— Calma - Ele pediu com cautela - Foi a única solução que eu encontrei.
Ela bateu o pé no chão.
— Explique-se, imediatamente!
— Eu precisava me casar, para não perder mais acionistas, e eles te adoram pelo o que eu acabei de ver. Quer motivo melhor?
— Você pediu minha... permissão para contar essa mentira?
— Você tem namorado, noivo ou qualquer coisa do tipo?
— Não.
— Então está tudo certo. Agora tem, e sou eu.
— Alfonso… - Ela disse suspirando.
— O que foi?
— Eu não vou casar com você.
— Vai sim. - Ele disse sério.
— Não vou não.
— Será um acordo estritamente profissional. Não tem porque não querer.
— Eu não quero! - Ela disse começando a aumentar o tom da voz.
— Anahi, não é para resto da vida! É só alguns meses até eles pararem de achar que eu sou irresponsável e que não tenho maturidade para ter uma família. Entenda, se eu não fizesse isso eu poderia levar a empresa a falência, isso significa que nos dois e mais dezenas de pessoas vão ficar sem emprego, sem contar que essa empresa era do meu pai e ele suou muito para erguer isso daqui, tanto quanto eu estou suando para manter de pé. Por favor, eu te peço, eles te adoram, vai causar uma ótimo impressão.
— Isso não vai acontecer. Eu te avisei que eu e você não ia rolar! - Ela disse ainda nem um pouco convencida.
— Eu sei, eu sei… - Ele disse esfregando as têmporas - Mas pense, você veio do interior, não tem que se preocupar com os seus parentes, e seus pais nem precisam saber se não quiser, só me ajude nisso por favor. Eu sei que você não vai arranjar um emprego que pague tão bem quanto aqui. O que custa assinar um papel?
— Não. Nada feito.
— É um acordo profissional, nada… - Ela o interrompeu.
— Não Alfonso. Já chega, não vou casar com você só para livrar você dessa fama de galinha imaturo. - Ela disse ainda brava.
— E se nós entrássemos em um acordo?
— Como assim? - Ela perguntou revirando os olhos.
— Simples. Você finge ser a minha esposa e eu te pago por isso. É como um trabalho, só que se te perguntarem, você é a Sra. Herrera.
Dinheiro....
A palavra soava como música nos ouvidos de Anahi.
— Quanto de dinheiro? - Ela não se conteve em perguntar.
— Muito. - Ele garantiu.
— Quanto você chama de muito? - Perguntou desconfiada.
— Aproximadamente 500 mil. Talvez mais, talvez menos. - Ele disse como se estivesse falando de 5 dólares.
— 500 mil? - Ela perguntou alarmada.
— Sim.
Era muito mais do que poderia imaginar juntar em muitos e muitos anos.
Ela suspirou.
— Eu preciso pensar com calma.
— Tudo bem, sem problemas. Eu também preciso falar com Christopher sobre isso.
— Posso te dá a resposta hoje a noite? - Ela perguntou mordendo o lábio inferior.
— Tudo bem. Se quiser pode ir para casa.
— Como assim? - Ela franziu o cenho.
— Vá para casa. Se ficar, a empresa toda vai ficar perguntando sobre isso. Depois conversamos.
Ela pensou em recusar, mas seria bom chegar mais cedo e conversar com Dulce sobre isso.
— Tudo bem, é melhor mesmo. Mas não estou aceitando seu pedido de casamento, estou apenas falando que vou pensar! - Ela disse antes de sair batendo a porta com força.
Alfonso sentou-se na ponta da mesa e riu.
Sabia que milhares de mulheres morreriam para ser sua esposa, e ele não precisava gastar nenhum centavo com isso. Mas nenhuma delas era Anahi.
Anahi era um anjo. Porém um anjo que precisava de dinheiro. E ele? Ah, ele estava louco para saber o porquê.
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Um amor por contrato
RomanceQuando Anahi Portilla enviou seu currículo para a Empresa Herrera, foi somente para deixar de ouvir Dulce lhe dizer "tente". Jamais pensou que pudesse ser realmente convocada para assumir o cargo de secretária pessoal do presidente da empresa. Assim...