ESCOBAR 📿
Bagulho aqui no morro não tava legal não, desde que fizeram um atentado na cadeia contra o Th.
Deram 15 facadas nele, sei nem como esse cara não morreu, no papo. Agora ele tá no hospital fazendo o tratamento certinho, o foda é que é segurança máxima e como ele tá muito mal, não tem nem como dar fuga. O jeito é esperar.
A gente vem recebendo ameaças aqui no morro direto, até foto da Suzuki na pista e da Duda mandaram, tudo pra deixar o Th em alerta. Inimigo a gente tem de monte, então é foda descobrir quem é que fez.
Comunidade toda em alerta, toque de recolher e tudo, pra se caso ter invasão, não tiver morador nenhum na rua e não resultar em morte de inocente.
Na hora que ouvi os fogos, botei colete, toca ninja e catei minha Ak.
[...] negócio foi tenso, horas num confronto firme, troca de tiro pesada. Além de outra facção ter subido, brotou caveirão, ficou feio o bagulho!
Escobar: eu quero saber quem foi que subiu aqui, o que eles querem e vocês vão atrás disso pra mim, porque eles quase mataram o paizão também. Quem descobri primeiro vai ganhar uma meta salgada. —dei as costas pra sair da sala.
R3: coe, e tu vai aonde?
Escobar: tô a porra de dois dias na rua, não pisei em casa pra caralho nenhum, vou fazer meus bagulhos e depois volto.
Tava cansado, se fui em casa foi só pra tomar banho, nem comer em casa não comi. Minha mãe e meu pai deve ta malucos de verdade.
Escobar: vai atrás da minha moto pra mim, menor! —dei a chave pro vapor e ele saiu correndo pra buscar.
Quando vi ela vindo na minha direção nem acreditei, a última pessoa que esperava ver aqui. Veio até mim, me abraçou, até chorou. Coração ficou como? Apertado pra caralho. É foda.
Ogro: que porra é essa que tá acontecendo? —ela desgrudou de mim rápido e virou.
Ele ia vim pra cima com tudo e a Beatriz entrou na minha frente, como se fosse adiantar de algo.
Beatriz: para Luan, fica na tua. —segurou no peito dele e empurrou com forçar.
O árabe puxou ele pelo braço e ele foi pra trás contra gosto.
Ogro: me solta porra, vou catar esse cuzão porra. Pra ele aprender que com a irmã dos outros não se mexe.
Bia: para de graça! Eu não sou mais criança não, sei com quem me envolvo.
Ogro: tu sabe mesmo Beatriz? Sabe porra nenhuma, se soubesse não estaria envolvida com bandido.
Bia: tu tem moral de que? É bandido também. —falou daquele jeito abusada dela.
Ele ia pra cima igual bicho pra bater mesmo, puxei ela pra trás com tudo e entrei na frente dela.
Escobar: na minha frente tu não toca nela não!
Ogro: qual a tua cuzao do caralho? Tu tá pegando minha irma e ainda vem roncar pra cima de mim achando que ta certo no bagulho. Quero ver você ter toda essa moral quando eu meter dois tiros na tua testa.
Escobar: único cuzao aqui é você, rapá. Tua irmã é de maior, ela sabe o que faz, tá comigo e não foi porque eu obriguei. Tenho medo de tu não porra, tá falando aí que vai dar tiro, fica só falando não pô, age.
Bia: pelo amor de Deus Maurício, faz alguma coisa. —ouvi a voz de desesperada dela e a sua mão puxando meu braço pra trás.
Ogro: tu não tem medo agora, quando eu sacar o revólver pra tu, você vai ver.
Escobar: tu só fala, não age porra nenhuma. Se tu sacar a arma aí, eu saco a minha, aí a gente resolve no teti a teti, já que tu só vira homem com arma na mão.
Ele botou a mão no coldre pra puxar a arma, mas o Árabe entrou na frente e puxou ele pra trás.
Árabe: coe Luan, ta agindo todo emocionado no bagulho.
Ogro: tá defendo ele agora, Maurício?
Árabe: não tô defendendo ninguém, mas sem lógica tu caçar briga, coe. Beatriz tem 19 anos, não é mais bebê não porra. Tu fez o que fez pra ver ela longe dessa vida não foi? A sua parte foi feita. Agora deixa ela viver a vida dela, se ela quebrar a cara, vai servir de aprendizado. Mas deixa a garota vive a porta da vida.
Ogro: só te aviso uma coisa, sempre falei pra tu ficar longe dessa raça, ser mulher de bandido não é pra tu não! Mas você não ouve ninguém, se acha a mais esperta, e olha aí com quem tá né? Mas tu vai se foder e muito, vai aprender na marra como é a vida. E esquece, não vou te ajudar em mais porra nenhuma.
Árabe: vamo meter o pé, vai Luan. —puxou ele pra dentro do carro.
Olhei pra Beatriz que estava com olho cheio de lágrima.
Escobar: bora pra casa, vem. —subi na moto e ela veio atrás, ela subiu e deitou a cabeça na minhas costas.
Acelerei e rapidinho já estávamos em casa. Rayssa veio cheia de perguntas, não tava entendendo nada.
Rayssa: vou lá em cima, deixar vocês aí conversarem. —subiu e deixou nós a sós.
Bia: eu sabia que ele não reagiria bem, só não imaginei que seria tão ruim assim. —passou a mão no rosto.
Puxei ela por meu colo e limpei as lágrimas dela.
Escobar: para de chorar pô, não gosto de ver tu assim não, na moral. Ele é super protetor com você, te trata igual criança, claro que reagiria assim, mas daqui a pouco vocês se acertam. Fica assim não.
Bia: Vinicius... —ela colocou o cabelo atrás da orelha e me olhou— eu só não quero que isso tenha sido por nada, de verdade. Não quero parecer uma emocionada, mas a gente tá junto ou não?
Escobar: por mim a gente já tava junto a muito tempo, bem antes de hoje. —beijei ela e coloquei a mão na cintura.
Meu radinho começou apitar sem parar, falaram que era bagulho urgente, envolvia o Th. Então não tive nem opção de deixar pra resolver outra hora.
Só subi e tomei um banho, coloquei uma roupa limpa, passei perfume e desci.
Escobar: fica aí tá bom? Eu não demoro. —beijei ela e sai.
Os menor na frequência tudo agitado, não dava pra ouvir nada, só espero que não seja mais bo.

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Intocável
FanfictionEu tenho amor com liberdade Quando eu vou poder dizer "quero de novo?" Quando eu vou poder dizer "'to com saudade" É que você sabe, né? Não quero incomodar Nem me precipitar, mas ser objetivo Te chamar de minha dama, aquela pegada na cama E que daqu...