou ligando para saber se você pode começar amanhã aqui na empresa Herrera?

Alfonso - Ela disse chocada ao reconhecer a voz - Pensei que não fosse ligar... - Ela admitiu por impulso.

  Já faziam dois dias desde que tinha dado a certa entrevista e nada, nenhuma ligação, nenhuma satisfação, absolutamente nada.

  Ela já havia admitido que não iria ser empregada.

Tive uns… contratempos - Ele disse com voz calma - Mas estou ligando agora, espero que ainda esteja interessada…

Sim, claro que estou. - Ela disse empolgada, enquanto via Dulce arregalar os olhos e roer as unhas em sua frente.

Ótimo. Pode começar amanhã?

Sim. - Ela respondeu rapidamente.

Ótimo. Maite estará lhe esperando aqui as oito horas em ponto, por favor não se atrase - Ele acrescentou - Ela lhe dirá o essencial e te mostrará toda a empresa.

Sem problemas, estarei lá. - Ela disse sorrindo.

Eu sei que vai. Espero que ainda lembre das regras.

Sim, claro. - Ela disse fazendo uma careta.

Muito bem. Bom, então até amanhã Anahi.

Ok, até amanhã Sr. Herrera.

O que você disse? - Ele perguntou com tom repressivo.

Alfonso… - Ela disse se corrigindo - Eu disse Alfonso.

Ótimo, foi o que eu pensei ter ouvido. Até mais.

Até mais. - Ela respondeu e ele se apressou em falar antes que ela desligasse.

Ah, Anahi!

Sim?

Foi mal pela vaga - Não foi um pedido de desculpa formal, mas foi um pedido de desculpa - Mas ela realmente era minha. - Ele completou a deixando irritada.

  Anahi realmente abriu a boca para responder mais ele já havia desligado.

— O que ele queria? - Dulce perguntou ainda com os olhos arregalados.

— Estou empregada! - Ela disse animada.

— AAAAAH! - Dulce gritou feliz a abraçando - Parabéns! Eu não te disse, aqui se tem muito mais chances de conseguir dinheiro do que naquele fim de mundo.

— Sim, você me disse e tinha razão pelo jeito - Ela disse sorrindo - Eu vou economizar cada centavo que ganhar Dul, não importa o quanto eu tenha que apertar as coisas, mas eu vou conseguir o dinheiro necessário. - Ela disse confiante.

— Eu sei que você vai. - Dulce a encorajou com os olhos castanhos transbordando alegria - Agora ligue para seus pais e avise que a menininha deles está empregada, que sabe se virar muito bem.

  Naquela noite, Anahi mal conseguiu dormir de tanta ansiedade, horas antes quando contará a novidade para seus pais, pudera ouvir a felicidade no timbre de voz de seu pai, que pôde suspirar mais aliviado.

  Não importa o que acontecesse, ela iria se agarrar aquele emprego com unhas e dentes. Precisava do dinheiro... Precisava muito do dinheiro.

— Ai, eu estou nervosa!

— Dulce, sou eu quem vai começar a trabalhar, não você. - Anahi disse divertida.

— Eu sei. - A ruiva disse roendo as unhas - Mas mesmo assim eu estou nervosa.

— O que você acha vermelho ou preto? - Anahi perguntou levantando dois modelitos sociais, dignos de uma secretária.

— Preto. - Dulce disse com tom de entendida - Assim, você não chama muito atenção no primeiro dia.

— Ok, preto. - Ela disse caminhando até o banheiro.

— Você terá que comprar mais alguns modelitos. - Dulce lhe advertiu, enquanto olhava o restando das roupas.

— Você sabe que não vou gastar dinheiro com coisas fúteis.

— Eu sei, a diferença é que você trabalha em uma grande empresa agora, e essas roupas não combinam com o local.

— Dulce! - Anahi disse nervosa - Quer me deixar insegura? - A ruiva negou com a cabeça - Então me incentive! - Ela pediu.

— Dará tudo certo querida. - Dulce disse lhe dando uma piscadela.

— Obrigada, agora melhorou. - Anahi gritou do banheiro.

— É, mas não fez nenhuma roupa aparecer no seu guarda-roupa. - Ela disse divertida.

— Dul, você sabe… - Ela disse voltando já vestida.

— É eu sei, você não pode gastar dinheiro com coisas fúteis. - Dulce revirou os olhos - Sabe o que resolveria seu problema?

— O que?

— Um marido rico. Não melhor! - Anahi revirou os olhos enquanto ela falava - Um velho e rico, assim você ficaria com a herança, logo que ele batesse as botas.

— Dulce! - Ela disse brava - Sabe que não sou assim.

— Ok, ok. - Dulce disse levantando as mãos em sinal de rendição - Não está mais aqui quem falou. Mas pensa, você com esse loiro brilhante e olhos azuis, conseguiria um rapidinho. É só me pedir para te levar em um asilo de rico que...

— Dulce, eu vou realmente ficar brava com você. - Anahi a alertou.

— Tudo bem - Ela disse suspirando -  Vou deixar você terminar de se arrumar, e fazer o café da manhã.

— Ótimo ideia. - Anahi disse irônica.

— Ainda bem que já fiz o café. - Dulce sorriu zombeteira sumindo pela porta.

  30 minutos depois Anahi saia do apartamento e entrava em seu carro, dirigindo até a empresa.

  Olhou-se no espelho rapidamente. Bom, nada de muita maquiagem, mas o necessário para se por apresentável, deixando o azul de seus olhos chamar atenção por si só, o terninho social combinava com os sapatos pretos de salto alto de veludo, o cabelo hoje preso nas laterais, deixando o resto solto, dando um toque de casualidade.

  Sabia que saira muito cedo de casa, mas era bom dar uma boa impressão no primeiro dia.

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