Quando é para ser...

Capítulo 22

Oi amorecos!!!

Voltei!!

Eu sempre gosto de colocar o ponto de vista dos envolvidos nas cenas que escrevo, porque é importante para entender os comportamentos de cada personagem no desenrolar da história.

Esse cap é pra gente ver como a Carla foi afetada pelos acontecimentos recentes.

O próximo, será realmente a sequência dos eventos, ok?

Bjokasss

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Arthur

Quando o Lucca nos solta, vejo a Carla tentando ajeitar a manta que, parece ter escorregado um pouco. Ela me olha como quem pede socorro.

Estou realmente preocupado que, com tanta empolgação, ele acabe conseguindo soltar a manta que a Carla está usando e tenhamos uma cena nada confortável para a primeira vez dela aqui em casa.

"Primeira vez dela aqui."

Preciso parar com isso. Não posso criar essas expectativas! Não posso alimentar sonhos impossíveis!

Tenho que me preocupar primeiro com os sentimentos do Lucca. Os meus, podem vir depois.

Mudo o foco do meu pequeno:

- Então, garotinho, acho bom nós irmos logo preparar o almoço, antes que a sua barriga comece a gritar, não é?

Falo já fazendo cosquinhas e puxando o danadinho para o meu colo.

Levanto com meu filhote, evitando que ele se agarre à Carla mais uma vez.

- Já sabe o que vai querer comer, campeão? - falo já indo em direção à cozinha.

- Espela, papai! A Tia Cá vai tamém. Vem Tia, fazê o almoço com a gente.

- Filho, a gente nem deixou a Carlinha acordar direito. Vamos começando o almoço, que ela daqui a apouco encontra a gente. Não é, Cá?

Falo na tentativa de ganhar tempo para que ela consiga se vestir, sem que o meu ogrinho permaneça grudado nela.

O Lucca está rindo, olhando de mim para a Carla.

- Cê chamô ela de Cainha, papai? - e continuou rindo. Não aguento esse menino e respondo também dando risada.

- É, filho. O nome dela é Carla, então a gente chama de Cá ou Carlinha. Entendeu?

- Hum rum. Igual à Vovó Bia chama voxê de Thu e chama eu de Luquinha, né?

- Isso mesmo, filho. Agora vamos fazer o almoço e daqui a pouco a Tia Cá encontra a gente, tá bom?

- Tá bom. - ele vira para a Carla - Tia, a gente vai e espela voxê lá fazeno o almoço, viu?

Viro para a Carla e ela está de sorriso escancarado olhando nós dois:

- Tá certo, meu amor. Pode ir com o seu pai que já já a tia chega lá. - ela solta um beijo para ele, que ri feliz.

Solto um beijo para ela e me viro com o meu filhote para a cozinha.

Prefiro não ver a reação dela. E nem tentar entender tudo que estava ali, no seu olhar.

Carla

Estou em um estado de semi consciência, onde sinto meu corpo completamente relaxado e minha mente, enfim, tranquila.

O cheiro dele. Isso é o suficiente para me trazer calma.