No dia seguinte:
— Você já avisou para ele que estamos aqui? - Dulce perguntou pela segunda vez.
— Já!
— E porque ele está demorando? - Ela disse impaciente.
— Cale a boca, a porta está abrindo.
Dulce ficou quieta.
— Anahi, pode entrar. - Alfonso gritou da porta.
A empresa ainda estava vazia. Ninguém havia chegado.
Dulce deu um pulo se levantando e Anahi a acompanhou até a grande porta do escritório de Alfonso.
Christopher e Alfonso olharam Dulce dos pés a cabeça quando a ruiva entrou, e Anahi logo tratou de explicar.
— Essa é Dulce, minha amiga.
— Sou a representante dela também. - Disse com o nariz empinado.
— Representante? - Alfonso franziu o cenho assim como Christopher que continuava a estudar Dulce.
— Ela é gerente de uma loja de roupa, não é minha representante.
— Mas posso ser, é só alguém tentar enganá-la. - Ela disse ameaçadora.
— Áh… - Alfonso disse confuso - Bom, sou Alfonso e esse é...
— Ucker o advogado. - Disse torcendo o nariz.
— Isso. Bom, indo direto ao ponto, eu conversei com Christopher e nós propomos alguma regras.
— Que regras? - Dulce foi logo perguntando.
— Está tudo escrito aqui - Christopher explicou de má vontade - Anahi, por favor leia e diga quais são as suas objeções. - Disse lhe estendendo o papel.
Antes que Anahi pensasse em pegar, Dulce já o estava lendo em silêncio.
Apesar das palavras difíceis dos “advogados” o contrato era claro.
Ela devia casar-se com ele, morar na casa dele, fazer com que todos acreditem que estão felizes e apaixonados, acompanhá-lo nos coquetéis, congressos e em festas. Ser fiel e deixar de ser sua secretária, entre outros.
— Por que ela precisa morar na sua casa? - Dulce perguntou ameaçadora.
— O que? - Anahi quase berrou.
— Imprensa. Paparazzis estão onde menos se espera. - Christopher explicou escondendo um sorriso no rosto - Isso tem que parecer real.
— Ser fiél? - A ruiva perguntou erguendo uma sobrancelha.
— Imprensa também. Ou você acha que meu cliente quer que as revistas o publiquem como corno?
— Áh… bom já que minha cliente vai ter certas privações, proponho um aumento no pagamento.
— Eu sou a única que não estou entendo nada aqui? - Anahi perguntou confusa.
— Aumento de quanto? - Alfonso se endireitou na cadeira.
— Bom, aqui diz que o contrato é valido por seis meses e depois o casal poderá se separar. Também diz que ela tem que deixar de ser a sua secretária, então é justo ser cobrado o dobro, já que não pensávamos em tais… privações.
— O dobro de que? - Anahi perguntou erguendo a sobrancelha.
Anahi continuava em silêncio. Estava completamente perdida. Que privações? E porque Dulce estava falando como se realmente entendesse do assunto?
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Um amor por contrato
RomansaQuando Anahi Portilla enviou seu currículo para a Empresa Herrera, foi somente para deixar de ouvir Dulce lhe dizer "tente". Jamais pensou que pudesse ser realmente convocada para assumir o cargo de secretária pessoal do presidente da empresa. Assim...