Between Us

Capítulo 36

Archie Desmond

      Chego na fazenda dos pais de Tessa por volta de 15:00 da tarde. Vir direto para cá, não parei em Londres ou em qualquer lugar. Assim que desembarquei em Londres, paguei um carro para me trazer.

Entro na propriedade depois de falar com um homem que fica na entrada, ele me escoltou até a casa dos Sage, um pouco desconfiado. Não lembro dele da última vez que vir até aqui.

Na casa, sentados na varanda está o senhor Sage e Elijah. Assim que percebem minha aproximação Elijah levanta, claramente confuso.

— Aconteceu algo com minha irmã? — Elijah desce às escadas, o rosto aflito.

— Tessa está bem. Estou aqui por outro motivo — Olho para o pai dele, sentado sem nenhuma expressão: — Estou aqui para pedir a mão da sua filha formalmente, senhor Sage. Eu a amo. Quero cuidar dela e fazer dela minha companheira.

Um sorriso zombateiro desenha seus lábios, fazendo seu rosto fechado com barba grisalha ficarem mais destacados.

— O que um homenzinho da cidade tem a oferecer a uma garota como minha filha? Você faz sapatos, rapaz. Trabalha sentado com pessoas servindo você. Nunca teve um dia de trabalho duro e acha que vir até minha propriedade com essa cara deslavada pedir a mão da minha filha é tão fácil? — Ele ri, sem humor.

Largo minha maleta com algumas roupas no chão de barro seco. O cachorro, Rufus, me encara com um semblante ameaçador. Ele está ao lado do senhor Sage.

— Estou disposto a passar por qualquer teste que o senhor quiser. Posso trabalhar como o senhor diz, mas não fujo do trabalho braçal. Sou muito empenhado em tudo que faço, do contrário, eu não teria a fama e dinheiro que tenho hoje. Não sou um homem fraco. Faça o que tiver vontade, estou disposto a passar pelo inferno para conseguir a mão da sua filha. — Brando, com a voz firme.

Seus olhos da mesma tonalidade de Tessa estão rígidos. Elijah me olha de braços cruzados, um bom humor passando pelo seu rosto.

— Tessa não é um produto para vir disputá-la, não a criei para ser um troféu de um campeonato. Se quer provar alguma coisa, então faça o seu melhor. O meu não você já tem. — Declara.

— Senhor Sage...

— Eu o recebi na minha casa com toda hospitalidade por ser você um convidado do meu filho. Dessa vez, não terá essa hospitalidade. Se quer casar com a minha filha aprenda a ser um homem que não necessita de ajuda. Não criei uma garotinha e muito menos darei ela a um homenzinho.

Ouço passos vindo de dentro da casa, logo a senhora Sage surge perguntado o que está acontecendo com seu sotaque forte. Seus olhos pairam sobre mim: surpresa e felicidade reflete no seu rosto.

— Oh! — Exclama.

— Senhora Sage, é muito bom rever a senhora. Como está? — Pergunto, com um sorriso.

Seu vestido é floral e ela está com seu costumeiro avental de crochê. O cabelo loiro preso em um coque firme junto a um lenço.

— O que faz aqui, filho? Aconteceu alguma coisa? — Questiona, me olhando preocupada.

— Ele veio pedir a mão de Tessa, mãe. — Anuncia Elijah contendo uma risada.