CAPÍTULO 05- seja você mesma!

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ISABELI SOARES

Bruninho1 seguiu você.

Mordi meu lábio, vendo aquela notificação, assim que acordei.

Era tão estranho, porque nem seguir ele, eu seguia.

E achei mais estranho ainda, o quanto de seguidores aumentou, após a postagem do neymar.

Seus amigos, me seguiram de volta, e alguns até me mandaram direct...

Guardei meu celular na bolsa, me livrando daqueles desvaneios.

Logo após meu café, super rápido. Saí as pressas de casa, pois começaria, um estágio em orfanato aqui no Rio.

Havia me candidatado, pra vaga de nutrição... e fui aceita! Seria uma experiência única, junto das crianças.

....

- bom dia!
A diretora do orfanato, falou pra mim

- bom dia.
Respondi.

Ela me mostrou as instalações, e me explicou as regras, e como tudo funcionava por ali.

Segundo ela, hoje estava sendo um dia anormal, pois estavam recebendo, uma visita ilustre.

Peguei uma bebê, que tinha 1 ano e seis meses no colo, depois dela pedir com as mãozinhas pra agarrar ela.

- ela foi deixada aqui, com apenas 5 dias de vida.
Ela me contava.

- não consigo imaginar, como alguém tem coragem , de fazer isso.
Respondo, com o coração apertado.

A pequena mexia na minha coretinha.

- estou nesse cargo a 10 anos, e digo, até hoje não compreendi.
Ela falou.

- e qual é nome dessa princesa?
Perguntei, beijando sua bochecha gorda.

- Bruna! Linda não é..
Ela falou.

- muito.
Respondi.

- tem filhos ou pretende ter?
Perguntou.

- não tenho, mas nunca parei pra pensar em ter. Minha vida, é tão caótica, que não sei, se uma criança seria algo bom.
Falei, pensativa.

- pensava assim também, até engravidar. E te digo, foi a melhor coisa, que aconteceu comigo.
Ela falou.

- imagino!
Respondi

Ela me levou até o pátio central, continuava com a pequena Bruna, em meus braços, que não queria desgrudar de mim.

Tinha uma movimentação, um pouco estranha.

As crianças estavam louças, e os maiores também, naquele tumulto.

- tio Lucarelli, assina minha barriga?
Um menino perguntou.

E vi aquele homem moreno, parecendo uma girafa no meio , das formigas.

Ele olhou pra mim surpreso, e deu um sorriso de canto. Estava com o uniforme da seleção.

Me aproximei, e avistei mais colegas dele, até meu olhar parar, em uma certa pessoa, Bruno rezende!

Ele me olhou assutado, sem entender o que fazia ali... e eu a ele!

Até que ele sorriu pra mim, e me abandonou, sentando em uma cadeira, autografando algumas camisetas e bolas de vôlei.

- tia, você viu. A seleção tia!
Os meninos falavam, em volta de mim.

- eu vi , maneiro né! Vão lá e peçam um autógrafo!
Falei animada pra eles.

Inquietos!- Bruno Rezende! Onde histórias criam vida. Descubra agora