CAPÍTULO 52- gatilhos!

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ISABELI SOARES

Bruno, se apoiou em mim. E fitei ele, e depois ela.

- acho que tá na hora ,de ir pra casa,né.
Falei, fitando ele.

- ah tá cedo, Bruno resiste.
Ela falou, e franzi o cenho.

- é amor, vamos ficar.
Ele falou, manhoso.

- Bruno, já passou da conta. E não esqueça, que tô grávida...
Falei, e ele fez bico.

- então faz assim, deixa que eu cuido dele.
Érica falou.

- ninguém pediu sua opinião.
Falei, com a sombracelha arqueada.

- ei, não precisa ser grossa. Ela só quer ajudar.
Bruno falou, caindo no sofá.

- desculpa, se interpretou mal.
Ela falou.

- o que tá acontecendo aqui... Érica?
Douglas falou, com o cenho franzido.

- glinhas, quanto tempo.
Ela foi até ele, e o abraçou.

Douglas revirou os olhos, fazendo cara de nojo... então, não era única, que não ia com a cara dela.

- tempo mesmo. A festa fica lá fora. Deve estar atrapalhando eles.
Douglas falou, forçando um sorriso.

- só tava ,tentando ajudar. Mas, a isabeli interpretou mal.
Ela falou, dando de ombros.

- vou fingir, que não ouvi...
Sussurrei, e Bruno me fitou indignado.

- se ela interpretou ou não, o noivo é responsabilidade dela, não sua querida.
Douglas falou, com a mão na cintura

- que isso Douglas, o que deu em vocês hoje?
Ela perguntou.

- ah vai a merda né. Banque a sonsa comigo, onde você tá aprendendo eu dou aula.
Ele falou.

- Douglas, que sem noção.
Bruno falou.

- agora é sério, quero ficar sozinha com ele. E não preciso de ajuda.
Falei, seria.

- ok desculpe, eu hein gente sem noção.
Ela falou, enquanto saia.

Douglas franziu o cenho. E se aproximou do Bruno.

- e você, cria vergonha na cara. Defendendo ainda, a lambisgoia.
Douglas falou, batendo nele.

- vocês só me xingam.
Ele falou,esfregando seu braço.

- porque será?
Fiz uma pergunta retórica.

- vou chamar o ney.
Ele falou, saindo.

Fitei o Bruno, e sentei na poltrona a sua frente. E ele se levantou.

- vai a onde?
Perguntei.

- voltar!
Ele falou, um pouco tonto.

- vai nada. Já encheu a cara. Por favor, me ouve.
Falei, segurando seu braço.

- eu quero curtir. Essa sempre foi a minha vida, isabeli. Com ou sem você. Eu vou curtir.
Ele falou, e fitei ele.

- então, vai ser sem mim. Cansei!
Falei, e ele não deu bola, e saiu até o jardim.


Sentei na poltrona novamente, com a mão na minha barriga. E senti meus olhos marejados. Ele nunca, tinha falado ou agido assim comigo.

- o que aconteceu?
Ney perguntou, se agachando na minha frente

- seu amigo, já passou do limites. E foi grosso comigo.
Falei, respirando fundo.

- eu vi que ele voltou. Mas relaxa, já tá no fim. Vou mandar todo mundo pra casa, e acabar com a festinha dele.
Ney falou, depositando um beijo na minha testa.

Ele saiu, e fiquei ali sozinha, com meus pensamentos. E segurando o choro, a todo custo. Eu devia ser muito trouxa mesmo.

Alguns minutos depois, ouvi de longe , neymar avisando no microfone, que tinha terminado. E que todos, tinham que ir. Ouvi o tumulto, das pessoas saindo. E fiquei fitando, a tela do meu celular.

O meu papel de parede, era eu e ele, comendo pizza. Tão clichê!

- aqui tá, o bebum!
Medina falou, carregando Bruno, junto do Lucarelli.

- levem ele, pro quarto de hospede. Não vou deixar , a sua sair nessa situação, com esse ridículo.
Neymar falou, e assenti.

- me respeita neymar.
Bruno falou, com a língua arrastando.

Ele revirou os olhos, e subi as escadas atrás dos meninos.

- qualquer coisa, estamos ao lado.
Luca falou, deixando Bruno na cama.

Fechei a porta, fitando meu noivo, tirar seus sapatos. E abri o zíper da sua bermuda. Ele sorriu de canto, e se aproximou. Segurou meu rosto.

- tá uma gostosa, mas, tá chata!
Ele falou, fazendo bico.

- vai a merda, Bruno!
Falei, respirando fundo.

- Isa, olha a boca suja.
Ele falou, depositando um beijo, no canto da minha boca.

- o que aconteceu, entre você e aquela mulher?
Perguntei.

- nada. Esquece isso.
Ele falou, revirando os olhos.

- não acredito em você.
Falei.

- normal né Isa, sempre acha que vou fazer alguma merda.
Ele falou, me fitando.

- não tenta se justificar.
Falei, fitando ele.

- eu quero você... preciso de você, agora.
Ele sussurrou, depositando beijos, pelo meu pescoço.

- agora não, por favor.
Falei, me afastando dele.

- porra isabeli!
Ele gritou, me deixando assustada.

Me trazendo gatilhos, e alguns FLASHBACK, daquele passado cruel.... pois foi assim, que tudo começou. E Bruno, sabe disso.
Sentia as lágrimas, vindo forte. E me virei de costas, evitando olha-ló.


- você tá bêbado, toma um banho. Amanhã a gente conversa.
Falei.

- tá bom!
Ele.falou, e ouvi a porta do banheiro fechar.

Deitei na cama,ficando de costas pra ele. E depois de algum, senti a cama afundar, e ele ficou longe de mim. As luzes se apagaram.

Senti, minhas lágrimas caírem, e coloquei a mão na boca. E a outra sobre a minha barriga. Malu, parece que sabia, o que tava acontecendo. E estava mais inquieta, que o normal.

Esperei o Bruno, pegar no sono. E sai do quarto, indo pro outro quarto de hospede vago... mas, não tinha nenhum.

- precisa de algo?
Ney perguntou, me assustando.

- de um quarto.
Falei, forçando um sorriso.

- fica no meu.
Ele falou, se aproximando.

- você vai dormir a onde?
Perguntei.

- relaxa, não se preocupa. Precisa descansar, vocês duas. Sabe, que não pode se estressar né.
Ele falou, e assenti.

Ney me abraçou, e senti as lágrimas caírem.

- porque ele tá assim?
Sussurrei, entre o choro.

- é só um dia ruim, amanhã vocês se resolvem.
Ele falou, secando minhas lágrimas.

- obrigada Ney.
Falei, e me deu uma piscadela.

Entrei no seu quarto, dando de cara, com várias fotos do Batman, e ri baixinho. Era incrível, como ele era fissurado nele.

Me deitei na sua cama, e algo na mesa de cabeceira me chamou atenção. Era uma foto, com ele ,Medina e eu, em Nova York. E uma frase em baixo: " o verdadeiro significado, de amizade ". Aquilo aqueceu meu coração.

Me ajeitei, na cama dele, puxando o edredon.... e tentei relaxar... mas era algo difícil.

( CONTINUA...)

Inquietos!- Bruno Rezende! Onde histórias criam vida. Descubra agora