49

18.1K 1.1K 78
                                    

ESCOBAR 📿

R3: tu acha que vai da certo isso? Você chegou, botando maior marra no cara e acha que ele voltar atrás assim?

Escobar: se ele não voltar, que se foda Ricardo. Eu não fui lá pra convencer ele a mudar de ideia, fui lá pra mostrar como ele está agindo feito um moleque e não tá sabendo separar os bagulhos, pra ele ver que tá lidando com um homem.

R3: mas a gente perde 100.000,00 do aluguel e as armas ainda. Você tem certeza do que tá fazendo? Vai só se complicar com a família da tua mina e pior, criar rivalidade por nada.

Escobar: a gente não perde nada. Vários gringos querendo alugar aquele território, se ele sair, só vou lucrar mais, alugo aquela porra em dólar. E contato com gente que vende armas boas, eu arrumo. —ia me dar mais trabalhos, mas não era impossível— o mal de vocês é que vocês tem medo de arriscar, de bater de frente e acatam tudo o que os outros mandam. Se eu fazer o mesmo, essa gestão vai ficar na mão de qualquer um, menos na nossa.

R3: eu confio em tu parceiro, tu sabe bem o que faz, tá deixando o morro como, foda. Mas tu tem que se ligar, as vezes paga de muita marra pô.

Escobar: não pago de marra, eu só tenho postura e uma honra que não vou deixar ser fodida por qualquer pela saco.

R3: então é isso. Dois dias né? —confirmei e acendi meu cigarro.

Escobar: Árabe que vai vim atrás, pode ter certeza. E não vai nem precisar dar 48h. —disse convicto— eles sabem o que perdem se deixarem de mão.

R3: se der merda, eu vou te dar um murro parceiro. No papo! —dei risada.

Escobar: confia. —ele balançou a cabeça negando— aí, fé pra tu, vou ali resolver um bagulho com a Marina.

R3: tranquilo, papai do ano. —xinguei ele baixo e sai dali.

Eu não tinha nem falado nada com a Marina e por isso não comentei com ninguém, só com esse fodido aqui. Mas ela não, fez questão de postar em tweeter o bagulho, só que não botou nada falando meu nome lá, só que nego não é bobo, já começaram a falar meu nome.

Eu tenho é ódio dessas páginas de fofoca, papo reto! Coisa de quem não tem o que fazer. Meu vulgo vive rodando lá, na hora que eu descobri quem é o fofoqueiro, eu mato sem leme.

Bati na porta dela e esperei, quando ela apareceu, estava com um top e um shorts de pijama, deixando o corpo dela bem a mostra.

Marina: resolveu dar as caras? Achei que ia esperar eu parir. —deu espaço e eu entrei.

Escobar: tô pra gracinha contigo não... vamo no postinho.

Marina: pra que?

Escobar: pra tu fazer exame, quero ver se essa porra aí é real. —ela deu risada.

Marina: eu já fiz exame, vou pegar o papel lá em cima pra esfregar na tua cara. —ela subiu as escadas fazendo com que seu shorts subissem deixando a popa a mostra e eu desviei o olhar.

Sentei no sofá e peguei meu celular respondendo os status da Beatriz, uma foto dela, toda bonitona, como sempre.

Marina: aí ó ridículo. —jogou uma pasta em cima de mim, quase na minha cara.

Levantei no ódio e segurei o pescoço dela.

Escobar: não tô entendendo caralho, tá ficando retardada? Perdeu a noção do perigo, só pode, continua agindo assim pra vê o que eu vou fazer contigo.

Marina: eu tô grávida, um filho seu. Em mim você não toca. —disse com dificuldade.

Escobar: tu que pensa que vai agir assim comigo. —peguei o papel na mão e abri lendo lá, tava o nome dela e mais à frente... positivo.

Marina: viu?

Escobar: vi. Marca um exame de DNA, Marina. Se der positivo, eu assumo com tudo, tu sabe que sou homem.

Marina: homem na onde? —me olhou bolada— homem mesmo não faria isso que você tá fazendo comigo. Você sabe muito bem que o filho é teu, eu só ficava contigo porra, só com você! Desde sempre. Você foi meu primeiro e único até hoje. —falou com os olhos cheio de lágrimas— e você sabe disso, mas prefere me humilhar. Sei nem porque ainda insisto em você.

Escobar: também não sei, porque eu e você sabe que a gente não tem futuro. Por mais que eu confie em você, Marina, prefiro fazer esse exame pra não assumir um b.o que não é meu, porque eu e tu já não estamos juntos há um tempão, não sei como anda tua vida amorosa, tá ligado? Mas respeito pra caralho tu, se for meu, tu sabe que vou assumir.

Marina: se você quer assim, ok. Mas o exame de DNA é só depois das 12 semanas, Vinicius. Não sei de quanto tempo estou ainda, mas já marquei consulta, só que só tinha pro mês que vem.

Escobar: então é isso, me avisa qualquer bagulho que eu vou contigo. —dei as costas pra sair— se cuida.

Marina: fica. Vamo se resolver cara. A gente vai ter um filho poxa. Eu aturei todo esse tempo você se divertir com aquela garota ridícula lá, e fiquei na minha. Mas agora já deu, a gente tem que se resolver.

Escobar: não tem o que resolver, a gente já se resolveu. Só tu que tá nessa ainda, não é porque tu tá grávida que a gente vai brincar de casinha. Agora é você em um canto e eu em outro com aquela ridícula lá . Acabou, Marina. —abri a porta e sai de lá.

(...)

Os menor não param nunca, agitaram um churrasco aqui, nem ia brotar, mas eu tava na maior larica, vim só pra comer mesmo.

Vi de longe a Gabrielle chegando com as amigas, quando ela me viu, sorrio pra mim e eu assenti com a cabeça e peguei meu celular no bolso.

Comecei a passar nos status, quando foi o dela, vi a mesma postando foto de uma taça e dava pra ver que tinha um homem ali com ela, mandei mensagem, ela só viu e não respondeu, fui pra um canto e liguei pra ela.

Ligação on

Bia: oi.

Escobar: não me respondeu porque? —disse alto, pelo barulho.

Bia: nem vi.

Escobar: viu sim, apareceu aqui. Tu gosta de me deixar de cara quente por nada né? Incrível!! Aonde tu tá? —ela respirou fundo.

Bia: o que você quer?

Escobar: saber onde você tá e com quem. Vi a foto que postou, tinha a mão de um homem lá Beatriz.

Gabrielle: Escobar, vem cá, vamo entrar na piscina. —apareceu do meu lado só de biquíni dessa vez.

Bia: vai lá Vinicius, entra na piscina e me erra! —disse alterada e desligou na minha cara.

Ligação off

Gabrielle: vamo?

Escobar: tô tranquilo! —ela cruzou os braços apertando os peitos.

Gabrielle: nunca venho, quando venho tu faz desfeita.

Escobar: não é desfeita gata, só não quero entrar em piscina.

Gabrielle: certeza? —chegou perto e pegou na minha corrente— se não vai entrar, pode ficar olhando. —ia dar um beijo na minha bochecha, mas eu desviei afastando ela.

Tô suave, não quero perreco nenhum não. O único que eu quero tá lá na Penha pô, e eu vou atrás.

Intocável Onde histórias criam vida. Descubra agora