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BEATRIZ 🌪

Gabriel me deixou tontinha, mas eu já estava subindo a rua pra voltar para a minha casa.

Meu celular começou tocar pela quinta vez já, só que dessa vez decidi atender.

Ligação on

Bia: o que você quer? Já cansou da piscina foi?

Escobar: aonde você tá? —ignorou a minha pergunta.

Bia: na casa do caralho, Vinicius.

Escobar: aonde você tá? —ouvi ele respirar fundo— tô perguntando e quero que você responda.

Bia: e você tem que querer o que? Se liga bofe. pra que você quer saber? Achei que estaria ocupado...

Escobar: tô indo pra sua casa, aonde você tá?

Bia: não tô em casa, tô longe. —menti.

Escobar: mentirosa, tô vendo você virando a rua. —com o celular na orelha eu olhei pra cima e vi a moto dele parada na frente da minha casa. Desliguei o celular e fui andando.

Ligação off

Subi a rua até o meu portão, encarei ele que estava todo arrumado, com shorts jeans, uma blusa da Lacoste, as correntes dele  e um boné enterrado na cara e me encarando também, todo sério.

Ignorei o bonito e abri o portão de casa entrando, quando ia fechar ele tava atrás e quase bateu na cara dele, se o mesmo não tivesse segurado, ia pegar em cheio.

Escobar: tá doida porra? —assenti.

Bia: o que você quer? Da licença pra mim fechar o portão.

Escobar: eu atravessei a porra da pista, que por sinal tá salgada pra caralho, quase tomei um enquadro pra vim ver você e tu vai fechar o portão na minha cara? Hum. —cruzou os braços— tu vai fazer isso mesmo com o pai do seus filhos, Beatriz?

Ele dizia isso na maior calmaria, o que me deu uma puta vontade de rir, mas me controlei. Afinal, estava bem puta.

Bia: o que você veio fazer aqui?

Escobar: vou falar contigo aqui fora não. —dei passagem pra ele entrar e fechei o portão.

Abri a porta de casa e ele veio junto. Coloquei a chave no chaveiro e olhei ele que estava sentado no sofá me encarando.

Bia: anda, fala.

Escobar: com quem você tava?

Bia: não devo satisfação a você. Eu estava acompanhada. Tem nem pra que você querer saber, já que devia estar muito bem nadando na piscina né. —encostei as costas no balcão de mármore e tirei meu salto do pé jogando num canto ali.

Escobar: tava numa resenha, só com meus parceiros. —dei risada e neguei com a cabeça.

Bia: vem aqui Escobar, vamos entrar na piscina. —fiz uma voz fininha e ele riu— não tô vendo graça nenhuma.

Escobar: tinha mulher lá, essa que me chamou era a Gabrielle, não fiquei com ela e nem entrei na piscina. —disse olhando nos meus olhos sem desviar o olhar, o meu mal é que eu confiava nele, até porque sempre jogou limpo comigo— depois que desliguei fiquei mais meia hora lá e vim aqui, atrás de você. —ele se levantou e veio na minha direção parando na minha frente— com quem você tava, Beatriz?

Bia: você é chatíssimo bofe. Como vou saber que tu não ficou coma mona lá? Se você quiser ficar com outras, tudo bem, só que não venha jogar papinho gostoso pra cima de mim dizendo que quer exclusividade e que ficaria só comigo.

Escobar: se acha que eu ia comer a mina em meia hora porra? Se liga... também sempre joguei limpo contigo, se eu quisesse ficar com você e com outras, eu ia ficar e tu ia ser a primeira a saber, não iria esconder. Não faz meu tipo dar dois papos.

Bia: estava com Gabriel. —ele balançou a cabeça negativamente— que foi? Tô falando sério.

Escobar: tu é do caralho né? Ao invés de me responder e falar de uma vez não, fica enrolando. Nem responder minhas mensagens, estava respondendo.

Eu sabia que ele viria atrás, talvez eu quisesse isso, não sei.

Eu veio até mim, colocou uma mão no meu cabelo e puxou me fazendo arfar. Ele me deu um selinho e sugou meu lábio inferior.

Escobar: tu gosta de me estressar, é disso que você gosta. Mas tu vai ver como é bom, hoje a tua bunda vai sofrer. —disse no pé do meu ouvido e passou a ponta da língua no meu pescoço me deixando toda arrepiada, uma de suas mãos foi direto pro meu pescoço e apertou enquanto as nossas línguas se encontraram num ritmo gostoso, lento.

(....)

Acordei com a larrissinha inchada, a minha bunda toda marcada, parecia que eu tinha recebido era umas bicuda na bunda, juro!

E esse sonso estava aqui na minha cama ainda, dormindo pra porra, não acordava nem com uma reza braba.

Sentei na beira da cama e coloquei a mão na barriga sentindo cólica, justo hoje que tenho várias coisas pra resolver vem isso, que saco.  Levantei, tomei meu banho, me troquei e depois desci, aproveitei e tomei remédio para a dor passar.

Gabriel: bom dia bom dia, mais tarde tem provador //10hr21
Gabriel: levo as roupas aí e o motoboy da loja busca amanhã, tá? //10hr21

Respondi ele e sai na rua pra comprar pão, eu tava com morrendo de vontade de comer um pão bem quentinha com mortadela e manteiga.

Daniela: você é uma mal amada filha!! Corna e assumida ainda. Tomo mundo sabe do teu chifre mulher se liga, no último baile você não tava né? Adivinha com quem ele dormiu? —ouvi a voz dela gritando, paguei a compra rapidinho e sai lá fora vendo ela discutir com a Miriam que estava do outro lado da rua.

Miriam: você se contenta com o pouco, isso sim. Depósito de esperma. Lixo!!! Marmita de bandido.

Daniela: do teu marido ainda amor. —riu— ah ah que isso, eu tô comendo seu marido. —cantou rindo.

Miriam: você é uma vadia, é tão lixo que nem a própria mãe gosta, nem a própria mãe suporta você garota. Seu encosto! Se até sua mãe de chama de puta pelos quatro canto do morro, é porque você é. Uma marmita fodida!

A Daniela soltou tudo o que estava na mão, fez um coque no cabelo e aí pra cima dela. No mesmo instante eu entreguei minha sacola pra um senhor que estava ali, nem vi a cara, e corri pra entrar na frente.

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