ESCOBAR 📿
Estava sozinho em casa descansando no sofá, aqui estava na maior calmaria, sempre que a Beatriz sai a casa fica num silêncio fodido.
Parece que essa maluca vale por 4 pessoas dentro de casa, faz barulho pra caralho, também não fecha a boca por um segundo.
Meu celular começou apitar e eu me estiquei pegando ele, olhei o nome do Ricardo escrito e atendi.
Ligação on 📲
R3: alô amor da minha vida, ta por onde?
Escobar: em casa.
R3: tá com a voz fraca, saudade da grávida maluca já? Ou é saudade de mim? —ouvi uma gritaria de fundo na voz dele— aí, calem a porra da boca se não eu vou comer o cu de todo mundo, papo reto.
Escobar: se tá com uns papos estranhos. —dei risada.
R3: esses moleque tão tudo agitado hoje, tomar no cu.
Escobar: me ligou pra que?
R3: o mano quer falar contigo aqui, tá te esperando. O Alexandre.
Escobar: tô afim não, vou sair do meu lazer pra escutar talarico não.
R3: para de k.o, vem logo Escobar. Vem que eu tô com saudade também.
Escobar: o que ele quer aí?
R3: só disse que queria falar contigo, papo rápido.
Escobar: manda ele esperar, tô indo. —desliguei antes dele responder.
Ligação off 📲
Levantei do meu sofá confortável pra caralho e subi indo pro banho, joguei uma água no corpo rápido e sai me trocando. Peguei meu celular vendo a notificação do banco da Beatriz, ela tinha gastado quase 2mil em salão, puta que pariu.
Ignorei aquilo ali e peguei a chave da minha moto pra ir logo ver o que aquele pela saco queria comigo.
Joguei a chave pro Tucano e ele entendeu que era pra guardar em qualquer canto mais seguro do que na entrada desse beco.
R3: filho da puta, desligou na minha cara pô. Nem falou que me ama e pá.
Escobar: tu tá muito meloso pro meu lado, tá querendo algo e não tá sabendo pedir.
R3: você. —veio beijar meu pescoço e eu empurrei ele rindo— me maltrata que eu gosto.
Escobar: tua mulher não tá dando carinho não? Porra... cadê ele?
R3: lá dentro, bora lá que eu tô curioso pra saber o que é.
Escobar: tu fica, eu vou. —ele fez uma cara de sofrido— para de ser intrometido.
R3: depois tu vai me falar tudo, pode pá.
Subi aquela escada velha ali e entrei na sainha vendo ele sentado com um fuzil nas costas e mais dois moleque que sempre fica aqui cuidado pra ninguém que eu não queira, não entrar.
Escobar: queria falar comigo? —sentei na frente dele.
Alexandre: queria mermo.
Escobar: então pode falar, rápido.
Alexandre: tô ligado que desde que você voltou, tu não vai com a minha cara pô. Nunca te fiz nada e nem falei contigo, mas também não tô aqui pra fazer amizade com você, só tô aqui pra esclarecer um bagulho. Não quero a Beatriz e queria deixar isso claro, quis ela antes de você voltar, quando ela estava solteira, dei em cima mesmo e foda-se, a mina era solteira mermo. Mas agora que tu voltou e ela tá contigo, meu papo com ela é só amizade. Ela é uma garota maneira e eu gosto da amizade dela.
Escobar: por algum motivo não vou com a tua cara, tu me parece ser sonso demais. Não gosto disso.
Alexandre: ciúmes, tu não gosta de mim por isso. —sorriu fraco sem mostrar os dentes e eu semicerrei os olhos— mas fica tranquilo que eu não quero nada além de amizade dela, tô ligado que ela é a sua mulher e eu não sou talarico, nunca fui.
Escobar: certo, veio só pra isso? —apoiei os cotovelos na mesa— não é porque você não quer nada com ela que agora eu vou gostar de você.
Alexandre: não preciso que tu goste. Não vim fazer amizade não, como já disse, passei da fase criança aonde peço pra ser amigo dos outros. Eu vim aqui falar de negócios. Entrei na tua favela enquanto você estava fora, não tive tempo de conhecer você e entrei aqui só pelo R3, mas agora tu que ta de frente de novo, eu queria falar contigo sobre umas armas. Eu consegui fechar um negócio maneiro com um cara que conheço no exército, ele me trás armas daquelas boa, tá ligado? Tô com 4 fuzil e umas bombas, tudo pra testar, se tu gostar, você compra.
Escobar: fechando com o outro lado? —ri debochando— como não sei se é bagulho é vacilação?
Alexandre: apensar de não gostar de você também, você é marido de uma amiga minha, não te mataria ou vacilaria contigo. E o R3 me conhece, ele sabe que não sou de meter esses vacilos. O cara do exército é um conhecido dele também, pode puxar o fundamento.
Escobar: busca os negócios que eu vou testar. —queria mermo testar na cabeça desse arrombado.
Alexandre: eu trouxe, tá lá na casa de baixo.
Escobar: bora lá, se tu tiver me metendo em k.o, eu mato você e qualquer um que estiver envolvido. —falei passando por ele.
Peguei aqueles fuzis e analisei eles, eram tudo modelo dos novos, tinham acabado de chegar no exército, nem os polícias de rua tinham ainda. Era uma boa fechar.
Escobar: vou testar essa porra lá na rua. —falei pegando uma bomba fraca— que se foda.
R3: você é sem juízo cara.
Escobar: bora que tu vem comigo —falei pro Alexandre e ele passou na minha frente.
R3: vai matar o garoto aí. —falou baixo e riu.
A rua da boca tava menos movimentada, tinha poucas gente e o menor disse que essa porra aqui não era tão forte, que tinha outras mais fortes, só que não dava pra testar aqui.
Taquei a primeira mais pra frente e me afastei andando pra trás junto com geral. Saiu uma fumaça da porra e fez um barulho de explosão fraquinho, era mais de fumaça que tudo.
Fui em direção do negócio pra ver e os menor ficou tudo acuado atrás, bando de cuzao. Aproveitei a deixa que vi o Alexandre ali no meio e taquei o negócio lá na onde geral tava vendo todos eles sairem correndo e eu comecei a rir pra caralho vendo eles gritarem.
Sai do meio da fumaça rindo. Até ver a Beatriz me olhando com os braços cruzados.

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Intocável
FanfictionEu tenho amor com liberdade Quando eu vou poder dizer "quero de novo?" Quando eu vou poder dizer "'to com saudade" É que você sabe, né? Não quero incomodar Nem me precipitar, mas ser objetivo Te chamar de minha dama, aquela pegada na cama E que daqu...