Capítulo 33

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Carla

Me orgulho muito do meu melhor amigo. Ele é meio doidinho, muito intenso e, ás vezes, insanamemte dramático. Mas é extremamente dedicado ao seu sonho e sua profissão. E leal como poucos.

A gente sempre teve uma conexão que resulta em muita intimidade e ele sempre consegue me ler muito bem.

Só que o safado também é um dos maiores fofoqueiros que conheço. E eu já sabia, desde a hora que fui convencida a sair da praia com o Arthur e o Lucca, que na primeira oportunidade que ele tivesse, iria querer saber de tudo.

— Mas e o Papi gostosão?? Me conta tudooo.

— Você não precisa saber tudo, Vini. Mas o que posso dizer é que além do sofá, digamos que eu tive mais uma experiência muitíssimo prazerosa na cozinha, antes de um flagra gigantesco.

— O QUÊ??? ME EXPLICA ISSO CARLA CAROLINA!!

— Aposto que passou a tarde toda se corroendo por dentro de tanta curiosidade, né Sr Vinicius?

— Você nem tente me enrolar, loirinha! Pode abrir a boca e me contar direitinho que experiencia prazerosa foi essa. E não me venha com referências gastronômicas ou culinárias que não cola, viu.

Acabo me engasgando com a Coca-Cola que estava bebendo, cuspindo um pouco por conta da risada que tentei segurar.

— Por Deus, Vini!

— Nada disso, mocinha! Com todo o respeito, com um gostoso como aquele, só me interessa os detalhes picantes.

— Não vou contar nenhum detalhe, mas vou te dar o panorama geral do que aconteceu e essa sua mente criativa até demais pode ficar à vontade para imaginar os fatos, ok?

— Se essa for a única forma de ter algum tipo de informação daquele gostos... Quer dizer, da sua tarde interessantíssima, eu aceito, né. Que jeito!

— Fofoqueirooo! - falo rindo.

— Sou mesmo e assumo. Agora para de enrolar e conta logo, Carla Carolina!

— Ok. Depois do almoço, o Arthur saiu para limpar o Lucca, que estava completamente lambuzado de molho do macarrão. Fiquei sozinha arrumando a mesa e comecei a lavar os pratos, completamente perdida em pensamentos, sobre uma conversa que tinha tido antes com o Lucca e as coisas que o Arthur vinha soltando ao longo do dia. Nem prestei atenção em nada perto de mim, amigo. Só senti quando ele já estava colado em minhas costas, beijando meu pescoço, e me abraçando.

— E a criança, gente?? Vocês não pensam no coitado do mini Conduru? Esse menino vai acabar traumatizado.

— Amigo, é sobre isso!! Digamos que o Arthur fez questão de me lembrar que as habilidades manuais dele estão ainda mais espetaculares do que eu lembrava. - Sorrio quando vejo o Vini arregalar os olhos e ficar de boca aberta – Eu estava de costas, encostada "nele", se é que você me entende. E depois dele me deixar fora do ar, quando pensei em retribuir, antes de qualquer movimento da gente, ouvimos a voz do Lucca às nossas costas, perguntando porque o Arthur estava me abraçando apertado daquele jeito.

— Jesus!!! Eu sabia!!! Coitado do menino!!! Nunca mais será o mesmo depois da cena, Senhor!!

— Deixa de drama, ohhh Maria Fifi! Que no final, o Arthur conseguiu contornar a situação e o Lucca não percebeu nada.

— Glória ao Pai!! Eu jamais iria perdoar vocês por traumatizarem o Conduruzinho, tadinho. Credo...

E justamente quando o Vini iria continuar, meu telefone toca com uma chamada de vídeo do Arthur. Eu acabei me perdendo no tempo aqui com o Vini, e esqueci que ele iria me ligar quando o meu bebê acordasse. Mas ele só acordou agora? Já está tarde, para o Lucca ter dormido até agora.

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