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ESCOBAR 📿

Acordei como? Com os menor me mandando várias foto do Vk amarrado, todo fodido. E eles me acionando pra ir lá finalizar logo.

Nem perdi tempo, levantei e tomei um banho, me troquei e antes de sair dei um beijo na testa da Beatriz que estava dormindo com a coberta dos pés até o pescoço, isso que nem frio tava, era só o ar condicionado.

Liguei o carro, botei um som pra ficar mec e baixei todos os vidros, queria mais é ser visto mesmo.

Cheguei pelos acesos e a comunidade tava toda movimentada já, maior agito por ser sexta feira, geral já fica naqueles pique todo. Confesso que adoro a energia que tem toda manhã de sexta e sábado, consigo aproveitar sempre que não tô de ressaca.

R3: bom dia gostoso. —beijou meu pescoço e eu me afastei rindo.

Escobar: tu devia tá numa saudade braba né não? Todo cheio de carinho pra cima de mim aí.

R3: tava mermo.

Alexandre: aí R3 acabei de fazer o que tu me pediu, foi entregue. —apareceu e eu encarei ele serinho.

R3: é isso, valeu. Esse é o parceiro que fecha pra mim na 14, Xande. —cumprimentei balançado a cabeça só— e esse é o teu chefe, Escobar.

Tava longe, mas tava vigiando. Tô ligado que esse menor tava todo todo pra cima da Beatriz, não gostei disso não. Ta na cara que ele quer ela e eu já bati neurose.

Alexandre: o que tinha morrido? Ex da Bia?

R3: ele mermo.

Escobar: e tu é o que da minha mulher?

Alexandre: apenas amigo.

Escobar: me acompanha, R3. —ignorei o outro ali e dei ombros.

Ricardo botou o braço no meu ombro e começou a rir.

R3: ciumento tu né não? Maluco é só colega dela.

Escobar: deixa ele fazer amizade com a tua mulher, brabão de mulher minha ficar de amizade com homem que tá na cara que quer pegar ela.

Cessei o assunto quando entrei na salinha e vi o Vk amarrado, meu sorriso já foi de ponta a ponta. Tô querendo acabar com ele há tanto tempo.

Um dia antes do aniversário da Beatriz eu tinha sequestrado ele, tava em busca de resposta, bati pra caralho, mas ele não abriu a boca então soltei.

Mas agora que eu peguei vai ser só uma passagem de ida pro inferno pô, ainda.

R3: ele tá todo acabado, tomou uma coça ontem e não tá nem falando nada.

Escobar: falei que queria ele inteiro pra mim poder falar com ele pô. Acorda esse pau no cu, vai.

O menino que tava ali tacou um baldão de água gelada na cara dele que reagiu abrindo os olhos e me encarou.

Escobar: bom te ver.

Vk: você... você tava morto... eu cuidei... disso. —falou cheio de dificuldade.

Escobar: cuidou errado então, nunca estive tão vivo. Mas já você, hoje é seu último dia. Era pra você ter morrido naquele dia, mas não morreu, foi Deus pô, foi Deus que te livrou daquela vez lá, mas agora não vai ter quem te livre da morte. Você vai sentar no colo do capeta.

Vk: e logo mais você.

Escobar: até lá tem chão. Tu foi muito filho da puta de entregar logo o cara que tu andava do lado e chamava de irmão, muito traíra papo reto! Por isso vai morrer vacilão, e vou morrer no microondas. —ri.

Vk: microondas não. Eu... tenho... minha mãe... ela é de idade.

Escobar: pensasse nela antes de tu fazer as suas merdas. Certeza que tu morto vai ser um fardo a menos, mãe nenhuma merece um filho tão cuzao quanto tu!

Ele não conseguia falar direito, não tinha como manter um diálogo não. Eu sem tempo pra brincadeirinha mandei logo botarem lá em cima e mandarem pro microondas logo.

Tucano: pode ir pra mídia?

Escobar: só não da mole de mostrar teu rosto, mas já grava pra ficar de ensinamento, x9 morre assim!

Menor sacou do celular, enquanto o outro arrumava os pneus. Amarraram o corpo dele em um deles e tacaram álcool, so então começaram a filmar, até eu jogar um fósforo ali e o fogo começar a aparecer.

Não demoro muito e ele começou a gritar quando o fogo chegou perto do seu pé. Aos poucos todo seu corpo estava sendo tampado pela chama e ele gemia tentando se mexer.

Escobar: bora que agora vou ver meu afilhado, fiz o que tinha que fazer. —chamei o R3 e peguei meu celular vendo as mensagens da Beatriz, respondi ela.

R3: aí, menor tá como? Bonitão, minha cara.

Escobar: ou ele tá bonitão ou ele é a tua cara pô, os dois não batem.

R3: vai se foder pô, eu sou bonito, gostoso e cheiroso, como diz o little hair.

Ele abriu a porta da casa dele e eu entrei atrás, era outra casa, maior e mais bonita que a antiga dele.

R3: amor?

Lorena: que é Ricardo? Fala baixo que o Caleb tá dormindo aí na sala. —ouvi ela gritando lá do lado de dentro.

Escobar: cadê o menor? —procurei e achei ele num mini berço no canto.

Passei o álcool que tinha ali no armário e me aproximei do bebê, bonito de verdade o menor. Mas não tinha a cara do R3 não, na real ele não parecia com ninguém, no máximo com o joelho de um dos pais dele.

Escobar: cá entre nós aqui, meu afilhado tem a maior carinha de joelho!

R3: seu cu filho da puta, meu cria é bonitão, rei delas.

Lorena: tá falando alto aí porque? —apareceu na sala.

Escobar: e aí comadre.

Quando ela me viu ficou pálida e parou de falar. Do nada a mina cai no chão, olhei assustado pro R3 que foi até ela rindo e começou balançar ela no chão.

Depois de uns segundos a doida voltou, quando me viu ficou sem falar nada.

Escobar: aí, tu não falou que eu tava vivo não? Maluco.

R3: achei que tinha comentado, devo ter esquecido.

Lorena: é de verdade?

Escobar: toda vez me perguntam a mesma coisa. Tô aqui mermo, é eu pô.

Lorena: gente... como assim? —levantou do chão— que isso cara.

Escobar: longa história comadre. Vou pegar teu filho aqui no colo, posso?

Lorena: pode. —me olhou ainda sem acreditar.

Escobar: me olha assim não pô, eu hein. —dei risada e peguei o meu de raça.

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