Naquela manhã, Anahi foi acordada com beijos molhados e preguiçosos que começaram nas bochechas e terminaram em sua feminilidade, acendendo o desejo novamente e dando início a carícias que os levariam novamente as alturas. Esgotados e temporariamente saciados, pediram o almoço no quarto, e após a refeição Alfonso começou a se arrumar.
— Any, pode me ajudar com a gravata?
— Você e a sua mania de achar que o meu nó é melhor.
Ele sorriu, e ela prontamente ficou de pé enrolado no lençol para ajudá-lo com a tarefa “difícil”.
Ao chegar na sala, ainda enrolada no lençol, Anahi pode ouvir as batidas suaves na porta:
— Você pediu alguma coisa? - Ela perguntou enquanto Alfonso levantava-se para abrir a porta.
Ele balançou negativamente a cabeça e então abriu a porta confirmando seus receios.
— Oi chefe - Dana disse ficando na ponta dos pés e dando um beijo em seu rosto - Vim lhe buscar novamente para que não nós atrasemos. É um dia e tanto hoje. - Comentou parecendo animada.
Anahi respirou fundo ajeitando o cabelo. Por que diabos estava morrendo de ciúmes de Dana? Santo Deus. Ela e Alfonso tinham uma relação apenas física..
Ela bufou impaciente, e quando estava prestes a virar-se e esconder-se no quarto, viu quando Alfonso a respondeu de maneira bastante formal:
— É - Disse indiferente - Espere um minuto - Saiu de perto da porta sério e logo virou-se para Anahi que permanecia paralisada - Querida, me ajude com a gravata?
Em um misto de vergonha e ódio, ela assentiu, e somente quando Alfonso veio em sua direção ela pode ver Dana parada na porta. Bem maquiada e elegante, totalmente ao contrário dela que estava enrolada em um lençol, com o rosto inchado e sem nenhuma maquiagem. Sentindo-se a maior idiota do mundo, Anahi fez um nó apresado e só notou que tinha-o feito apertado demais quando com um sorriso divertido Alfonso o afrouxou.
Ela permaneceu séria, ciente do olhar de Dana em si e do silêncio quase palpável que reinava entre eles.
— Preciso ir - Disse baixo o suficiente para que apenas Anahi escutasse - Você vai ficar bem?
Ela apenas assentiu brava. Se ciúmes matasse, ela sem dúvidas estaria em decomposição...
— Ótimo. Até a noite, me espere pronta. - Pediu.
Ela assentiu, olhando para o chão enquanto mordia o lábio inferior.
— Ei... - Sussurrou.
Ela ergueu um pouco a cabeça para olhá-lo o que foi um erro, pois ele lhe roubou um beijo rápido dos lábios e se afastou sorrindo.
— Tchau Alfonso. - Disse no mesmo tom de voz que ele estava usando.
— Tchau Any.
Afastando-se ele pegou a pasta e se dirigiu até a porta onde Dana o esperava sorrindo. Anahi evitou olhar enquanto Alfonso fechava a porta, mas foi impossível não ouvir quando ele quase gritou:
— Pense em mim…
A porta bateu, e junto com ela o pé de Anahi bateu no chão.
Que ironia... como se ela fosse conseguir fazer alguma outra coisa durante a tarde inteira.
Céus como estava brava!
Tentando ao máximo distrair-se, jogou o lençol no chão e foi em direção ao banheiro. Após encher a banheira de água fria, ela afundo todo o seu corpo molhando os longos cabelos loiros.
O que diabos faria para se ocupar enquanto Alfonso não voltava?
Ela bufou e fechou os olhos.
Pelo menos veria Dulce quando voltasse. Decidida, ela se enrolou rapidamente em uma toalha e apanhou o telefone, voltando correndo para a banheira enquanto as poças d'água deixadas pelos seus pés se acumulavam.
Pulou para dentro da banheira novamente e discou o número de Dulce, que atendeu no terceiro toque:
— Oi Dul.
— Any - A amiga parecia surpresa - Como você está?
— Estou ótima. Estamos voltando hoje a noite. E as novidades?
— Nada - Suspirou - Seu pai ligou.
— Aconteceu alguma coisa? - Perguntou aflita.
— Mais ou menos… - Dulce disse com cuidado.
— O que houve com ele? - Perguntou com um arrepio de medo.
— Foi com a sua mãe... aconteceu o de sempre. - Disse não querendo entrar em detalhes.
— Mas ela está bem?
— Sim, está.
Anahi respirou aliviada. Ótimo.
— E o Ucker? Já lhe pediu em casamento?
— Não brinque com uma coisa dessas! - Gritou.
Anahi riu, mas logo ficou séria ao ouvir a pergunta de Dulce:
— E você e o Alfonso? Estão se matando ou se amando?
— Não sei ao certo.
— Ô sua cadela me conte tudo! - Dulce pediu do outro lado da linha curiosa.
Anahi sorriu divertida e suspirou:
— Adoraria, mas você sabe como ligações assim são caras.
— Nem pense em me deixar curiosa! - A ruiva ralhou - Eu te ligo, me passe o número.
Ainda mais malvada Anahi respondeu com calma:
— Oh querida, eu não sei o número. Veja na memória do seu celular. - Provocou.
— Você ligou para o residencial e… - A amiga fez uma pausa - Você está fazendo de propósito? Sua cadela vagabunda!
— Vou ter que desligar. - A loira disse rindo.
— Nem pense em desligar esse telefone Anahi Giovanna Puente...
— Tchau Dul, beijo no Ucker. - Disse a interrompendo.
— Eu mato você!
Ela desligou sorrindo.
Adorava aquele amor incondicional e aquele respeito mútuo que existia entre ela e Dulce.
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Um amor por contrato
RomanceQuando Anahi Portilla enviou seu currículo para a Empresa Herrera, foi somente para deixar de ouvir Dulce lhe dizer "tente". Jamais pensou que pudesse ser realmente convocada para assumir o cargo de secretária pessoal do presidente da empresa. Assim...