Quando é para ser...

Capítulo 42

MARATONA CARTHUR DAY - 2º CAPITULO DO DIA!!

Arthur

Depois do jantar, estamos todos juntos na varanda dos fundos.

Eu estou próximo às portas de vidro, que separam a sala de jantar da área dos fundos, observando a Carla interagindo com todos e  pensando em tudo o que aconteceu e foi dito aqui hoje.

Pode parecer uma besteira sem tamanho, mas o simples fato de estar assim com ela, jantando com nossos amigos mais próximos, em um clima completamente descontraído, era tudo o que eu sempre sonhei.

E ver como a relação dela com o meu filho está se desenvolvendo, como eles tiveram uma conexão assim, tão rápida, só faz com que tudo o que sinto pela Carla se intensifique cada vez mais.

Escuto passos às minhas costas e logo a pessoa fala:

— Por que tá aí com essa cara de bobo, Cabeção? – a Ju chega me perturbando, enquanto estou observando a Carla sentada com o Lucca no colo e a Toya ao lado, conversando animados enquanto olham alguma coisa em um tablet nas mãos da Toya.

— Só tô aqui aproveitando, Ju. E rezando, para que se isso for um sonho, que eu não acorde nunca mais.

Ela sorri para mim e me abraça de lado.

— Eu disse para vocês lá no programa, que eu vi o primeiro beijo e ia ver o bebezinho. E pode escrever que ainda vou ver, amigo. Porque o Lucca foi um presente pra te fazer se achar, e pelo que eu tô vendo, para fazer a Carlinha se achar e também para fazer vocês dois se reconectarem. Mas ainda vou ver outro bebezinho de vocês. Pode confiar!

— Outro? Ju, o Lucca não é nosso, esqueceu?

Ela olha para a Carla,  que agora explica alguma coisa ao meu filho que está olhando para ela completamente encantado. O brilho nos olhos dos dois é visível até mesmo daqui. A Ju volta a me encarar, mas não consigo desviar os olhos deles dois.

— Tem certeza disso? Porque pelo que estou vendo agora e pelo que vi na hora que cheguei, quando vocês três estavam juntos, acho que você está enganado, meu amigo..

Olho pra ela sem acreditar no que acabou de dizer, balançando a cabeça.

— Pode achar que é mais uma de minhas loucuras, viu. Mas é exatamente isso. E vai acontecer sim, de vir outro bebezinho, dessa vez da barriguinha daquela baixinha ali. E ai de vocês se eu não for a madrinha do próximo. – ela beija minha bochecha e vai se afastando ainda falando – Ai de vocês se não for eu!

Não consigo responder nada, apenas sorrio. Mas começo a rezar para que essa louca esteja certa. 

Volto para a varanda e vou direto me sentar próximo aos meus amores. Relaxo aproveitando e decido me preocupar com o futuro depois.

Uma coisa de cada vez. Arthur! Sem atropelar nada dessa vez! 

Agora estamos sozinhos aqui na varanda, somente eu, o Lucca e a Carla.

Juliette e Pocah foram ver alguma gravação demo no mini estúdio que tem em um dos quartos, Ronan está resolvendo alguma coisa pelo celular, andando próximo à piscina e Toya está conversando com a avó próxima às portas de vidro.

Ainda está cedo, mas vejo o Lucca começar a bocejar e se aconchegar mais na Carla. O cochilo interrompido mais cedo está começando a cobrar o preço.

— Acho que está na hora de ir para casa. Parece que alguém vai dormir mais cedo do que eu imaginava. – falo baixo para a Carla, que está sentada ao meu lado, com o Lucca ainda em seu colo.