Capítulo 7

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  A manhã seguinte mal tinha começado quando Anahi informou pelo telefone que Christopher queria vê-lo na sala de reuniões.

  Ele suspirou cansado e de mau humor. Sua cabeça estava explodindo e ele não tinha conseguido dormir direito a noite.

— Tudo bem, já estou indo. - Ele disse calmo.

  O clima com Anahi não estava dos melhores. Desde a conversa na manhã anterior, ela parecia fria demais.

— Alfonso? - Ela disse com voz baixa.

— Sim, Anahi.

— Não quero assustá-lo, mas tem um boato correndo pelos corredores que os acionistas também estão na sala de reuniões.

  Ele suspirou pesadamente.

— Tudo bem, preste atenção, assim que eu entrar, você espera cinco minutos e arranja uma desculpa para me tirar de lá, combinado?

— Tudo bem. - Ela concordou.

— Ótimo. - Ele disse antes de desligar, levantar e sair.

  O que eles queriam? Teriam sido influenciados pelo Sr. James? Oh se fosse estaria perdido.

  Saiu do escritório e notou que Anahi lhe lançou um sorriso encorajador. Ele retribuiu, mesmo sem saber direito o porquê. Só sabia que no momento a expressão havia sido espontânea.

  Ao abrir a porta da sala de reuniões contatou que Anahi estava certa. Todos os acionistas estavam reunidos em volta da mesa, e Christopher estavam em pé parecendo querer-lhe arrancar os órgãos.

— Senhores - Alfonso disse forçando um sorriso gentil - Não sabia que haveria uma reunião hoje.

— E não haveria. - Um dos acionistas disse ficando de pé - Até que eu e meus colegas, - Ele disse sinalizando todos ao seu redor - Ficamos sabendo que James saiu da empresa. E pior, com o nariz quebrado.

— Logo James, que está aqui a anos e a mais tempo do que todos nós. - Outro protestou.

— E...? - Alfonso perguntou colocando as mãos no bolso.

— E que nós já engolimos muito - O homem gritou - Primeiro, seu pai deixa a presidência para você, um moleque que nem saiu das fraudas, depois suas aventuras que estampam as revistas toda semana, e agora James sai da empresa. Talvez ele tenha razão, você não tem pulso nem maturidade para tudo isso.

—  Em primeiro lugar, - Alfonso começou calmo - Nada disso interfere em coisa alguma aqui dentro desta empresa. Me digam quando foi que eu fiz vocês perderem dinheiro? A empresa está no azul e é isso que conta.

— Por enquanto - Um gorducho protestou - Mas e quando ela estiver no vermelho? Ou você acha que outras empresas vão querer fazer negócios com alguém que tem fama de imaturo e Don Juan?

  Um coro de vozes concordou em um longe “É”.

  Alfonso suspirou, enquanto Christopher lhe lançava um olhar de “eu te avisei”.

  Podia quase ouvir o que ele queria dizer com aquele olhar.

  “Case-se!”. Era isso que ele queria dizer com aquele olhar assustador.

— O que estão querendo dizer exatamente? - Ele perguntou já sem paciência.

—  O que estamos querendo dizer, é que se você não tomar juízo e criar responsabilidade, sairemos da empresa também.

— E para isso eu preciso fazer o que? Casar? - Ele perguntou irônico.

— É uma boa ideia - O gorducho concordou - Eu mesmo amadureci muito com o casamento. Antes eu era assim como você, um Don Juan, depois que casei tive que ser fiel e passar a ter compromisso para colocar comida dentro de casa, e veja onde eu estou hoje. - Ele disse se vangloriando.

— Talvez casado, pelo menos pare de sujar o nome da empresa. - Outro disse enojado.

  Era incrível como aqueles urubus não gostavam de ninguém. Seu pai já havia lhe dito isso uma vez, e agora ele vira o quão verdadeiro esta informação era.

  Mas ele também tinha que pensar, que apesar de ser o chefe e o presidente da empresa, sem os acionistas a mesma estava falida.

  Uma leve batida na porta chamou atenção de todos, e logo Anahi a abriu falando depressa:

— Perdão pela interrupção senhores. - Ela disse sorrindo.

— Oh Anahi, como vai? - O gorducho perguntou sorrindo.

— Vou bem, obrigada - Ela disse sorrindo mais ainda - Mas sinto informar que vou ter que roubar-lhes o Sr. Herrera. É realmente importante, perdão.

— Oh Anahi, se você não fosse tão simpática e atenciosa eu juro que ficaria bravo. - Outro brincou fazendo os outros rirem.

  Só então Alfonso se tocou que todos da sala estavam sorrindo.

  Por incrível que parece, aqueles urubus gostavam de alguém sim. E esse alguém era Anahi.

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