Capítulo 36

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  Alfonso sorriu divertido vendo as marcas vermelhas feitas pelas unhas de Anahi em suas costas. O que ela faria se caso ele as mostra-se?

  Sem sombra de dúvida ficaria vermelha como um tomate...

  A água quente caiu em sua cabeça, percorrendo-lhe todo o corpo, e provocando uma pequena ardência incômoda nos arranhões. Ele não deu importância e começou a se ensaboar ainda tendo os pensamentos rondando em volta da mulher desnuda deitada na cama da sua suíte.

  Ele não podia negar que a química entre ambos era forte e deliciosa, despertando o desejo mais profundo e insano que ele podia ter.

  Se a viagem não tivesse sido adiada uma semana e meia, ele poderiam estar aproveitando a mais tempo… - Pensou com uma careta.

  Decidido a não perder mais nenhum minuto dos cinco meses que ainda tinham de ficar juntos, ele desligou o chuveiro e se enrolou em uma toalha. Barbeou-se e quando saiu do banheiro para trocar de roupa, Anahi já havia voltado a dormir.

  Ele sorriu. Ela definitivamente fazia um biquinho provocante enquanto dormia. Chegava a ser cômico. Os olhos fechados, a expressão calma e inocente e a boca carnuda formando um biquinho provocante, que parecia esperar por um beijo.

  Sem a intenção de acordá-la, ele depositou um beijinho rápido nos lábios provocantes e foi se vestir. Os canadenses o estavam esperando, e dessa vez ele não podia se atrasar como no avião.

  Três batidas na porta, fizeram ele olhar rápido para cama para e ter certeza que Anahi não havia acordado. Ela se remexeu, mas continuou dormindo, e ele se apressou em atender antes que mais batidas a acordassem de vez.

  Ainda abotoando a camisa, ele abriu a porta.

— Bom dia. - Dana foi logo dizendo e dando uma espiada pelo quarto sobre o ombro de Alfonso.

— O que foi? - Quis saber terminando com os botões.

— Nada de mais, só vim ter certeza que não se atrasaria.

— Fale mais baixo - Pediu - Não quero que Anahi acorde.

— Ela ainda está dormindo? - A loira oxigenada disse com a voz mais baixa e arqueando uma sobrancelha.

  Por algum motivo ele não gostou do comentário.

— Sim.

— Não pensei que ela bancasse o tipo dorminhoca. - Disse com um pequeno sorriso.

— Digamos que a culpa é minha a causa do cansaço dela. - Disse em um tom malicioso, sabendo que Dana entenderia.

  E realmente ela entendeu.

  Ele a deixou parada na porta e foi terminar de colocar os sapatos. Felizmente ela não fez mais nenhum comentário, e quando terminou se encaminhou a porta:

— Podemos ir. - Ele disse fechando a porta.

  Ela apenas sorriu e o seguiu em direção ao elevador. Quando as portas fecharam-se e eles se viram sozinhos, ela perguntou:

— Você é fiel a Anahi, Poncho?

  Ele a encarou com os olhos arregalados. Nenhuma outra pergunta poderia tê-lo deixado mais surpreso.

— Eu acho que isso não lhe diz respeito. - Estava com a voz grave, mais grave que o normal.

— Não me leve a mal - Balançou as mãos - É apenas curiosidade - Fez uma pausa e continuou - É que eu costumava ler nas revistas de fofocas o quão sempre bem acompanhado você andava, então, de repente você casou, e não sei um homem bonito e sensual como você… não sei, eu apenas fiquei curiosa. - Disse de uma forma meio enrolada.

  Ele continuou em silêncio, deixando claro que não estava gostando do rumo da conversa. Porém para seu assombro ela insistiu:

— Você realmente parou de procurar amantes ou apenas está sendo mais discreto?

— Dana - Disse frio - Esses assuntos são pessoais. E ao que me diz respeito você só faz parte dos assuntos profissionais - Explicou - Portanto, não acho que devemos ter esse tipo de conversa.

  Talvez por sorte, a porta do elevador finalmente se abriu e ele saiu apressado, não respeitando a etiqueta de “as damas” primeiro.

  Ela o seguiu em silêncio. Por hora já tinha sido um avanço de bom tamanho.

  Na hora do almoço Alfonso ligou a Anahi, avisando que teria de ficar mais tempo do que pretendia com os canadenses. Porém, já deixou claro que assim que chegasse sairiam para jantar fora, e aconselhou-a a sair pelas ruas e conhecer um pouco de Toronto.

  Ao desligar o telefone, Anahi considerou o pedido de Alfonso... Afinal poderia sem duvida ser uma aventura bastante interessante.

  Pediu serviço de quarto e almoçou, se deliciando com a comida.

  Logo que terminou, pegou a bolsa e um casaco. Apesar de Toronto possuir um clima temperado com estações bem definidas, o noticiário da televisão mostrava a média de 15 °C naquela tarde.

  Logo que começou a andar pela cidade sem fazer ideia de onde estava, se deparou com uma boutique, que mostrava na vitrine um vestido preto, onde abaixo da altura dos seios, uma larga fita vermelha dava um toque delicado e ao mesmo tempo elegante. Não resistindo, ela entrou na loja e pediu um do seu tamanho. Experimentou-o, e sorriu em frente ao espelho com o resultado.

  Aproveitando a “oportunidade”, comprou também um sapato e logo tratou de recusar quando a vendedora ofereceu uma bolsa e mais alguns acessórios. Já havia gastado o bastante por um bom tempo...

  A tarde havia passado tão rápido que ela só percebeu que estava na hora de voltar para casa quando uma fina garoa começou a cair.

Um amor por contrato Onde histórias criam vida. Descubra agora