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BEATRIZ 🌪

Girei o canudo da minha bebida e levei até a boca vendo todo mundo conversando ali.

Ogro: vem cá. —falou baixinho chamando a Rayssa com o dedo e ela foi desconfiada.

Eu sou fofoqueira pô, tava só de olho ali. Ninguém tava nem tchum, geral bebendo, mas eu tava de boa hoje, porque não estava muito bem não.

Ela foi até lá, ele puxou ela e falou alguma coisa no ouvido dela fazendo ela soltar a maior gargalhada. Ela ia saindo, mas aí ele segurou o pulso dela fazendo ela ficar lá.

Ogro: calma aí, vamo conversar.

Iii gente, que coisa estranha eu hein. Ela voltou pra lá e eles ficaram conversando.

Vk: tá paradona tu, qual foi?

Bia: cansada.

Vk: quer ir embora? Te deixo lá.

Bia: não.

Vk: toda seca tu. Gostou da cesta?

Bia: vou ser direta contigo, Vitor. Não é a primeira vez que falo isso. Me erra cara. Eu e você já deu, coisa do passado, tem como parar de vim atrás por favor? Eu só aceitei a cesta porque era chocolate, mas não confunde as coisas não.

Vk: tu e ele tão firme né?

Bia: não que seja da tua conta, mas sim.

Vk: Escobar não é o que parece, ele não presta. Engravidou a mina e largou ela lá pô. Tu sabia disso?

Bia: sabia, eu conheço bem ela.

Vk: e tu vai aceitar isso? Se liga pô, ele vai fazer o mesmo contigo. Ele não te merece.

Bia: isso quem sabe sou eu. Você não me merece, nunca mereceu, e eu já dei chance a você, não foi? Então. —me levantei e ajeitei o shorts— licença.

Sai de lá e fui atrás do Gabriel, tava querendo ir embora mesmo, só que não ia deixar eles aqui né? E ele e a Rayssa estavam se divertindo.

Árabe: qual foi?

Bia: teu quarto tá aberto? Vou descansar lá

Árabe: pode ir. —tirou a chave do bolso e me entregou— Vk te incomodou?

Bia: sempre né? Sempre. —revirei os olhos— avisa a Rayssa e o Gabriel que quando eles for embora, ir me chamar lá. —ele assentiu.

Desci e abri a porta do quarto dele, entrei e já tranquei, pra ninguém vim me perturbar mesmo.

Tirei meu sapato e me joguei na cama enorme dele ali. Maior cheiro de perfume masculino pelo quarto todo, liguei a tv e fiquei mexendo no celular.

Dei um sorriso todo bobo quando vi a foto que ele tinha postado no Twitter e me marcado.

ESCOBAR @féinabalavel

Eu quero ser leal, enquanto nosso lance for leal

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Eu quero ser leal, enquanto nosso lance for leal. 💖👩‍❤️‍💋‍👨 @mottabeatriz

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Tinha vários comentários aí, li alguns, uns falavam bem, outros mal. Mas é aquilo, eu tô nem aí!!

Retweetei e escrevi uma legenda bonitinha também.

Eu tô muito fodida meu Deus, nunca me entreguei pra alguém assim, está sendo a primeira vez.

Eu me sinto bem, me sinto segura, eu amo estar ao lado dele, cada segundo perto dele me faz bem, sabe? Por isso eu tenho muito medo de dar algo errado.

Eu tenho irmãos bandidos, sei que a vida não é fácil. Já sofri muito com o Luan, porque o Maurício entrou agora na vida né, mas eu acompanhei toda a trajetória do outro nessa vida, a da minha mãe sendo mulher de bandido. E olha, não é fácil não.

Minha mãe passou foi muita humilhação, acredito que eu não vou passar por isso. Mas meu medo nem é esse, meu medo é perder ele definitivamente.

[...] acordei já estava escuro, peguei meu celular e vi que era 02hr da madrugada, a casa toda tava em silêncio. Levantei, destranquei a porta e sai indo pra sala vendo o Árabe fumando.

Bia: Cade todo mundo?

Árabe: foi embora né, imagina aquele tanto de gente dormindo aqui. —disse ignorante.

Bia: e a Rayssa? O gabriel? Porra.. porque ninguém me acordou?

Árabe: calma aí. Rayssa sumiu minutos depois que o Ogro foi embora. Gabriel saiu dizendo que ia dar pra não sei quem. Eu até tentei acordar você, mas tu trancou a porta, não atendia o celular.

Bia: peguei no sono pesado. —sentei do lado dele e encostei a cabeça no sofá— aí, esse cheiro de maconha tá me enjoando. Deve ser maconha velha.

Árabe: se liga, só fumo maconha das braba, ala. E tu devia tá acostumada com esse cheirinho bom, teu namoradinho é mo maconheiro.

Bia: nossa, mas não parece a mesma. Tá me deixando enjoada. —levantei e abri todas as janelas dele, rapidinho me aliviei— vou dormir aqui mesmo, amanhã cedo você me deixa em casa e depois vai pedir pra alguém me levar lá na pista.

Árabe: tu é folgadona. Mas pra que vai na pista?

Bia: não comentei com ninguém além do Biel. Tô procurando um espaço maneiro lá no asfalto pra mim abrir a minha loja, eu tinha dinheiro guardado pro meu carro, mas a loja é prioridade.

Árabe: ainda pô, eu mesmo te deixo lá. Gosto de ver assim, pensando lá na frente. —fiz careta pra ele— tu pode dormir na minha cama, eu durmo aqui no sofá.

Bia: uma cama daquele tamanho Maurício, cabe os dois. Se quiser pode ir.

Subi de novo pro quarto dele, peguei uma camisa e uma cueca dele, tomei um banho e coloquei. O cueca ficou igualzinho um shorts, so q maior ainda. Sai e deitei na cama pra dormir de novo. Rapidinho peguei no sono.

Tava num sono infinito esses dias.

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