Alfonso pareceu tão chocado quanto Dana com a resposta, mas ela não esperou para ver se algum deles diria alguma coisa, apenas virou as costas e começou a ir em direção a porta da saída.
Logo Alfonso estava do seu lado com o maxilar apertado, acompanhando-a até o local onde o carro os estava esperando.
Nenhum dos dois falou uma palavra se quer até chegarem em casa.
Alfonso mal tinha parado o carro e Anahi já havia pulado para fora. Ela sentia a raiva correndo por suas veias e pode jurar que estava prestes a matar alguém.
Digitou o código de segurança e entrou na casa com os passos rápidos:
— Você não pode me dizer o que está acontecendo? - Ele perguntou enquanto ela ia em direção as escadas.
— Nada para te falar. - Gritou brava.
Nunca sentira tanta raiva na vida!
— Será que dá para esperar antes de me acertar com a pia da cozinha? - Ele perguntou irônico a seguindo pelas escadas - Se ao menos soubesse o porquê de você está tão brava eu... - Ela o interrompeu aos gritos:
— Eu não aguento isso Alfonso!
— Aguenta o quê? - Quis saber começando também a gritar.
Ela sentiu as lágrimas começarem a cair de seus olhos e não as impediu, deixou que viessem.
— Até quando vamos ficar brincando de casinha? De papai e mamãe? Eu não aguento mais isso! - Gritou sentindo o corpo todo tremer de raiva - Eu não sou uma idiota Alfonso, então não tente me fazer parecer uma! Se quer tanto transar com Dana, não pode ao menos esperar para fazer isso em um lugar onde não tenha tanta gente?
— Do que você...? - Ele entendeu e correu a agarrando pelos ombros - Não seja tola eu não estava flertando com Dana! Você me conhece bem o suficiente para saber que eu nunca faria isso! - A sacudiu pelos ombros - Ainda mais agora que as coisas entre nós estão cada vez melhores.
— Na cama você quer dizer, porque é só lá que as coisas ficam realmente boas entre nós. - Ela não parava de gritar.
— Não faça isso Anahi. Não tente tornar feio uma coisa tão bonita que está nascendo entre nós.
— E o que está nascendo entre nos Alfonso? - Gritou lhe dando tapas por todo o peito musculoso.
— Eu não sei, mas é algo que eu quero preservar - Disse agora com a voz baixa - Eu fui até o banheiro e saindo de lá encontrei Dana, a mesma me disse que Jack Duarte queria falar comigo e eu fui ao encontro dele, quando você chegou ele tinha ido a procura de um ponche - Explicou, enquanto ela mordia o lábio inferior se recusando a soluçar - Não vou brigar com você por causa de um ataque de ciúmes... Vamos para a cama e… - Ela o empurrou com força sentindo o orgulho ferido.
— Você já me trouxe para casa, pode voltar a aproveitar o resto da noite com a Dana. Eu não me importo contanto que seja discreto... - Ela mal podia acreditar no que ouvia.
— Anahi... - Tentou recomeçar a falar, mas ela voltou a interrompê-lo.
— Eu vou para o meu quarto - Anunciou em um tom que garantia que não havia outra opção - Sinto muito, mas não vou poder diverti-lo essa noite.
— Não fale como se você fosse uma prostituta. - Disse apertando novamente o maxilar.
— E isso faz alguma diferença para você?
Ele não pôde responder, porque a porta grande e pesada do antigo quarto dela havia se batido com força, deixando todo o corredor em silêncio.
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Um amor por contrato
RomanceQuando Anahi Portilla enviou seu currículo para a Empresa Herrera, foi somente para deixar de ouvir Dulce lhe dizer "tente". Jamais pensou que pudesse ser realmente convocada para assumir o cargo de secretária pessoal do presidente da empresa. Assim...