43

24.9K 1.3K 130
                                    

ESCOBAR 📿

Deixei a moto ali na saída do beco, coloquei a chave no pescoço e entrei, subi ali e entrei na boca.

Cheguei sem entender nada, a Duda estava na cadeira chorando pra caralho e o R3 falando algum bagulho com Goiabada.

Escobar: tá acontecendo o que? —falei chamando a atenção deles e a Duda me olhou, a cara toda vermelha por conta dela ser branquinha.

R3: paizão pô, armaram de tróia pra ele no hospital. Mataram o Th, Escobar.

Eu não era colado no Th diariamente, mas o cara era brabo pô. Já me ajudou muito, ajudava morador, os caras tudo do movimento, como chefe ele era foda pra caralho. Claro que o cara tinha os vacilos dele, mas mesmo assim a gestão dele era foda, o único problema dele era em relação a buceta. Pra isso o cara não tinha controle nenhum mesmo. Mas mesmo assim não devia ter morrido assim.

Escobar: tira a mina daqui pô, ela não tá nem em condição.

Duda: não, Escobar, eu não tenho pra onde ir, não quero ir pra aquela casa, só me lembra ele, tudo me lembra ele. Isso tudo também é culpa minha, eu queria tanto uma viagem com ele e olha no que deu. —chorou.

Não sabia nem o que dizer, não sou bom em aconselhar ninguém não. Sempre dou o meu ombro e já era, eu sou bom ouvinte, mas na hora de falar, não sei o que dizer.

Escobar: aí, tu não vai ficar desamparada não. Tu é a primeira dama, tem os teus direitos, toma essa chave —entreguei a ela— é de uma das casas dele. Leva ela na Goiabada.

Duda: valeu aí. —esperei só ela sair pra mim falar com o R3.

Pedi pra um vapor levar ela lá e ajudar em que precisar.

Escobar: tu tem certeza disso? Como aconteceu isso?

R3: certeza absoluta, fui com a Duda reconhecer o corpo, era ele mesmo pô. Todo fodido, atiraram nele e mataram na porrada, a morte foi lenta, quem atirou queria ver ele sofrer.

Escobar: ninguém viu nada?

R3: tu tá ligado que ali não entrava e nem saía ninguém, só quem tinha acesso era os polícias. Goiabada investigou e viu que na troca de turno, ao invés dos polícias escalado irem, quem entrou foi o Soares.

Escobar: filho da puta.

Esse desgraçado tá na nossa bota a maior tempão, a gente pagava 30mil por semana pra ele. Só que ele era folgado, queria mais dinheiro, Th foi e passou ele pra trás, deve ter ficado revoltado e quis matar, por ego mesmo.

Mas vai ter volta, vou fazer questão de matar primeiro quem ele ama, depois ele.

Fui pra casa e tava na esperança da Beatriz estar aqui ainda, do jeito que é maluca capaz de pegar a pista sozinha mesmo.

Subi pro quarto e vi ela deitada, toda encolhida e sem coberta. Cobri ela e depois fui tomar meu banho, pra espairecer a mente, e vê se consigo relaxar por um momento.

Tava precisando de paz cara, depois que voltamos de búzios foi só uma pica atrás da outra. O foda é que a paz só ia voltar quando eu matasse o responsável pela morte do Th.

Coloquei um samba canção só, e deitei ali atrás da Beatriz. Coloquei o cabelo dela pra cima e me aconcheguei atrás dela sentindo seu perfume.

[...] acordei e ela não tava na cama, foi só olhar pra frente e eu vi ela no banheiro escovando os dentes. Levantei e fui até ela, cheguei por trás e dei um beijo no pescoço fazendo com que ela me olhasse através do reflexo do espelho.

Grudei mais meu corpo no dela e me estiquei pra pegar a minha escova também. Segurei com uma mão na cintura dela e a outra eu escovava meus dentes.

Ela ia sair quando acabou, mas eu segurei ela ali na minha frente. Terminei de escovar meu dentes e ela ainda permanecia no mesmo lugar.

Beijei o pescoço dela e fui subindo até a orelha dando uma mordida fraca.

Bia: nem vi você chegar ontem. —coloquei a mão por baixo do blusão que ela vestia e subi vendo que ela estava sem calcinha.

Escobar: cheguei tarde. —virei ela pra mim e me aproximei dando um beijo nela. Dei um tapa forte na bunda dela e logo em seguida apertei. Coloquei ela em cima da pia e abri as pernas dela me deixando entre elas.

Bia: Vinicius... —disse baixinho quando eu coloquei a mão na buceta dela e comecei a massagear.

Escobar: hum. —enfiei uma mão debaixo da blusa e levantei deixando os peitos dela de fora e dei uma chupada no seu bico enfurecido.

Enfiei um dedo, ela jogou a cabeça pra trás e segurou no meu ombro. Coloquei mais um e fui fazendo num ritmo bem lento.

Rayssa: Vinicius? —abriu a porta do quarto e eu rápido tirei o dedo de dentro dela e a mesma saiu da pia abaixando a blusa— a sua mãe tá aqui embaixo. A fofoqueira também.

Escobar: já vou. —falei puto, porra, maior empata foda. Tomar no cu.

Bia: você vai tem que terminar isso depois, viu?

Escobar: bora lá embaixo.

Bia: vou me trocar e desço.

Desci na frente e vi a minha mãe e a minha tia Adriana na sala.

Escobar: qual foi mãe? Essa hora e tu aqui.

Silvana: o assunto é sério Vinicius, senta aí.

Adriana: a sua Nina foi me procurar —se referiu a Marina— queria falar contigo e não sabia como.

Escobar: quero papo com aquela lá não, deixa ela nem longe de mim.

Silvana: escuta antes, pois você não tem que querer nada não. Se deixou chegar aonde chegou, a culpa é sua. A menina grávida, dizendo ela.

Intocável Onde histórias criam vida. Descubra agora