CAPÍTULO 09- o herói da noite!

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ISABELI SOARES

nos olhávamos sem fôlego, um pro outro.

Tentava raciocinar, o que estava acontecendo ali, esse beijo, esses sentimentos loucos.

Bruno, encostou nossas testas, e me deu selinho demorado.

- você é doce, e tão linda.
Ele sussurrou.

Olhei pra ele, ainda confusa.

- eu preciso ir..
Falei, me levantando.

- Isa, por favor, fica. Eu sei, foi imprudente o beijo.. mas ,fica por favor.
Ele me pediu.

- não, Bruno, eu preciso ir.
Falei, saindo do se quarto.

Fui até o meu quarto, e peguei minha mochila.

Passei pela sala, sem olhar pra escada... sentia meus nervos a flor da pele.

Caminhando até o ponto de ônibus, comecei a lembrar do beijo novamente, e que beijo, meu Deus!

Ele era perfeito em tudo, até nisso..

Fitava a hora no meu celular, 23:00 horas.

- gatinha tá sozinha?
Um bêbado falou, se aproximando.

O ignorei, mexendo em meu celular.

- estou falando com você!
Ele falou, me puxando pelo braço.

- me solta, se não eu grito.
Falei, tentando me livrar dele. E sentindo o bafo de cachaça.

- você não vai gritar.
Ele colocou, a mão na minha boca, me empurrando contra a parede da parada.

Meus gritos eram abafados, pela sua mão em minha boca.

Sentia as lágrimas caírem, enquanto ele ,tentava invadir minha intimidade.

Tentava de todas as maneiras, me livar daquele homem, de cima de mim.

Até, que alguém, o pegou e atirou no chão, e partiu pra cima, lhe dando alguns socos.

Era o Bruno, o meu salvador da noite...

Percebi, que sua raiva era tanta, que acabaria matando o cara.

Me agachei, chamando ele, e implorando que ele para-se.

Bruno, me olhou desconcertado, e me abraçou, e minhas lágrimas ,caiam ainda mais.

- ele te machucou?
Falou, colocando uma mecha atrás da minha orelha.

- tô sim, só me tira daqui, por favor.
Sussurrei, contra o seu peito.

- vem vamos!
Ele.falou, me levando até o seu carro.

Fomos o caminho todo em silêncio, ei chorava baixinho, pra não atrair a pena dele.

Só que não podia conter as péssimas lembranças, que vieram atona.. de um passado, que tentava superar.

FLASHBACK ON**

- para de drama, garota!
Erick falava, me empurrando pra dentro do quarto.

Namoramos a 2 anos, e ele tinha mudado muito, no último ano... fixou agressivo, e começou a beber.

- não vai me obrigar a isso.. acabei de perder a minha mãe.
Falava ,com a voz embargada.

- foda se isso!
Falou, cheirando álcool.

Ele era mais forte, e maior que eu, me empurrou em cima da cama... e bom, ele me violentou contra a minha própria vontade.

E ainda nesse ato, de puro nojo, né grudou uma bofetada.

Inquietos!- Bruno Rezende! Onde histórias criam vida. Descubra agora