Capítulo 34

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— Não fale bobagens. - Ela gritou se levantando.

— Ah, então você não está com ciúmes? - Ele disse sorrindo como um moleque travesso.

— Não. Eu estou brava. - Admitiu.

  Era melhor a forca do que admitir para ele, e para si mesma, que o quê sentia era ciúmes.

— Muito brava? - Ele perguntou agora sem o brilho de diversão nos olhos.

— Muito, muito brava. - Garantiu tirando os pares de brinco.

— Posso perguntar por que você está brava?

— Pode, só não lhe garanto resposta.

  Ele respirou fundo e esfregou as têmporas:

— O que foi dessa vez? - Da maneira que Alfonso falou, pareceu que a situação acontecia sempre.

— O que foi dessa vez? - Colocou as mãos na cintura - Como “O que foi dessa vez”? Saiba Alfonso Herrera que eu não entrei nesse jogo de contrato para ser desrespeitada dessa maneira!

— De que maneira mulher? - Arregalou os olhos.

— E você ainda se faz de desentendido? - Gritou ao mesmo tempo que juntava uma sandália do chão e tocava em sua direção.

  A sandália não o acertou, mas o objetivo estava bem claro.

— Eu vou acreditar que você estava testando para ver se ela voava. - Disse sem um pingo de humor.

— Como você pode fazer aquilo comigo? - Anahi perguntou como se Alfonso não tivesse falado nada - Você me desrespeitou da pior maneira que se pode desrespeitar uma mulher.

— O que eu fiz? - Ele perguntou agoniado dando cinco passos e terminando com a distância que existia entre eles.

— Você e a Dana nem se quer se deram ao trabalho de tentar disfarçar o caso de vocês. Eu quase morri de… vergonha. - Ocultou a palavra ciúmes.

— Escute Anahi… - Disse dividido ainda entre ficar bravo ou rir de tudo aquilo - Eu e a Dana não temos um caso.

— Então o que ela está fazendo aqui?

— Eu precisava de alguém para tomar nota na reunião de amanhã. Quando você foi contratada eu te avisei... - Ela o interrompeu.

— Acontece que você não era casado, e nós não estávamos tendo um caso.

— Eu não estou tendo um caso com ela! - Gritou bravo.

— Cale a boca Alfonso! - Gritou mais alto.

  Ele a olhou bufando de raiva.

  Os maxilares dele se contraíram e os olhos esverdeados tornaram-se quase negros. Ele se moveu tão rápido que Anahi não pôde livrar-se do braço que a desequilibrou e lhe tirou o fôlego. Alfonso com selvageria e, ainda com mais fúria, apossou-se de seus lábios.

  O inesperado contato com aquela boca e com aquele corpo a fez perder a cabeça por alguns segundos, então a ideia de que ele poderia já ter feito a mesma coisa com Dana apossou-se de seus pensamentos, com o coração disparado e a respiração ofegante, ela colocou as mãos no peito dele e o empurrou com toda a força que podia reunir.

— Não. - Sua voz saiu tão sem convicção que pôde ver o desejo aumentar nos olhos dele.

  Ele acariciou-lhe os lábios lentamente, com uma doçura inesperada, e sem que Anahi se desse conta, entreabriu os lábios, correspondendo ao apelo daquela sensualidade irresistível. Seu corpo estremeceu ao sentir a boca invadida, numa intimidade que lhe ateou fogo às veias, e ela não tentou resistir quando os corpos se colaram um ao outro. Suas pernas estremeceram e ela precisou agarrar-se ao paletó de Alfonso para continuar em pé.

Um amor por contrato Onde histórias criam vida. Descubra agora