Capítulo 9

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— Calma - Ele pediu com cautela - Foi a única solução que eu encontrei.

  Ela bateu o pé no chão.

— Explique-se, imediatamente!

— Eu precisava me casar, para não perder mais acionistas, e eles te adoram pelo o que eu acabei de ver. Quer motivo melhor?

— Você pediu minha... permissão para contar essa mentira?

— Você tem namorado, noivo ou qualquer coisa do tipo?

— Não.

— Então está tudo certo. Agora tem, e sou eu.

— Alfonso… - Ela disse suspirando.

— O que foi?

— Eu não vou casar com você.

— Vai sim. - Ele disse sério.

— Não vou não.

— Será um acordo estritamente profissional. Não tem porque não querer.

— Eu não quero! - Ela disse começando a aumentar o tom da voz.

— Anahi, não é para resto da vida! É só alguns meses até eles pararem de achar que eu sou irresponsável e que não tenho maturidade para ter uma família. Entenda, se eu não fizesse isso eu poderia levar a empresa a falência, isso significa que nos dois e mais dezenas de pessoas vão ficar sem emprego, sem contar que essa empresa era do meu pai e ele suou muito para erguer isso daqui, tanto quanto eu estou suando para manter de pé. Por favor, eu te peço, eles te adoram, vai causar uma ótimo impressão.

— Isso não vai acontecer. Eu te avisei que eu e você não ia rolar! - Ela disse ainda nem um pouco convencida.

— Eu sei, eu sei… - Ele disse esfregando as têmporas - Mas pense, você veio do interior, não tem que se preocupar com os seus parentes, e seus pais nem precisam saber se não quiser, só me ajude nisso por favor. Eu sei que você não vai arranjar um emprego que pague tão bem quanto aqui. O que custa assinar um papel?

— Não. Nada feito.

— É um acordo profissional, nada… - Ela o interrompeu.

— Não Alfonso. Já chega, não vou casar com você só para livrar você dessa fama de galinha imaturo. - Ela disse ainda brava.

— E se nós entrássemos em um acordo?

— Como assim? - Ela perguntou revirando os olhos.

— Simples. Você finge ser a minha esposa e eu te pago por isso. É como um trabalho, só que se te perguntarem, você é a Sra. Herrera.

  Dinheiro....

  A palavra soava como música nos ouvidos de Anahi.

— Quanto de dinheiro? - Ela não se conteve em perguntar.

— Muito. - Ele garantiu.

— Quanto você chama de muito? - Perguntou desconfiada.

— Aproximadamente 500 mil. Talvez mais, talvez menos. - Ele disse como se estivesse falando de 5 dólares.

— 500 mil? - Ela perguntou alarmada.

— Sim.

  Era muito mais do que poderia imaginar juntar em muitos e muitos anos.

  Ela suspirou.

— Eu preciso pensar com calma.

— Tudo bem, sem problemas. Eu também preciso falar com Christopher sobre isso.

— Posso te dá a resposta hoje a noite? - Ela perguntou mordendo o lábio inferior.

— Tudo bem. Se quiser pode ir para casa.

— Como assim? - Ela franziu o cenho.

— Vá para casa. Se ficar, a empresa toda vai ficar perguntando sobre isso. Depois conversamos.

  Ela pensou em recusar, mas seria bom chegar mais cedo e conversar com Dulce sobre isso.

— Tudo bem, é melhor mesmo. Mas não estou aceitando seu pedido de casamento, estou apenas falando que vou pensar! - Ela disse antes de sair batendo a porta com força.

  Alfonso sentou-se na ponta da mesa e riu.

  Sabia que milhares de mulheres morreriam para ser sua esposa, e ele não precisava gastar nenhum centavo com isso. Mas nenhuma delas era Anahi.

  Anahi era um anjo. Porém um anjo que precisava de dinheiro. E ele? Ah, ele estava louco para saber o porquê.

Um amor por contrato Onde histórias criam vida. Descubra agora