Capítulo 23

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Oii, amorecos!!

Mais um capítulo leve, fofo e divertido, ok??

Clima de família, bem gostoso!!

Espero que gostem!!

Bjokasss

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Carla

Só depois do Lucca falar que está com fome, é que eu me dou conta que já passou bastante do horário do almoço.

O jeito como ele falou, tão fofo! É impossível não rir das pérolas desse pequeno.

Quando o ele nos solta do abraço, está tão agitado, que acaba fazendo com que a manta escorregue um pouco, baixando sobre meus seios. Olho para o Arthur desesperada, pois, se continuar desse jeito, vou acabar de topless na frente do Lucca.

Voltando à fome do pequeno, o Arthur consegue distraí-lo, tirando ele do meu colo sem maiores incidentes, fazendo cosquinhas e já se levantando com ele, indo em direção à cozinha.

— Espela, papai! A Tia Cá vai tamém. Vem Tia, fazê o almoço com a gente. - escuto o Lucca dizer e fico aqui, boba, só vendo a conversa dos dois.

Estou simplesmente encantada em como o Arthur é um pai maravilhoso. É extremamente paciente e tranquilo para explicar as coisas ao filho. Cuidadoso e super carinhoso. Estou encantada observando os dois.

Vejo o Arthur fazer de tudo para tirar o Lucca da sala, para eu poder me vestir, mas o garotinho é bem filho dele mesmo. Difícil de convencer, viu.

Estou sorrindo quando vejo, enfim, o Lucca ceder:

— Isso mesmo, filho. Agora vamos fazer o almoço e daqui a pouco a Tia Cá encontra a gente, tá bom?

— Tá bom. Tia, a gente vai e espela voxê lá fazeno o almoço, viu?

— Tá certo, meu amor. Pode ir com o seu pai que já já a tia chega lá.

Solto um beijo para o meu bebê, que sorri e vejo quando o meu lindo me olha nos olhos e solta um beijo para mim, indo logo para a cozinha.

Fico um tempo ainda, apenas sorrindo como boba. Até que me adianto para vestir minhas roupas, antes que o furacão loirinho volte para saber por que estou demorando.


Após colocar o biquini e a saída de praia que estavam no sofá, tento localizar a minha bolsa e  lembro que tinha combinado com minha mãe para me encontrar no Vini para almoçarmos. Preciso resgatar meu celular.

Acho minha bolsa caída atrás do sofá. Procuro e celular e depois de achar, vou até a varanda, verificando as mensagens e ligações perdidas.

Vou direto para as notificações de ligações perdidas e vejo 15 só da minha mãe, fora as do Vini. Ligo de volta na mesma hora.

— Oi, mãe. Desculpe! O celular estava no vibracall e eu não vi as ligações.

— Tudo bem, Carla Carolina. Agora esta tudo bem. Depois de eu quase enlouquecer sem conseguir falar com você, consegui falar com o Vini e ele me contou.

Vinícius fofoqueiro! Aposto que deve ter contado uma novela mexicana pra minha mãe.

— E o que foi que esse Maria Fifi te contou, hein Dona Mara?

— Que você tinha ido embora da sessão de fotos mais cedo, com o Arthur e o meu neto. E que, se fosse considerar a cara do crossfiteiro, não era pra te esperar hoje.

Escuto a risada escandalosa do safado do Vini ao fundo.

Mas só consigo focar no fato dela sempre se referir ao Lucca como “meu neto”.

— Mas o Vini não tem vergonha, não?? Como assim não me esperar hoje??

— Ele disse que o Arthur estava com cara de quem queria te devorar, mesmo você não sendo a Chapeuzinho, mas tinha quase certeza que ele poderia ser o Lobo Mau.

— Mãe!!! – fico chocada com as loucuras que o Vini falou pra ela. Uma coisa é ele comentar essas coisas comigo, outra bem diferente é ele falar com a minha mãe.

— O quê?? Ele mentiu?

— Não quero falar sobre isso, Dona Mara. Liguei pra avisar que vamos almoçar agora e devo chegar para seleção das fotos só mais tarde.

— Carla, são mais de 14h. Por que estão indo almoçar só agora? Ainda mais com uma criança pequena que tem horários e rotina? O Lucca também ainda não almoçou? Ou só vocês?

— Mãe, por favor! Mais tarde conversamos, ok? Só passa o recado para o Vini? Pode ser?

Escuto ela respirar fundo e falar algo abafado. Provavelmente tampou o microfone do celular, enquanto falava algo com o Vini. Mesmo assim, foi muito fácil ouvir as risadas de ambos, antes que ela volte a falar comigo.

— Tudo bem, Carla. Já avisei ao Vini. Ele pediu apenas para que você avise a ele quando estiver vindo. E é bom você ir se preparando, porque tanto ele como eu queremos saber direitinho sobre essa sua visita, viu.

Meu Deus!! Porque eu tenho um amigo e uma mãe tão curiosos e fofofqueiros...

— Ok, mãe. Já entendi. Agora deixa eu ir que eles estão me esperando. Beijos.

