Capítulo 17

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  Alguns dias se passaram e finalmente a sexta-feira havia chegado. Anahi estava morrendo de ansiedade, não apenas pelo jantar beneficente, mas também pelo encontro de Dulce e Christopher.

— Any, já está pronta? - Alfonso gritou de seu quarto, que ficava no fim do corredor.

— Já. - Ela gritou de volta dando uma última olhada no vestido que Alfonso havia lhe dado.

  Cairá perfeitamente em seu corpo.

  O vestido longo em tom azul escuro, de veludo e tomara que caia, delineava sua cintura e ressaltava seus seios volumosos.

  A maquiagem marcava bastante seus olhos azuis, e os cabelos caiam em cachos perfeitos feitos pelo babyliss, estava presa as laterais que formavam lindas tranças.

  O sapato apesar de não ser novo pouco aparecia, e os brincos e colar não chamavam muita atenção, ao contrário da grossa aliança em seu dedo.

— Será que poderia me ajudar com a gravata? - Ele pediu ainda de seu quarto.

  Anahi sorriu.

  Alfonso se convenceu que o nó da gravata que ela dava era mais bonito e elegante do que o que ele sempre dera.

  Borrifou mais um pouco de perfume e saiu do seu quarto em direção ao quarto dele.

  A porta estava aberta, como sempre, e ele estava sentado na cama colocando os sapatos. Ergueu o olhar até os pés parados em sua frente e subiu o olhar devagar.

— Uau - Ele disse ficando de pé em frente a ela - Você está linda. - Admitiu.

— Obrigada, você não está tão mal assim. - Ela disse divertida.

— Obrigado. Agora de marido para esposa, desculpe a expressão, mas você está tão gostosa que acho que vou ter uma ereção. - Ele disse em tom brincalhão.

  Ela lhe socou o braço com força sorrindo.

  Já estava tão acostumada com as brincadeira de Alfonso, que já nem corava mais.

— Cale a boca e me de a gravata. - Ela mandou.

— É incrível como só você sabe fazer este bendito nó. - Ele disse lhe dando a gravata.

  Ela ainda sorrindo, passou a gravata em volta do pescoço dele, e com as pequenas e ágeis mãos terminou o nó, deixando a gravata apertada o bastante para que ele não conseguisse respirar.

— Você é sutil como uma bazuca. - Ele brincou assim que afrouxou o nó e pode respirar.

— Vamos, ou você vai me atrasar mais? - Ela perguntou sorrindo e caminhando em direção a porta.

— Espere… - Ele disse colocando o outro sapato e a seguindo em direção as escadas.

  Quando Anahi ia descer o primeiro degrau, a bainha do vestido enganchou na ponta do salto e ela perdeu o equilíbrio e quando achou que ia cair, duas mãos fortes a seguraram pela cintura:

— Eu disse para você me esperar - Ele disse a apertando mais contra si vitorioso - A menos é claro que queira descer rolando por todas essa escadaria...

  A ideia embrulhou seu estômago.

— Eu vou aceitar sua ajuda, querido. - Ela disse soltando o vestido do sapato e o puxando mais para cima na altura dos seios.

— Estou arrependido de ter comprado esse vestido. - Ele anunciou a ajudando a descer as escadas, com o braço ainda em volta da cintura dela.

— Por que? - Ela perguntou assustada.

— Porque estou vendo que terei que espantar muitos pretendentes de perto da minha esposa.

  Ela riu.

— Alf, as vezes você fala como se fossemos ficar casados para sempre.

— A gente ainda não se separou. - Ele rebateu bem humorado.

  Quando os degraus acabaram eles foram direto para o carro.

💠

— Anahi, estamos quase chegando - Ele anunciou com a voz calma - Por isso, preste a atenção. Nesse jantar, vai ter pessoas que… vão tentar de algum modo te provocar.

  Anahi riu.

— Está rindo do que? - Alfonso perguntou sem deixar de prestar atenção na estrada.

— Nada. Só estou pensando o quanto elas devem estar bravas por você está casado.

— Eu não disse que eram mulheres. - Ele rebateu tentando se defender.

— E precisa? - Ela ironizou e ele ficou quieto.

  Desde o incidente com as flores, ele e Anahi pareciam mais amigos e isso o agradava bastante.

  A mansão toda luminosa e cheia de carros caros na frente chamava atenção ao longe, e Anahi se inclinou para a frente enquanto assobiava admirada.

— Meu Deus, isso é uma festa beneficente?

— Mais ou menos. As pessoas apresentam propostas para que nós, os empresários, doem um tanto em dinheiro para cada umas das instituições. Depois tem um leilão no qual todo o dinheiro é arrecadado e doado. - Ele explicou rapidamente.

— Nossa - Ela disse maravilhada - Isso parece interessante.

— Você já foi em um leilão? - Ele perguntou por ela ter usado o termo “interessante”.

— Só de bois e tratores.

  Alfonso riu.

— Como foi que eu achei uma mulher dessas, meu Deus?! - Ele disse brincando e ela sorriu, ficando de repente insegura.

— Será que não vou fazer você passar vergonha? - Ele a olhou sério.

— Querida, você já se olhou no espelho? - Ele perguntou se referindo a sua beleza.

— É sério - Ela rebateu brava - Digo, porque eu não sou desse meio, e se me perguntarem o que eu acho das ações da bolsa de valores?

  Ele riu.

— Querida vá por mim, eles são mais de perguntar quanto você pagou pelo seu vestido.

  Ela franziu o cenho ainda sem muita confiança.

— Escuta, qualquer coisa eu vou estar lá. Não tem porquê se preocupar. - Ele tentou confortá-la.

  Ela continuou quieta, e ele parou o carro na entrada onde um chofer os recebeu com um largo sorriso, antes mesmo que pudesse abrir a porta Alfonso a parou.

— Espere aqui um momento. - Ele disse antes de sair do carro.

  Anahi obedeceu, afinal ela já nem estava mais querendo sair daqui.

  Alfonso contornou o carro e abriu a porta ao lado dela lhe oferecendo gentilmente a mão.

  Oh sim, era nesse tipo de ocasião que eles tinham que bancar o casal apaixonado, com mil coraçõezinhos.

  Ela forçou o seu melhor sorriso quando notou que o chofer e os dois recepcionistas olhavam para dentro do carro estupefatos.

— Vamos meu amor? - Ele disse sorrindo torto.

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