Mara
Passamos uma manhã muito divertida e tranquila, assistindo desenhos e contando historinhas dos livros que eu tinha comprado.
O Lucca é realmente um príncipe. Fica muito fácil cuidar dele e é quase impossível não se apaixonar.
O Arthur que quase me enlouquece, ligando sempre que tinha um mínimo intervalo. Mas, também foi uma surpresa maravilhosa ver o quanto ele é devotado ao filho.
Depois do almoço, estamos sentados no chão da sala com papeis e lápis coloridos por todo lado, quando a Carla me manda mensagem dizendo que está embarcando.
Algumas horas depois, escuto a chave na porta e o Chaplin começa a latir. O Lucca reclama com ele:
— Chapin, xiu! Num pode balulho, xiu!
Dou risada, mas volto a prestar atenção no que está para acontecer a partir de agora.
Quando o Lucca vê a Carla, ele simplesmente abre o maior sorriso que eu já vi em seu rostinho e corre pra ela:
— Titia!!
Mesmo em choque por ver o pequeno aqui, vejo seus olhos brilharem, enquanto ela abaixa para pega-lo:
— Meu amor!! Que saudade que eu tava de você, bebê!!
Ela enche ele de beijos e cheiros e ele se derrete gargalhando e abraçando ela.
Aí está! A verdadeira conexão!
Não tenho mais nenhuma dúvida depois dessa cena.
Eles se pertencem!!
— Mãe?? Como?? O que ele está fazendo aqui?? Cadê o Arthur??
Ela vem até onde estou e explico tudo o que aconteceu ontem, e que levou ao fato do Lucca estar aqui. Vejo a preocupação turvar seus olhos, quando ela entende que o pai virá buscar o filho aqui, e que vai ser difícil ela escapar de encontra-lo dessa vez.
Depois disso, a Carla muda completamente de postura e vejo ela focar exclusivamente no garotinho em seu colo.
Os dois passam a tarde toda brincando e ver as gargalhadas e sorrisos deles, a felicidade da minha filha, esse brilho que eu não vejo há tanto tempo, é tudo o que eu queria.
Tenho certeza que fiz o certo!
Perto das 17h, recebo uma mensagem do Arthur, avisando que no máximo em duas horas estaria aqui para pegar o filho.
Faz apenas alguns minutos que o Lucca dormiu e a Carla foi deitar com ele em seu quarto e acabou pegando no sono também.
Rezo para que permaneçam assim até o Arthur chegar.
Exatamente uma hora depois, o Arthur toca a campainha. Eu já tinha deixado o Chaplin preso no meu quarto, para evitar que os latidos acordassem alguém.
Assim que ele entra, pergunta pelo filho e digo que ele está dormindo no quarto.
Sigo com ele para o quarto da Carla, e lógico que ele fica um pouco desconfiado. Afinal, de manhã o Lucca ficou dormindo no meu quarto, que fica do outo lado do corredor.
— Achei melhor colocar ele aqui, filho. Já que fica mais próximo da sala, fica melhor para escutar se ele chorar...
Quando abro a porta, primeiro ele respira fundo, mesmo antes de entrar. E assim que entra e olha para a cama, fica paralisado.
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Quando é para ser...
FanfictionQuando é pra ser, nada e nem ninguém conseguirá impedir! Em algum momento da vida, a pessoa certa entra na sua vida de forma única e, independente dos obstáculos e desafios, acabam estando sempre por perto. Conectados de uma forma que é impossível e...