Capítulo 8

1.4K 119 24
                                    

  Mas também. Era impossível odiá-la!

— Sr.Herrera? - Ela disse fazendo sinal para a porta - Pode me acompanhar.

  Ele arriscou olhar rapidamente para Christopher que apesar de sorrindo, continuava querendo matá-lo com o olhar que dizia “case-se”.

— Senhores, - Alfonso disse sorrindo - Entendo perfeitamente o que vocês estão falando.

— Entende? - Todos disseram ao mesmo tempo.

— Sim entendo. Somente com o casamento se ganha a responsabilidade necessária para administrar uma empresa.

— Oh! - Eles disseram sorrindo - Que bom que você concorda, esperávamos ter que fazer uma discussão para que você compreende-se os nossos receios.

— Que nada - Alfonso disse sorrindo - Hoje em dia entendo perfeitamente a gravidade da situação. Vou contar uma coisa que muitos aqui não sabem, acredito que nem James saiba por ter tratado-a tão mal - Disse fazendo menção a Anahi - Mas me encontro noivo, e estou acertando os últimos detalhes do casamento.

— O que? - Eles perguntaram abismados.

  E Christopher pareceu não acreditar no que ouvira.

— E estando noivo, - Ele continuou - Entendo perfeitamente os receios que vocês têm na questão do sustento de suas famílias. Portanto digo-lhe que fiquem tranquilos.

— E nós podemos saber quem foi a mulher que colocou tanto juízo na sua cabeça? - Christopher perguntou debochado.

— A Anahi.

  Todos da sala ficaram chocados o bastante para deixarem o queixo cair. Porém, ninguém ficou tão confuso quanto Anahi.

— Quem vai se casar? - Ela perguntou confusa.

— Nós. - Ele disse sorrindo - Você é tão engraçada, querida.

— Nós o que? - Ela perguntou alarmada.

— Eu sei que não queria que ninguém daqui soubesse para não dar falatório, mas mais cedo ou mais tarde todos iriam saber, querida. - Ele disse sorrindo.

  Anahi não conseguia assimilar as palavras dele, por mais que tenta-se.

  Ele acabará de dizer que estavam noivos, o que era uma afirmação, sem sombra de duvidas, sem cabimento algum.

— Bom, meus parabéns - O gorducho disse de má vontade - Posso saber desde quando estão… saindo?

— Desde o mês passado - Alfonso disse abraçando-a pela cintura - Não é meu amor?

  Ele havia dito meu amor? Mas é claro que havia dito! E… espera, isso na minha cintura é a mãe dele? Mas é claro que era! Céus onde me meti?! Esse idiota roubador de vagas de estacionamento. Deus que caia um raio agora em minha cabeça. - Ela praguejou mentalmente.

— Bom na verdade, - Ele continuou sem esperar a resposta dela - Anahi e eu somos pessoas completamente opostas e que não deviam ter se apaixonado, mas quem manda no coração? - Ele disse apertando gentilmente sua cintura - Afinal, cargas de sinais iguais se repelem, mas as cargas de sinais opostos se atraem, não é mesmo? - Ele disse sorrindo - Mas sei que também não somos os primeiros a ter um caso com algum colega de trabalho. - Ele disse dando uma indireta para os demais.

  O silêncio ficou pesado. A indireta pareceu pegar todos de surpresa.

— Na verdade, - Um acionista se pronunciou - não tem nada de errado, na verdade é até bom. Anahi parece ter bastante maturidade e ser bastante direita com tudo. Vamos ver se ela te coloca na linha, não é Anahi?

  Ela juntou todas as suas forças e gaguejando falou:

— S-sim.

— Está tudo bem? Parece prestes a desmaiar. - Alfonso lhe perguntou.

— Está tudo ótimo. - Ela disse mais calma - Foi só a surpresa do momento.

— Bom senhores, - Christopher os interrompeu - Agora que tudo já foi esclarecido, acho que podemos voltar ao trabalho, certo?

  Aos poucos os homens foram saindo da sala, parecendo bastante satisfeitos com a novidade.

  Quando por fim todos saíram, Christopher perguntou curioso:

— Alguém pode me explicar que história é essa?

— Ucker - Anahi disse saindo de perto de Alfonso - Pode nos deixar sozinhos?

  Christopher sorriu divertido.

— Sem problemas Any - Ele bateu no ombro do Alfonso - Vou te deixar com a patroa. - Saiu rindo.

  Quando o som das risadas de Christopher por fim cessaram, e ambos ficaram finalmente e completamente sozinhos, ela perguntou levando as mãos na cintura:

— Que palhaçada foi essa?

  Ele quase pode vê a raiva jorrando de seus olhos.

Um amor por contrato Onde histórias criam vida. Descubra agora