O sol já iluminava em abundância o quarto, quando Anahi abriu os olhos com dificuldade.
Sentia-se maravilhosamente bem... sentia-se confortável. Uma respiração em sua nuca a fez virar a cabeça rapidamente. Ela sorriu satisfeita. Era mesmo tudo verdade, ela concluiu feliz.
Olhou para os dois corpos nus, escondidos apenas por um lençol delicado de seda. Alfonso estava confortavelmente abraçado a ela de “conchinha” enquanto uma das mãos pousava possessivamente sobre um seio dela e a outra descansava em sua coxa. Ela corou bancando a idiota quanto se pegou olhando para a masculinidade viril de Alfonso.
Olhou ao redor e viu o roupão da noite passada ainda jogado ao chão, e consciente de sua nudez, livrou-se dos braços de Alfonso tentando mexer-se o menos possível. Ficou de pé e com passos silenciosos abaixou-se e pegou o roupão colocando-o com pressa exagerada.
— O que está fazendo? - Alfonso agora perguntou de olhos abertos - Ou melhor, por que está fazendo isso? - Se corrigiu.
Ela perguntou-se a quanto tempo ele estava acordado, fingindo que dormia.
— Não sei. - Admitiu confusa corando ainda mais.
Devia estar em seu pior estado - Pensou consigo mesma -, havia dormido sem tirar a maquiagem e somando o acontecido com mais o seu rosto logo ao acordar... Devia estar mesmo horrível.
O sorriso que nasceu nos lábios desejáveis de Alfonso era quase zombeteiro.
— Pura perda de tempo.
— O que? - Perguntou alisando os cabelos como se quisesse ajeitá-lo.
— Você ter se vestido - Ainda estava com o mesmo sorriso - Foi pura perda de tempo.
— Por que? - Disse quase ofendida.
Indiferente com o fato de estar nu ou não, Alfonso levantou da cama e com dois passos terminou com a distância que havia entre eles, com a voz recheada de malícia ele sussurrou em seu ouvido:
— Por que você logo irá tirá-lo novamente. - Disse se tratando do roupão.
Anahi teve certeza que o nó que se formara em sua garganta era culpa do seu coração, que tentará fugir pela boca sem sucesso. Ela engoliu em seco, enquanto via os olhos de Alfonso percorrer o seu corpo ainda coberto pelo roupão. Ela estava paralisada.
Alfonso deve ter percebido o pânico em seu olhar, pois o sorriso zombeteiro dele se misturou com o desejo que começava a jorrar de seus olhos. Então ele a prendeu no calor de seus braços, enquanto a boca avida procurava pela dela. Exatamente como na noite anterior, a corrente elétrica que passara pelo corpo de ambos quando os lábios se tocaram foi como uma dose de adrenalina. E como se tivessem imãs, as línguas logo trataram de se aproximar e iniciar o ritmo sensual.
Anahi não soube dizer ao certo quando seus braços haviam abraçado o pescoço de Alfonso o trazendo mais para perto, mas soube dizer exatamente quando o roupão caiu e as mãos do mesmo passaram a lhe estimular os mamilos eretos.
Tudo tão sensual e delirante como na noite passada... A magia não havia terminado.
Alfonso nunca tinha tido tanto prazer e tanta vontade de beijar uma mulher. O gosto inebriante de Anahi fazia qualquer homem delirar. Principalmente ele, que teve que admitir. Logo sua ereção chocou-se contra o ventre já unido e quente, pronto para recebê-lo.
Com um movimento ágil e rápido, ele a levantou-se pela cintura, descendo os beijos para o seu pescoço e colo, prensando-a contra a parede.
Pressionou cada vez mais sua ereção, e quanto novamente Anahi arqueou o quadril em um pedido silencioso pela penetração ele obedeceu, enterrando o rosto na curva do pescoço dela e deliciando-se com o calor que ela emitia.
