ESCOBAR 📿
Abri os olhos vendo que nem estava em casa, logo me lembrei de ontem, fiquei chapado e acabei brotando na base de uma loira, sabia nem quem era.
Levantei devagar pra não acordar ela que tava num sono bom deitada ali, me vesti e quando ia saindo escutei a voz dela.
- já vai? Tem nem uma despedida. — ouvi sua voz rouca e me virei.
Escobar: tá tardão gata, tenho que ir. Mas aí pra tu —abri a carteira e dei 2 notas de 200 só pra não passar em branco. Ela não era puta.
- quando que a gente se esbarra, Escobar?
Escobar: logo mais.. —parei pra pensar no nome dela, não lembrava mesmo. Só sabia que tinha alguma parada com E, agora se era Eloísa, Elisa, Emily, Evelyn, sei la.
- pega meu numero. —ela levantou peladona e veio até a mim. Peguei meu celular e entreguei pra ela.
- é Ester viu? — sabia que tinha E na parada.
Escobar: tô ligado.
Ester: eu sei que você não lembrava, tava bêbado demais ontem.
Falei mais nada não e sai da casa dela. Parti logo pra minha, tomei uma ducha, me troquei e já fui pra rua, almoçar.
Depois que almocei parti pra boca, Th tava acionando um pessoal e eu fui um deles. Ainda era cedo, 14h.
Pra quem saiu do baile as 10h, ta cedo.
Th: faltava só tu, todo mundo esperando a mocinha aí.
Escobar: fazer o que né, a mocinha tinha que almoçar. —sentei no sofazinho que tinha aqui.
R3: tava almoçando a loira né pô.
Escobar: a reunião é pra falar quem eu tava comendo? Cuidado pra tua mãe não virar pauta. — gastei vendo a cara dele ficar vermelha.
R3: coe filho da puta, metendo dessa mesmo? Apelando aí. Sabe que não tenho mãe. —disse rindo— mais aí, se o papo for com a minha madrastra tu também tá fodido.
Escobar: fala muito menor, coe.
Th: papo gostosinho de vocês. — interrompeu — aí, hoje vamo brotar no cpx do alemão. Geral que tá aqui vai comigo, uma hora da manhã a gente cai na pista pra ir.
Tatu: rolê ou missão?
Th: Ta de bobeira tu, acha que vou tá levando macho pra dar rolê comigo? —dei risada— vamo pra uma reunião com Ogro.
Era chatão esse bagulho de tem que ir pra outra favela no meio de um baile só pra reunião. Eu gostava mesmo de ir pra beber, curtir o baile.
Marquei um tempo aqui com os caras, só passando o que seria falado lá e como a gente ia, na maior parte do tempo era gastação mermo.
Brotei na pensão da minha mãe, bagulho aqui tava ficando maneiro, mandei reformar tudo. Só faltava a cozinha mesmo. Mas quem disse que a dona Silvana quer fechar pra poder reformar lá? Ela ama essa pensão como ninguém.
Escobar: fala tu coroa, tem tempo pra mim aí?
Silvana: aparece quando quer né, mal lembra que tem mãe. —saiu da cozinha com pano de prato no ombro, tava se sentindo em casa.
Escobar: oh os dramas —abracei ela— tá tudo bem com a senhora?
Silvana: tá tudo bem, e você hein? Marina veio aqui mais cedo, perguntando de você toda nervosa.
Escobar: tu sabe que aquela lá é assim mesmo, tem que da corda não. E o Sérgio?
Silvana: seu pai Vinicius, seu pai. — resmungou — Ele está bem, tava com uma dor ontem, mas já foi no postinho.
Escobar: Vou deixar uma meta contigo, se precisar pros remédios dele, qualquer coisa me chama. Mando alguém levar vocês na pista.
Silvana: ele que pediu pra não avisar, disse que não era nada grave não.
Escobar: se ele desceu pro postinho negócio bobo não foi, fico puto quando vocês me escondem as coisas, papo reto! Quando for assim me avisa. —ela assentiu cortando o assunto— Tem como mandar uma quentinha aí não?
Silvana: quer o que hein?
Escobar: tem costela hoje?
Silvana: tem.
Escobar: manda então.
Comida da minha mãe é gostosa pra caralho, nada melhor. Ainda mais a costela com mandioquinha dela.
Deixei o dinheiro com ela, peguei a quentinha e fui pra casa, descansar que mais tarde é bailinho, ir contra minha vontade, porque já tava imaginando que não ia dar coisa boa.
[....]
Reunião m foi rápida até, durou uma hora. Agora tava geral de marola aproveitando o baile.
Não vou com a cara do Ogro não, mas respeito máximo, até porque ele nunca me deu motivo pra odiar ele, só que ele é folgado demais e pra cima de mim isso não rola não.
R3: tira essa marra aí pô, várias mina nova, tamo sendo o centro das atrações... cai dentro. Se liga na pretinha ali, tua cara parceiro.
Virei na onde ele tava olhando e deu até vontade de rir, na moral. A folgava de ontem, nunca tinha visto a mina, agora parece que é tá em todo canto parceiro. Até no alemão.
Ela me olhou e deu maior sorriso debochado, tô falando pô, maluca.
Marquei ali de cantinho bebendo, no dia não tinha reparado não, mas agora olhando ela bem, garota era bonitona, tinha uma beleza diferente das que estavam aqui.
Olho puxadinho, morena, cabelão, um corpo bem estruturado. Se não fosse tão folgada eu já levava pra base.
Vira e mexe ela me olhava enquanto dançava, impossível não imaginar putaria enquanto ela rebolava.
Papo reto, a bebida tava subindo pra mente rapidinho. Como não conhecia o pessoal daqui eu só tava na postura mesmo.
Ajeitei a pistola na coldre e sai de perto, precisava mesmo é tomar um ar por causa do calor. Ia usar o banheiro, mas maior fila, mais fácil descer e mijar num beco, só sacar pra fora.
Passei na muvuca rapidão e fui andando, entrei em uma viela mais afastada e mijei ali. Sai e encostei em um carro pra acender um.
Bia: perdido? —olhei e vi ela vindo toda mole, tava bêbada.

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Intocável
FanfictionEu tenho amor com liberdade Quando eu vou poder dizer "quero de novo?" Quando eu vou poder dizer "'to com saudade" É que você sabe, né? Não quero incomodar Nem me precipitar, mas ser objetivo Te chamar de minha dama, aquela pegada na cama E que daqu...