Carla
Esses dias em São Paulo foram excelentes!
As reuniões com a diretoria criativa da Netflix para definir o direcionamento dos próximos projetos que irei participar, me deixaram muito satisfeita e realmente ansiosa para começar logo a trabalhar. Pelo próximo mês, ficaremos restritos às reuniões virtuais, definição de locações, roteiros, equipe e todos esses detalhes.
Avisei apenas a alguns amigos próximos que estava na cidade, mas deixei bem claro que a informação não podia vazar de jeito nenhum para a mídia. Afinal, a informação da minha volta já seria a prévia de uma publi para os novos projetos.
E ainda não estava pronta para ter que lidar com toda a indiscrição da mídia brasileira novamente...
Se nas poucas vezem em que vim ao Brasil de férias nos últimos anos, sempre aparecia alguma notícia fake, imagina quando souberem do meu retorno definitivo?
Mesmo com as reuniões a todo vapor, eu só queria que tudo acabasse logo... Estava ansiosa para voltar ao Rio e tentei me convencer que era saudade de casa, já que antes de mudar para o México eu estava ficando mais em São Paulo.
Mas a verdade que eu não podia admitir nem para mim mesma, é que eu queria voltar e dar um jeito de ver "ele" e o Lucca.
Acho que desde o meu retorno, não consigo passar nem mesmo um dia no Rio de Janeiro sem que o Arthur se faça presente de algum modo.
E agora, principalmente por causa do Lucca.
Nos últimos três dias, além de ser impossível não pensar "nele", ainda me pego pensando na miniatura. E não consigo não sorrir ao lembrar do mini Arthur...O engraçado é que quero adiar o quanto eu puder o reencontro com ele, mas preciso ver o Lucca o quanto antes. Acabo sorrindo sozinha por conta dos pensamentos loucos.
Aviso à minha mãe que já estou embarcando e logo estaria em casa.
Durante o voo, minha cabeça não para de tentar achar possibilidades diferentes de evitar o pai, mas estar perto do filho. Porque eu não tenho como negar que esteja completamente encantada por aquele garotinho.
Já estava decidida a ligar para a Pocah, perguntando quando o Lucca ficaria na casa dela novamente, para que eu fosse passar o dia com ele, quando lembrei dela falando que a mãe e a irmã estavam vindo de Conduru.
Dona Bia e Thais... Elas sempre demonstraram um carinho tão grande por mim, independentemente de qualquer coisa. Será que me deixariam ver o Lucca sem que o Arthur soubesse?
Meus pensamentos insistem em querer revisitar uma razão para eu estar querendo evitar o Arthur, mas como sempre fujo de racionalizar qualquer coisa sobre ele e prefiro continuar assim.
Evito pensar... Não quero sentir... Não agora.
Então, por que não consigo parar de imaginar como seria ver os dois juntos?
Percebo que enfim aterrissamos e guardo todos esses pensamentos para depois.
Como a minha mãe já tinha me avisado que não poderia vir me buscar, por conta de um compromisso importante de última hora, então pego um táxi mesmo para ir logo embora, ante que alguém me reconheça.
Chego em casa e escuto o Chaplin latindo, mas também ouço voz de criança. Criança?
Deve ser em algum vizinho ou eu realmente estou viajando.
Não tenho como explicar o meu choque ao abrir a porta e ver o meu mini Arthur correndo todo feliz para mim.
"Meu mini Arthur?"
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Quando é para ser...
FanficQuando é pra ser, nada e nem ninguém conseguirá impedir! Em algum momento da vida, a pessoa certa entra na sua vida de forma única e, independente dos obstáculos e desafios, acabam estando sempre por perto. Conectados de uma forma que é impossível e...