Intocável

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Postando mais um pra mim conversar um pouco com vocês. ⚠️

Eu posto capítulo todos os dias, quando eu não atualizo, é porque alguma coisa aconteceu. E esses dias vem acontecendo muitas coisas, mas mesmo assim eu estou postando sempre pra vocês. Mas ainda sim tem gente que insiste em dizer que demoro muito pra atualizar, sendo que todo dia posto um capítulo pra vocês, assim fica difícil de agradar né?

Só quem é autora sabe como é difícil escrever, não adianta eu soltar 5 capítulos por dia e eles serem ruins, então peço que vocês tenham a paciência e colaborem comigo.

BEATRIZ 🌪

Na minha cabeça se passava tantas coisas que era até difícil de dizer todas elas. Vinicius mal voltou e já fez toda aquele caos na minha cabeça.

Eu tô feliz por saber que ele está vivo e bem, feliz demais, era tudo o que eu queria. Mas me sinto enganada cara, fiquei sofrendo durante todo esse tempo e ele nem aí pra mim, se ele manteve contato com Ricardo, poderia ter mantido contato comigo também.

Bia: você é um péssimo padrinho, R3, já deu a primeira mancada.

R3: você não tem que ficar bolada comigo, fiquei do mesmo jeito quando aquele filho da puta me ligou e falou "não surta não minha vida, mas eu tô vivo pô" —eu realmente imagino o Vinicius fazendo isso, todo abusado— quase desmaiei, papo reto. E ainda tive que aguentar sozinho, não podia falar pra ninguém.

Bia: eu tô com tanta raiva, mas tô tão feliz ao mesmo tempo.

R3: deixa a raiva pra depois, nunca se sabe o dia de amanhã pô. E tu viu como foi difícil quando você achou que ele tinha morrido, agora só aproveita que ele tá aqui.

Bia: você vai ver ele hoje?

R3: vou, porque?

Bia: imaginei, ele disse que precisava resolver uma última coisa pra voltar de vez. E é claro que você iria né? O parzinho dele.

R3: fica com ciúmes não pô —mostrei o dedo— eu dou um cheiro e um beijo nele por você. Aceita que tu é a amante. E toma sua bomba. —me entregou o celular— aquele viado atirado deixou lá em casa.

Bia: valeu e mete o pé vai.

R3: tchau, se cuida e cuida da minha afilhada. —ele deu um beijo na minha cabeça e saiu.

Todo mundo tem cuidado muito de mim enquanto tô grávida, vou sentir muita falta disso quando eu ganhar a Alexa juro e já sei até que ela vai ser bem mimada por todo mundo.

Subi pro meu quarto e coloquei meu celular na tomada enquanto eu fui tomar um banho. Me arrumei bem menininha pra ir pra loja, certeza que o Gabriel deve tá falando pra cacete, vai encher meu ouvido de linguiça.

Dito e feito, mal cheguei na loja e ele já veio falando, me deu maior sermão por eu ter sumido ontem e eu só na calada né? Tava no erro, mas se ele soubesse do babado todo ia entender perfeitamente.

Bia: entendi já bicha, vai acontecer mais não. Tava passando mal naquela muvuca toda.

Gabriel: você perdeu, Ret subiu no palco e a Rayssa só faltou pular lá, chorou horrores, perdeu a linha legal. Dei risada a beça e gravei tudinho. —me mostrou o celular com os vídeos, um pior que o outro. Ri a beça — e ela tá bem aqui viu? Tá lá nos fundos deitada, se você for lá vai encontrar ela jogada.

Bia: vou tem que ir lá pra gravar isso, meu Deus. —entrei no estúdio e a mona tava lá no chão jogada no tapete.

Primeira coisa que olhei foi a tatuagem que ela fez pro Vinicius, eu quis muito rir vendo aquilo, a cara dele quando ver vai ser a melhor!! Aproveitei e tirei uma foto dela jogada.

Fui mandar a foto pro Vinicius e vi as 10 mensagens que ele tinha me mandado há horas atrás e eu não respondi por preguiça, resolvi sair da mensagem sem nem responder e nem mandei a foto.

(...)

Finalmente acabei de arrumar o estoque, já era tarde e eu estava aqui sozinha. Gabriel saiu mais cedo, porque ele chegou mais cedo né? E a Rayssa foi embora assim que acordou, ainda de tarde.

Fechei a loja e guardei a chave na minha bolsa, a rua não estava vazia, mas também não tava muito movimentada não, isso já tava me dando um medo do caralho. Até eu esperar a merda do ônibus ia demorar um século, mas a vida de pobre é assim né?

Sentei no ponto e fiquei ali, tava só observando um carro preto se aproximando devagar, quando ele tava bem próximo eu levantei pronta pra correr já.

Na hora que ele parou bem na minha frente, não deu outra pô, sai correndo pra qualquer rua bem movimentada que seja.

Escobar: beatriz! —quando ouvi a voz dele eu coloquei a mão no peito e parei de correr respirando fundo, já estava até sem ar.

Vi o carro vindo mais próximo e ele abaixou a cara na janela.

Escobar: tá maluca tu? Entra aí.

Bia: tá fazendo o que aqui? Como você chega em alguém assim na rua? —falei ofegante indo até o carro e entrei— tá parecendo fantasma mesmo.

Escobar: você não responde, então tive que vim aqui.

Bia: você tá se arriscando muito, não?

Escobar: eu não preciso mais me esconder. Fiz o que tinha que fazer, só falta finalizar.

Bia: eu sinto que você está falando de alguém. —ele levantou os vidros e ligou o ar— Vinicius? Me conta.

Escobar: agora não, boneca. Primeiro eu vou te deixar na tua casa, depois eu vou falar com meus pais, com a Rayssa e dar uma voltinha no morro, pra todo mundo ver que tô vivo.

Bia: e aí quando cansar vai voltar pra casa? Na minha não.

Escobar: para de câo pô, se tu quiser ir na minha mãe vê a reação dela, bora lá pô. Mas vai ser chato, todo aquele blá-blá-blá.

Bia: você é egoísta demais, olha o que você fala. Não é blá-blá-blá não cara, seus pais sofreram com a morte de um filho e você nessa, por isso que eu preciso de um tempo, porque parece que enquanto estávamos chorando, tu tava sorrindo e se divertindo por aí.

Escobar: não fala bobagem, só quis dizer que não vai ser algo legal pra tu ir ver, tá ligado? Se quiser ir, vamo. Mas pensei que você tava cansada do trabalho, ainda mais depois de dar uma de atleta aí. —levantei às minhas unhas e olhei elas que estavam precisando de retoque já —vai querer ir?

Bia: não, me deixa em casa.

Escobar: depois eu vou pra tua casa, se você trancar eu pulo lá. Quero ficar com as minhas meninas, ouviu?

Bia: uhum, vou pensar no teu caso.