Intocável

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MARINA 🗣

Chega da ódio, eu em casa passando mal e ele lá com aquela vagabunda do caralho.

Achei mesmo que o lance deles ia passar rápido, mas não, tá durando. E pelo o que tô sabendo, ele tá bem firme com aquela monga, não tá pegando mais ninguém, quando sai ta sempre com ela e isso ta me deixando com mais ranço ainda dela.

Durante anos com ele, eu não tive isso, aí ela que chegou agora tá tendo tudo o que sempre quis? A atenção e o carinho dele. Me dói de verdade.

Fico puta por amar ele, não queria, mas infelizmente a gente não manda no coração. Enquanto eu tô aqui grávida dele e sofrendo, ele tá na maior paz com ela.

Mas agora a gente vai ter um filho, não tem como, quero ver ela aguentar a bronca. Vou infernizar até o último a vida deles. Se ele não ficar comigo, com ela não vai ficar também.

Pode ser até com outra, mas com ela não. Eu não aceito perder pra ela, tomei ranço de verdade da mona.

Kauany: ta grávida, mas não ta aleijada não. Vou limpar a porra da casa sozinha não.

Marina: então não limpa caralho, faz o que quiser, mas some da minha frente.

Kauany: otaria do caralho. —tacou a vassoura no chão e subiu as escadas.

Menina chata, fica perturbando. Eu estressada esperando o outro me responder e ela assim, me perturbando.

Mando mensagem mesmo, porque ele é pai da criança, mas ta mais ausente que tudo. Não me manda uma mensagem pra saber como tô.

Depois que mandei aquela foto ele só me bloqueou, só que aí eu já ia trocar de numero mesmo, então não adiantou de nada ele me bloquear.

Calcei meu chinelo, pronta pra sair de casa quando chegou uma mensagem dele. Meu sorriso foi de ponta a ponta.

Vidinha: ta em casa? //13hr58.
Vidinha: tenho q falar cntg // 13hr58.

Marina: tô, pd vim // 13hr59.

Subi correndo pro quarto e me troquei, porque estava só de camisola e não vou dar o gostinho dele me ver daquele jeito.

Coloquei um jeans e um cropped curtinho deixando a barriga pontuda de fora.

Confesso que não queria essa criança não, de forma nenhuma. Mas veio, infelizmente ou felizmente.

Kauany: ele tá lá embaixo. —passou na porta do meu quarto.

Marina: já vou, não atrapalha. —catei meu celular e desci as escadas vendo ele sentado no sofá e mexendo no celular— oi.

Ele ergueu a cabeça e me olhou direto no rosto, o que me irritou.

Escobar: suave? —confirmei.

Marina: achei que ia vim me ver quando nosso bebê saísse só.

Escobar: sou ocupado.