Capítulo 35

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  O sol já iluminava em abundância o quarto, quando Anahi abriu os olhos com dificuldade.

  Sentia-se maravilhosamente bem... sentia-se confortável. Uma respiração em sua nuca a fez virar a cabeça rapidamente. Ela sorriu satisfeita. Era mesmo tudo verdade, ela concluiu feliz.

  Olhou para os dois corpos nus, escondidos apenas por um lençol delicado de seda. Alfonso estava confortavelmente abraçado a ela de “conchinha” enquanto uma das mãos pousava possessivamente sobre um seio dela e a outra descansava em sua coxa. Ela corou bancando a idiota quanto se pegou olhando para a masculinidade viril de Alfonso.

  Olhou ao redor e viu o roupão da noite passada ainda jogado ao chão, e consciente de sua nudez, livrou-se dos braços de Alfonso tentando mexer-se o menos possível. Ficou de pé e com passos silenciosos abaixou-se e pegou o roupão colocando-o com pressa exagerada.

— O que está fazendo? - Alfonso agora perguntou de olhos abertos - Ou melhor, por que está fazendo isso? - Se corrigiu.

  Ela perguntou-se a quanto tempo ele estava acordado, fingindo que dormia.

— Não sei. - Admitiu confusa corando ainda mais.

  Devia estar em seu pior estado - Pensou consigo mesma -, havia dormido sem tirar a maquiagem e somando o acontecido com mais o seu rosto logo ao acordar... Devia estar mesmo horrível.

  O sorriso que nasceu nos lábios desejáveis de Alfonso era quase zombeteiro.

— Pura perda de tempo.

— O que? - Perguntou alisando os cabelos como se quisesse ajeitá-lo.

— Você ter se vestido - Ainda estava com o mesmo sorriso - Foi pura perda de tempo.

—  Por que? - Disse quase ofendida.

  Indiferente com o fato de estar nu ou não, Alfonso levantou da cama e com dois passos terminou com a distância que havia entre eles, com a voz recheada de malícia ele sussurrou em seu ouvido:

— Por que você logo irá tirá-lo novamente. - Disse se tratando do roupão.

  Anahi teve certeza que o nó que se formara em sua garganta era culpa do seu coração, que tentará fugir pela boca sem sucesso. Ela engoliu em seco, enquanto via os olhos de Alfonso percorrer o seu corpo ainda coberto pelo roupão. Ela estava paralisada.

  Alfonso deve ter percebido o pânico em seu olhar, pois o sorriso zombeteiro dele se misturou com o desejo que começava a jorrar de seus olhos. Então ele a prendeu no calor de seus braços, enquanto a boca avida procurava pela dela. Exatamente como na noite anterior, a corrente elétrica que passara pelo corpo de ambos quando os lábios se tocaram foi como uma dose de adrenalina. E como se tivessem imãs, as línguas logo trataram de se aproximar e iniciar o ritmo sensual.

  Anahi não soube dizer ao certo quando seus braços haviam abraçado o pescoço de Alfonso o trazendo mais para perto, mas soube dizer exatamente quando o roupão caiu e as mãos do mesmo passaram a lhe estimular os mamilos eretos.

  Tudo tão sensual e delirante como na noite passada... A magia não havia terminado.

  Alfonso nunca tinha tido tanto prazer e tanta vontade de beijar uma mulher. O gosto inebriante de Anahi fazia qualquer homem delirar. Principalmente ele, que teve que admitir. Logo sua ereção chocou-se contra o ventre já unido e quente, pronto para recebê-lo.

  Com um movimento ágil e rápido, ele a levantou-se pela cintura, descendo os beijos para o seu pescoço e colo, prensando-a contra a parede.

  Pressionou cada vez mais sua ereção, e quanto novamente Anahi arqueou o quadril em um pedido silencioso pela penetração ele obedeceu, enterrando o rosto na curva do pescoço dela e deliciando-se com o calor que ela emitia.

  Os movimentos se intensificaram a medida que o desejo os enlouquecia, e completamente malucos se entregaram a luxuria.

  Ele com investidas rápidas e fundas, se concentrava em permanecer com as pernas firmes, sem deixá-las fraquejar. E ela, o envolvi-a pelo quadril, enlouquecida, mordendo o lábio inferior para não gritar de desejo, enquanto suas mãos incontrolavelmente arranhavam as costas dele... Céus, como podia ter ainda tanto desejo neles?

  Anahi jogou a cabeça para trás ao encontro da parede, enquanto apertava os olhos com força e tentava não gritar. Seus seios pulavam com as investidas frenéticas de Alfonso, chocando-se no peito musculoso que a sustentava e a prensava na parede. Como um míssil, ela atingiu o clímax e mordeu o lábio com mais força para não gritar, enquanto Alfonso lhe sussurrava coisas safadas no ouvido, a levando ainda mais alto.

  Alfonso explodiu dentro dela assim que ela suspirou extasiada.

  Juntando toda a força que ainda lhe restava, ele permaneceu com as pernas firmes, e com passos precisos caminhou até a cama, deitando-a com cuidado.

  Anahi abriu os olhos e os fechou quase ao mesmo instante, quando recebeu um beijo carinhoso de Alfonso. Assim que o beijo terminou ele lhe acariciou a testa suada, tirando os cabelos grudados e lhe disse com a voz baixa:

— Sinto por não poder passar o dia todo com você na cama.

— E por que não fica? - Ele sorriu.

— Eu adoraria, acredite - Parecia sincero - Mas tenho uma reunião.

— Que pena então. - Disse sem deixar de sorrir também.

— Você ficará bem?

  A preocupação desnecessária a emocionou:

— Sim. - Garantiu.

  Afinal, sabia que Alfonso tinha negócios importantes. Os canadenses não podiam esperar... nem Dana.

  Por que o nome dela não parava de girar em sua mente?

  Ela ficou seria de repente.

— Aceita tomar banho comigo? - Convidou com bastante entusiasmo.

— Acho melhor não. - Disse tentando esconder o tom de mágoa na voz. Uma tentativa inútil.

— O que houve? Por que não quer tomar banho comigo?

— Nada de mais. - Deus de ombros.

  O olhar dele a estudou por um momento, parecendo querer enxerga-lhe a alma.

— Any - Disse sorrindo torto - Não precisa ficar com vergonha, querida. Você é linda demais para esconder seu corpo de mim. - Traçou um caminho pelo vale dos seus seios desnudos.

— Não é isso. - Retrucou corando de repente.

  Definitivamente, ela não sabia lidar com elogios sem corar absurdamente.

— Então o que é?

— Estou… cansada - Deu uma desculpa qualquer, enquanto o maldito nome ainda girava em sua cabeça - E morrendo de sono.

  Ele pareceu realmente acreditar.

— Se é assim, tudo bem - Se levantando - Afinal, tenho a impressão de que se aceitasse tomar banho comigo a última coisa que faríamos é descansar.

  Ele deu uma piscadela para ela enquanto entrava no luxuoso banheiro.

  Desta vez ela não corou, pelo contrário sorriu. A ideia era tentadora, mas não queria fazer amor com Alfonso, tendo o nome de Dana envolto em seus pensamentos.

— Maldita! - Sussurrou enquanto ouvia o barulho do chuveiro.

  Pelo menos Alfonso havia lhe dito na noite anterior, que entre eles a relação era de chefe e secretária. Mas Anahi era mulher, e como toda mulher sabia quando alguma outra tentava jogar seu jogo e ganhar. E assim como toda mulher, a desconfiança era a sua maior inimiga neste momento.

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