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ESCOBAR 📿

Meu celular tava tocando pela quarta vez já, não queria tem que levantar, até porque a Beatriz tava com as pernas e os braços em cima de mim. E tava gostosinho demais ficar dessa forma.

Bia: eu vou quebrar seu celular. —resmungou com a voz baixa.

Escobar: deixa eu ir lá atender. —passei a mão fazendo carinho na perna dela.

Bia: já parou de tocar, deixa lá. —abriu os olhos e me encarou.

Quando ia beijar ela a porra do celular começou a tocar de novo, caralho que ódio mane.

Bia: acho melhor você ir atender agora. —levantou e se sentou na cama cobrindo o corpo com a coberta.

Catei o celular e vi que era o R3, atendi e só ouvi os gritos na outra linha.

Escobar: que é caralho?

R3: preciso de tu porra, tá aonde? Não atende. —ouvi uma mulher gritando no fundo.

Escobar: tô na pista, coe?

R3: a Lorena tá surtando aqui porque achou um sutiã no banco de trás do TEU carro e ela não tá acreditando que eu não tenho nada haver com isso. Tem como tu falar pra ela que é seu? —dei risada— não ri, essa louca já tacou panela em mim.

Escobar: sei de nada não R3, tava na vacilação aí né.

R3: vai se foder comédia, papo é reto porra. Fala com ela se não essa louca vai me matar.

Escobar: deixa eu falar com a cunhada. —disse rindo, demorou um pouco e eu ouvi a voz dela.

Lorena: olha Escobar, precisa passar pano pra esse safado não. Eu quero saber a verdade.

Escobar: bagulho é da minha mina pô, relaxa.

Lorena: uma porra, Marina tem nem peito direito, aquele silicone minúsculo e mucho, esse sutiã cabe três dela.

Escobar: Marina não é a minha mina, mas fica suave, o sutiã é da mina que tá aqui comigo, quer falar com ela também? Ta aqui agora do meu lado.

Lorena: não, sou louca, mas nem tanto. Valeu Escobar. —desligou.

Malucona ela pô, surta sempre com R3, até bater ela já bateu nele. Olhei pra trás e vi a Beatriz entrando na hidro pelada. Já tirei a cueca e entrei junto.

Escobar: seu sutiã tá causando discórdia no relacionamento alheio. —puxei o cabelo dela devagar fazendo graça.

Bia: que?

Escobar: fiel do meu parceiro achou no carro e deu maior treta.

Bia: era ele ligando desesperado? —assenti — coitado.

Segurei na cintura dela e trouxe até mim deixando ela no meu colo. Ela começou a movimentar o quadril em cima de mim e logo meu pau deu sinal de vida, com essa garota também não era muito difícil dele levantar.

A Beatriz levantou um pouco e encaixou meu pau na sua entrada e sentou devagarzinho, quando se acostumou começou a sentar mais rápido.

[....]

Deixei ela no portão da casa dela e depois fui pra minha, precisa me adiantar porque mais tarde tinha baile. Tomei um banho, passei perfume, quando tava saindo meu telefone tocou, era a Rayssa, minha prima.

Eu e ela crescemos como irmãos já que a mãe dela faleceu e o pai sumiu pelo mundo, quando sai da casa da minha mãe ela veio de brinde, morou comigo por maior tempão, mas meteu o pé pra Minas Gerais pra fazer faculdade na federal de lá. Maior orgulho dela.

Atendi o celular e ela já começou a falar reclamando que não fui buscar ela no aeroporto, tinha esquecido que ela tava voltando.

Rayssa: agora eu já tô no táxi, tô chegando na entrada da favela. Manda alguém me buscar e me levar pra tia, tô faminta cara.

Escobar: beleza, mais tarde apareço por lá. Vou desligar Ray.

Rayssa: tá bom vacilão.

Passei o radinho pra alguém ficar nessa meta aí e fui pra boca.

R3: você é o maior comédia, papo reto! Lorena não acreditou em você não, o que foi que tu disse?

Escobar: abaixa a bola, falei a verdade, se ela não acreditou o papo é contigo.

R3: tu também podia ter avisado que tinha um sutiã lá no banco de trás né?

Escobar: tu pega meu carro e tá nessa, folgado demais.

Deu um tempinho e me avisaram que a Rayssa já tava por aqui. Fiz o que tinha que fazer e meti o pé pra ir na casa da minha mãe.

Rayssa: olha ele, ganhou até uma barba. —me abraçou forte quase me derrubando— que saudade.

Escobar: tu mudou também, veio de vez ou pra visitar?

Rayssa: agora é de vez, a mãe está mais que formada meu bem.

Escobar: fico felizão por você.

Silvana: fiz almoço caprichado pra você filha, vem, senta aqui.

Rayssa: você não sabe o quanto senti saudade da sua comida, tia. E de vocês claro, só que mais da comida. —minha mãe riu— e você Vinicius, tá namorando já? Ou voltou com a cobra?

Escobar: tô com todas elas. —ela revirou os olhos.

Silvana: esses dias me apareceu na pensão com uma menina bonita, educada também. Tinha cara de doidinha, do jeito que ele gosta. — eu dei risada.

Rayssa: e qual nome dela? É coisa séria ou só mais uma?

Escobar: tu é muito fofoqueira mãe, bagulho não é nada demais não. —falei— e vamo mudar de assunto.

Rayssa: tô maluca pra ir pro baile hoje, descer até o chão, arrumar um bofe né tia?

Escobar: pega a visão Rayssa, vai pra fazer muvuca não.

Rayssa: se não for pra fazer muvuca nem saio de casa. Tô de volta e vou bagunçar esse morro. —deu risada— acionei até a Lorena já, vou brotar com ela!

Lorena e Rayssa são amigas há maior cota já, viviam saindo juntas, elas são duas sem juízo, se junta fica pior.

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