Desligo o telefone sem dar chance a ela de falar mais nada e vou em direção à cozinha, onde posso ouvir claramente a voz dos meus meninos.


Paro na porta da cozinha, observando a cena à minha frente. É simplesmente encantadora!

O Lucca está sentado em um cadeirão de alimentação, devidamente preso, mas com um avental exatamente igual ao do pai, falando com ele muito concentrado.

O Arthur está de avental e sem camisa, virado para o balcão ao lado da pia, mas não consigo ver o que ele está fazendo.

Fico o olhando e imaginando mil e uma possibilidades com ele naquele avental. Até que a risada do Lucca me tira dos meus sonhos.

Deus! Eu estava sonhando acordada com ele, tendo uma fantasia sensual com ele!

Carla Diaz, a equilibrada e competente atriz brasileira... imaginando o que poderiam ser cenas de um filme proibido para menores. Definitivamente, ele ainda me afeta muito mais do que eu imaginava. Eu esqueci até mesmo da criança aqui ao lado!

Afasto todo e qualquer pensamento impróprio - pelo menos por enquanto – e vou em direção ao meu garotinho sorridente, que já está me olhando e me chamando com os bracinhos estendidos.

— Tia Cá! Vem, tia! Vem ajudá eu e o papai a fazê a comidinha.

— Oi, meu amor! Você não ajuda o papai? - falo já o soltando do cadeirão e indo com ele em meu colo até onde o Arthur estava.

— Eu é cliança, tia! Num pode ficá andano na cozinha que pode machucá, né papai?

— Tá certo, amor. Mas você tem que dizer: “eu sou criança”, ok? Não é certo dizer “eu é”. Entendeu?

— Tendeu, papai! Viu, tia. Cliança num pode pegá faca e nem no fogo, que faz dodói. Eu só falo plo papai, puquê ele num lembra nada.

Paro ao lado do Arthur, que me olha rindo de canto e pisca pra mim. E eu continuo aqui encantada em como ele explica as coisas para o Lucca, o ensinando tudo de uma forma tão leve. Até a forma de corrigir o pequeno foi muito natural. Não me canso de repetir como ele realmente é um pai incrível.

—Ele não lembra de nada, bebê? – respondo ainda olhando o Arthur.

— Naum. Eu diz tudo pla ele. Papai, agola tem que colocar o camarrão na água. Cuidado pla num fazé tchibum e a água quente pulá e fazê dodói. Tem que ficá longe, tia.

— Tá certo, amor. – respondo me afastando um pouco para trás, mas ainda tendo visão do que o Arthur está fazendo.

Vejo ele cortar um saquinho e despejar o conteúdo na água fervendo.

— Camarão?

— Não. É macarrão. Sempre deixo algumas porções congeladas já cozidas. É mais fácil só descongelar estando assim. Quando estamos atrasados, como hoje, é a opção mais rápida. Ainda não desenvolvi habilidade para cozinhar camarão, Cá.

— Achei que o Lucca tinha dito camarão.

— Naum, tia. É camarrão. Eu falei.

Arthur me olha sem falar nada, mas vejo que está segurando o riso e espera minha reação.

— Entendi, amor. É macarrão, mesmo. A tia que tinha ouvido errado.

— Tá bom! Papai, tem que jogá fola a água quente e dexá só o camarrão na peneila. E pega o molo que ficou no miclonondas, viu.

Fico quieta, só acompanhando a interação dos dois, que é tão linda.

Arthur faz exatamente como o Lucca falou e, depois de escorrer o macarrão, pega um pote com o que parece ser molho de tomate, no microondas.

Coloca tudo em uma travessa e, depois de colocar um pouco de parmesão ralado por cima, vira para a gente com um chefe presentando o prato:

— Tcharam!!!

O Lucca bate palmas em meu colo, enquanto eu apenas sorrio.

— Ebaaaaa!!!- ele grita empolgado.

Não posso controlar e aperto o meu bebê, dando um beijo apertado em sua bochecha, enquanto sinto os seus bracinhos em meu pescoço, me abraçando de volta.

Vejo que o Arthur colocou a travessa na mesa e está nos olhando. O Lucca também percebe e solta:

— Vem, papai! Ablaçar a gente, tamém.

Ele vem devagar em nossa direção e meu coração bate cada vez mais rápido.

Quando ele nos abraça juntos, com o Lucca entre a gente, me olha nos olhos e eu perco o fôlego.

Ele pega o filho do meu colo, beijando sua testa e, com o outro braço me aperta contra ele. Abraço ele pela cintura e seguro a mão do Lucca. Quando levanto o rosto para encarar o Arthur, ele me surpreende com um beijo leve em meus lábios.

Quando ele se afasta, dá uma piscadinha pra mim e olhamos ao mesmo tempo para o Lucca, que olha primeiro o pai e depois para mim, com o sorriso torto que amo.

O Arthur volta a nos apertar juntos e o escuto dizer baixinho:

— Meus amores!!!


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