Capítulo 30

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— Olha - Ela apontou o dedo no rosto dele - O que eu fiz ontem foi simplesmente me preocupar com você, era só ter me respondido aonde tinha ido.

— Eu não lhe devo satisfações. - Ele a lembrou.

— Ótimo, porque eu também não lhe devo, não é ótimo? - Ela zombou.

— Sim, é ótimo.

— Então agora solte o meu pulso. - Mandou.

  Ele não a soltou e se crucificou por isso. Nas suas veias corria alegria e raiva ao mesmo tempo. Alegria por tê-la de volta ao alcance das suas mãos, e raiva pela mentira da “suposta” noite que ela tivera.

  Ele a conhecia suficientemente bem para saber que ela não seria capaz disso, então por que estaria fazendo toda aquela cena?

  Isso era apenas mais uma das perguntas sobre Anahi que ele simplesmente não sabia responder. Talvez fosse por isso que ele não queria soltá-la… ele queria a resposta nem que fosse somente para essa pergunta.

— Vai me soltar ou pretende ficar segurando o meu braço para o resto da vida?

— Talvez eu faça isso… - Disse agora mais calmo respirando ofegante.

  Ela engoliu em seco e desviou o olhar do dele, voltou a puxar o braço, ainda sem sucesso algum.

— Alfonso me solte! - Falou mais uma vez começando a ficar brava.

  Ele continuou com a mão de aço firme ao redor do seu pulso. Aquilo já estava ficando patético.

— Me solte! - Ela gritou ao mesmo tempo que começou a estapeá-lo com a mão livre.

  Alfonso em um movimento rápido prendeu seu outro pulso e a puxou para si, impossibilitando-a de escapar.

— Me solte. - Seu pedido saiu como um sussurro.

— Você não quer que eu te solte. - Ele disse com a voz rouca.

  Ela olhou para cima para retrucar e então foi perdição total. A boca dele estava tão perto da sua… Os grandes olhos pareciam querer lhe devorar de uma maneira tão exitante que lhe impediu de todos os raciocínios lógicos que podia ter no momento.

  Ela não teve voz para pedir que ele a solta-se. Não porque sua voz tinha sumido, não… o motivo para ela continuar quieta era porque sabia que se tentasse falar alguma coisa, as únicas palavras que sairiam seria “me beije logo”.

  E mais uma vez, ele pareceu ler seus pensamentos, porque em questão de segundos os lábios dele estavam sob os seus, com o mesmo sabor incrivelmente exitante de que se lembrara.

  As línguas começaram a dançar em uma sinfonia perfeita, e o beijo que até o momento era carinhoso, mudou completamente para apressado e um tanto selvagem.

  Vendo que Anahi já estava tão entregue quanto ele, Alfonso lhe soltou os pulsos e tendo agora as mãos livres a abraçou pelo quadril, colando ainda mais seus corpos.

  Em resposta, a mão de Anahi subiram até o pescoço de Alfonso o puxando mais para si e aprofundando o beijo.

  Nada mais existia para Anahi. Nem barulhos, nem pessoas, nem nada no mundo, apenas Alfonso e involuntariamente deixou escapar um gemido de perda, quando ele se afastou um pouco e pegou o celular dela do bolso de sua bermuda.

  Demorou um pouco para Anahi entender que o celular estava tocando, mas no momento que viu no visor “Pai” atendeu-o de imediato.

— Oi Pai - Ela disse ficando corada - Não, é que eu meio que corri para atender o telefone - Respondeu quando ele perguntou o motivo para ela estar ofegante - Sim, estou na casa da Dul - Mentiu - Sim, estou bem e como está você e a mamãe? - Depois de uma longa pausa e mais alguns diálogos ela finalmente desligou.

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