Anahi suspirou enquanto jogava mais alguns sais na banheira e massageava os ombros. Cantarolando uma canção desconhecida ela terminou seu banho e secou-se.
Escolheu uma roupa qualquer, já que iria ficar sozinha naquela gigantesca suíte, e também não tinha planos de sair.
Pediu comida e assim que terminou a refeição, saciando sua fome, ela começou a organizar suas coisas e suas roupas, mas foi quando dobrou com cuidado o vestido branco que Alfonso lhe comprara no leilão, que lembrou que tinha uma conversa pendente consigo mesma. Afinal, aquele sonho acabaria no momento em que ela e o mesmo subissem ao avião e chegassem em casa.
Ela sentou-se em frente a grande janela da suíte. Tinha que arranjar uma solução, porém primeiramente tinha de achar o real problema.
Oh céus precisava tanto de conselhos...
Olhou para o telefone do hotel, e criando coragem levantou-se e discou o número de casa. Da sua casa... No quinto toque a voz cansada de uma homem atendeu:
— Alô?
— Oi pai. - Sorriu emocionada.
— Giovanna? - Disse parecendo animado - Giovanna é você filha?
— Sim papai, sou eu Anahi. - Revirou os olhos.
Seu pai sempre a chamava de Giovanna, o mesmo contou que quando ele e sua mãe descobriram que ela seria uma menina, sua mãe queria Anahi e seu pai Giovanna, por isso colocaram Anahi Giovanna. E ele sempre insistia em chama-la pelo seu segundo nome, pois foi ele quem escolhera.
— Ei filha estamos com saudades de você. Quando vem nos fazer uma visita?
— Assim que eu conseguir uma folguinha aqui papai. Como a mamãe está? - Perguntou logo, antes que ele começa-se a lhe perguntar do trabalho.
Odiava mentir para ele, mas nas circunstâncias que se encontrava não poderia dizer ao pai que estava em Toronto com o seu ”marido”.
— Está na mesma - Disse com a voz cansada - Você sabe como são as coisas... Ela sempre pergunta por você, está com saudades.
— Eu também estou com muita saudade de vocês, papai. - Sentiu seus olhos nublarem - Você acha que seria ruim se eu falasse com ela?
— Ruim? - Soltou uma gargalhada forçada - Eu acho que seria ótimo, iria animá-la bastante. Espere um momento que eu vou passar para ela. Tchau Giovanna.
— Tchau pai, eu te amo. - Um longo silêncio pairou no telefone até ele responder.
— Oh minha Giovanna, você sabe que sou fechado demais para estas melações. Mas eu também lhe amo. Vou passar para sua mãe. Tchau.
Ela riu com o nervosismo do pai, e a voz que tanto queria escutar lhe encheu o peito de calor:
— Filha é você minha vida?
— Sim, sou eu mamãe. - Disse começando chorar.
— Você está bem? - A voz fraca e debilitada disse com carinho - Estou com tanta saudade Anahi.
— Eu também mamãe.
— Querida, posso sentir aqui em meu coração que está chorando.
— É que estou com saudades. - Disse tratando de se acalmar.
— E o que mais?
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Um amor por contrato
RomantizmQuando Anahi Portilla enviou seu currículo para a Empresa Herrera, foi somente para deixar de ouvir Dulce lhe dizer "tente". Jamais pensou que pudesse ser realmente convocada para assumir o cargo de secretária pessoal do presidente da empresa. Assim...