Os movimentos se intensificaram a medida que o desejo os enlouquecia, e completamente malucos se entregaram a luxuria.
Ele com investidas rápidas e fundas, se concentrava em permanecer com as pernas firmes, sem deixá-las fraquejar. E ela, o envolvi-a pelo quadril, enlouquecida, mordendo o lábio inferior para não gritar de desejo, enquanto suas mãos incontrolavelmente arranhavam as costas dele... Céus, como podia ter ainda tanto desejo neles?
Anahi jogou a cabeça para trás ao encontro da parede, enquanto apertava os olhos com força e tentava não gritar. Seus seios pulavam com as investidas frenéticas de Alfonso, chocando-se no peito musculoso que a sustentava e a prensava na parede. Como um míssil, ela atingiu o clímax e mordeu o lábio com mais força para não gritar, enquanto Alfonso lhe sussurrava coisas safadas no ouvido, a levando ainda mais alto.
Alfonso explodiu dentro dela assim que ela suspirou extasiada.
Juntando toda a força que ainda lhe restava, ele permaneceu com as pernas firmes, e com passos precisos caminhou até a cama, deitando-a com cuidado.
Anahi abriu os olhos e os fechou quase ao mesmo instante, quando recebeu um beijo carinhoso de Alfonso. Assim que o beijo terminou ele lhe acariciou a testa suada, tirando os cabelos grudados e lhe disse com a voz baixa:
— Sinto por não poder passar o dia todo com você na cama.
— E por que não fica? - Ele sorriu.
— Eu adoraria, acredite - Parecia sincero - Mas tenho uma reunião.
— Que pena então. - Disse sem deixar de sorrir também.
— Você ficará bem?
A preocupação desnecessária a emocionou:
— Sim. - Garantiu.
Afinal, sabia que Alfonso tinha negócios importantes. Os canadenses não podiam esperar... nem Dana.
Por que o nome dela não parava de girar em sua mente?
Ela ficou seria de repente.
— Aceita tomar banho comigo? - Convidou com bastante entusiasmo.
— Acho melhor não. - Disse tentando esconder o tom de mágoa na voz. Uma tentativa inútil.
— O que houve? Por que não quer tomar banho comigo?
— Nada de mais. - Deus de ombros.
O olhar dele a estudou por um momento, parecendo querer enxerga-lhe a alma.
— Any - Disse sorrindo torto - Não precisa ficar com vergonha, querida. Você é linda demais para esconder seu corpo de mim. - Traçou um caminho pelo vale dos seus seios desnudos.
— Não é isso. - Retrucou corando de repente.
Definitivamente, ela não sabia lidar com elogios sem corar absurdamente.
— Então o que é?
— Estou… cansada - Deu uma desculpa qualquer, enquanto o maldito nome ainda girava em sua cabeça - E morrendo de sono.
Ele pareceu realmente acreditar.
— Se é assim, tudo bem - Se levantando - Afinal, tenho a impressão de que se aceitasse tomar banho comigo a última coisa que faríamos é descansar.
Ele deu uma piscadela para ela enquanto entrava no luxuoso banheiro.
Desta vez ela não corou, pelo contrário sorriu. A ideia era tentadora, mas não queria fazer amor com Alfonso, tendo o nome de Dana envolto em seus pensamentos.
— Maldita! - Sussurrou enquanto ouvia o barulho do chuveiro.
Pelo menos Alfonso havia lhe dito na noite anterior, que entre eles a relação era de chefe e secretária. Mas Anahi era mulher, e como toda mulher sabia quando alguma outra tentava jogar seu jogo e ganhar. E assim como toda mulher, a desconfiança era a sua maior inimiga neste momento.
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Um amor por contrato
RomantizmQuando Anahi Portilla enviou seu currículo para a Empresa Herrera, foi somente para deixar de ouvir Dulce lhe dizer "tente". Jamais pensou que pudesse ser realmente convocada para assumir o cargo de secretária pessoal do presidente da empresa. Assim...