Eu tenho amor com liberdade
Quando eu vou poder dizer "quero de novo?"
Quando eu vou poder dizer "'to com saudade"
É que você sabe, né? Não quero incomodar
Nem me precipitar, mas ser objetivo
Te chamar de minha dama, aquela pegada na cama
E que daqu...
Tava geral aqui pô, meus colegas, minha família e até uns menor que trabalhava pra mim na boca. Eu já tava desconfiando que eles iam fazer alguma coisa tá ligado? Mas não desse tamanho, só saquei que o negócio ia acontecer hoje porque a Beatriz inventou uma festa de última hora dizendo que era de uma amiga dela, sendo que como, ela só tem a Rayssa, Lorena e o Gabriel de amigos.
Mas mesmo assim curti pra caralho e tô aproveitando meu dia, já que já tinha se passado da meia noite.
Tucano: quem diria pô, 25 anos do Escobar e ele comemorando assim, só com a família, com a de fé dele e a gente. —dei risada— logo ele que vivia falando que os 25 anos dele ia ser comemorado em estilo, cheio de piranha.
R3: um homem de família agora.
Escobar: quem disse que não tem as piranhas aqui? Olha vocês aí.
Tucano: já falei que só sou sua puta no off, bebê. —fez voz fininha— se quiser teu presentinho, hoje é o dia.
Escobar: se foder pô.
Rayssa: Escobar —apareceu na rodinha aonde só tinha homem e olhou pra todos eles, inclusive pro Ogro que tava ali também— eu acho que a Bia vai parir.
Ogro: como assim pô?
Rayssa: ela tá sentindo umas dores lá dentro. —nem esperei ela terminar de falar e larguei o copo de whisky indo pro quartinho que tinha aqui nessa casa.
Eu já tava alterado, na real, a maioria do pessoal que estavam aqui, já tava naquele brilho. Abri a porta e vi ela andando com a mão na barriga e fazendo cara feia. Do nada ela parou e olhou para pernas dela que estavam molhadas.
Silvana: a bolsa estourou, a gente tem que ir pro hospital.
Bia: ainn. —gritou e colocou a mão no pé da barriga— eu não quero ir agora.
Escobar: que não quer o que pô, vai pro hospital agora sim que a minha filhota vai nascer. Prepara o carro lá Ogro.
Ogro: sou teu empregado não filho da puta.
Escobar: tua sobrinha que vai nascer vacilão, anda.
Ogro: pede com jeitinho que eu vou. —disse igual uma puta e eu ri.
Bia: Caralho, sai os dois da minha frente antes que eu soque vocês, tão me irritando já. —gritou.
Silvana: ela sentindo dor e vocês aí de graça, anda logo um dos dois vai. Vou ligar pra sua mãe, Bia.
Me aproximei da Beatriz que me encarou com uma cara de dor e de puta ao mesmo tempo.
Bia: se for falar gracinha, some.
Escobar: toda bravona aí —estiquei a mão pra ela— aperta quando sentir a dor vindo.
Quando acabei de falar ela apertou a minha mão forte e eu fiz cara feia sentindo a unha dela cravada no meu braço.
Ajudei a por ela dentro do carro e dei o papo pro R3 deixar a festa rolando aí, mas ficar de olho em tudo. Entrei no carro rápido e acelerei indo rapidão pro hospital, tava nem acreditando que a minha princesa ia nascer hoje, agora.
O médico colocou ela numa cadeira de rodas e levou até uma salinha privada, ele começou a fazer uns toques nela lá e eu só olhando segurando a mão dela.
Escobar: essa porra aí é necessário mermo?
Dr: eu estou vendo quantos dedos de dilatação a Beatriz está. —falou se afastando e retirando as luvas— pronto, ela já está com 6 dedos.
Escobar: e isso significa o que?
Dr: pra ela ir pra sala de parto, tem que estar com no mínimo 9 dedos de dilatação. Então a gente tem que esperar.
Escobar: e ela vai ficar aqui sentindo dor? Tá maluco?
Silvana: liga não, pai de primeira viagem. —sorriu pro moço— é normal Vinicius, é assim que é o trabalho de parto.
Bia: me lembra pra nunca mais transar sem camisinha. —disse gritando— que dor do caralho.
Dr: eu vou mandar uma enfermeira aqui pra te ajudar a dilatar mais rápido.
Ele saiu e depois de vinte minutos uma mulher entrou. A Beatriz tirou a roupa e foi pro chuveiro ficar pulando numa bola lá, tava me deixando bolado ver ela sofrendo sentindo dor assim, mas minha mãe já falou que é normal e tá aqui do meu lado e a mãe dela lá dentro com ela.
Ela saiu de lá de dentro e já colocou a roupa, a enfermeira foi verificar quantos dedos de dilatação ela estava, só ouvi ela dizendo que a Beatriz estava pronta pra ir pra sala de parto e que a Alexa viria agorinha.
Meu coração já começou acelerar e todo aquele efeito do álcool foi embora na hora pô. Tava nervoso pra caralho e com medo ao mesmo tempo, mas mesmo assim entrei na sala junto com ela e fiquei ali do lado dando meu apoio e fingindo estar super tranquilo.
Segurei a mão dela firme enquanto ela fazia força, quando ouvi aquele chorinho olhei pra Beatriz que estava chorando de tanto fazer força e limpei as lágrimas dela.
Escobar: você conseguiu amor, nossa princesa nasceu. —beijei a testa dela— te amo.
Bia: Eu também te amo. Eu quero ver ela. Tao baba ovo que nasceu no mesmo dia que o seu.
A enfermeira colocou ela em cima do peito da Beatriz e a gente conseguiu ver o rostinho dela melhor, a coisa mais linda de verdade pô. Olhei pro lado de fora pelo vidro e encarei geral ali sorrindo pra nós.
Não demorou muito e a enfermeira pegou ela de novo dizendo que ia limpar e eu só fiquei de olho, com medo de fazerem alguma coisa com a minha princesa.
Nós já estávamos no quarto mamais a vontade, Beatriz estava deitada se recuperando e na espera da Alexa também, que entrou junto com a enfermeira. Agora ela já estava mais bonita, porque tava toda limpinha.
Se antes eu já estava maluco por ser pai, imagine agora com a minha filha aqui do meu lado pô. Me sinto sortudo pra caralho com as duas mulheres da minha vida aqui.
@feinabalave
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