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BEATRIZ 🌪

Tirei umas fotos aqui em casa mesmo, que uma loja pediu e depois postei no insta.

Carmen: tu deixa essa porta aberta assim garota? E essa zona no quarto Beatriz, como vive assim? Parece um chiqueiro.

Mãe exagera a beça né? Só tinha as roupas que eu tirei foto jogada, isso porque já ia até arrumar agora.

Bia: que zona? São só roupas que fiz provador. Achei que você nem vinha aqui.

Carmen: vim pra ver você e seu irmão, mas tu saiu de lá as pressas, tive que vim te ver aqui né?

Bia: se eu ficasse lá não ia dar bom, Luan acha que manda em mim, eu hein. Chato demais.

Carmen: é só ciúmes Beatriz. Mas se ele passar dos limites com você me fala, teu irmão tem o gênio todo do seu pai.

Fiquei conversando com a minha mãe o resto do dia todo praticamente, sinto muito a falta dela, então sempre que ela vem aqui pro morro eu faço questão de aproveitar bastante.

[....]

Tava meia hora escolhendo roupa já, só faltava isso pra mim sair.

Role de hoje é por aqui mesmo, ia ter um baile e pelo o que parece, vinha um pessoal de outras favelas, foi o que a minha cunhada disse, mas conhecendo a peste capaz dela inventar isso pra mim ir pro baile com ela.

Escolhi um vestido decotado no peito, meu silicone foi caríssimo então tem que botar pra jogo mesmo. Coloquei um saltinho que fosse confortável, porque eu sei que vou querer dançar e não quero nada me machucando.

Passei perfume, fechei tudo e sai de casa com minha pcx, passei na casa do Gabriel e a gente foi pro baile. Dani ia encontrar a gente aqui.

Subi pro camarote com a cara mais limpa, avistei a minha cunhada sozinha numa parte aonde só tinha homem, puxei o Gabriel e a gente foi até ela. Dani ia encontrar a gente lá.

Bia: vim pra fazer tua vida melhor.

Miriam: porra, não aguentava mais ficar aqui com esses bofes, um pior que outro.

Bia: ja vamo pra lá, gosto de ficar na grade, de olho em tudo. —ela saiu e foi falar com Luan e os dois veio até aonde eu tava.

Ogro: tu se liga Beatriz, vai ficar arrastando minha mulher aí, eu tô de olho nas duas.

Fingi que nem ouvi ele, ainda não queria me estresse com ele. Por mais que eu saiba que seja pra me proteger, as vezes fica proteção em excesso sabe? Ainda mais que eu já sou bem grandinha, sei aonde meu calo aperta.

Ele sabe que eu jamais apoiaria ou incentivaria a Miriam a cometer algum vacilo, a não ser que eu descubra que ele anda traindo ela, aí eu passo pano super.

A nossa mesa já estava regada de whisky, aproveitei e tirei uma foto, antes que eu fique bêbada.

Bia [STATUS DO WPP]

Tudo pra elasss🤪🤪

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Tudo pra elasss🤪🤪

Era só jogação de raba e desce água de bandido. Nem botei fé quando a Miriam falou que vinha pessoal de fora, mas não é que o povo decidiu conhecer a Fazendinha?

Daniela: porra, maior sufoco pra mim chegar aqui. —chegou toda alegre, piranha tava num churrasco antes de vim, deve ter enchido o cu de cachaça já— tu não sabe nem quem tá por aqui mona, aquele tal de Th, avisei ele vindo com a tropa, daqui a pouco brota aqui.

Bia: segura o fogo cara.

Sou baba de ninguém, cada um faz o que quer, mas acho mancada da ficar dando bola pra ele, ainda mais que ontem tava toda amiga da Suzi. Só que vou ficar falando nada a ninguém, já falei que o cara não presta.

Miriam: Luan disse que ia vim uns representantes de várias favela, papo de reunião, sei lá que porra vai ter.

Hoje eu tô pro erro, tô maluca pra sair com um bofe, o foda é achar um bom aqui, não que aqui não tenha macho bonito, só que eles levam muito em conta o fato de eu ser irmã do luan e isso me estressa a beça.

Taquei logo uma balinha no meu copo, ficar bem on-line mesmoooo.

Quando olhei na entrada do camarote, tava A TROPA subindo.

Aquele tal de Escobar tava no meio deles, todo trajado, com fuzil nas costas, cavanhaque na régua. As atenções foram toda pra eles sério, parecia que as meninas daqui nunca tinham visto bandidos.

Gabriel: o bofe que quase te deixou careca ali. —disse rindo.

Bia: brinca muito, quero ver ele tirar toda aquela marra dele aqui.

Gabriel: do jeito que teu irmão tá contigo tu fica careca do mesmo jeito.

Bia: meu cabelo belíssimo ninguém toca não. —bebi uma dose do meu copo— vamo dar um rolê?

Daniela: bora.

Gabriel e a Miriam nem quiseram vim. Segurei na mão da minha amiga e fui guiando. Fiz bem questão de passar perto de onde todos aqueles mavambos estavam. E fui bem avistada, do jeito que queria, porque ele me olhou e eu só fingi que nem vi.

Desci pra pista pra dar uma disfarçada e marquei maior tempão lá embaixo com a Dani, a gente tava dançando a beça que nem demos conta do tempo. Tanto que só subimos de volta quando o Gabriel e a Miriam desceram pra buscar a gente.

Miriam: Luan já vai falar no meu ouvido, tô te vendo.

Bia: besta é você que da brecha pra ele ser assim. Porque quando ele sai com aquele trenzinho dele tu não fala nada, e se falar ele fica puto contigo. Tu não pode nem respirar mana, cada coisa.

Fico putinha com isso, mas nem me meto mais, porque sei que nem adianta.

Tava me coçando pra ir atrás de problema, vira e mexe meu olhar até batia com o daquele bofe. Só tava esperando uma oportunidade de perturbar ele, e isso surgiu quando ele foi pra direção do banheiro, inventei maior migué e fui atrás.

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