15°

1.3K 96 6
                                    

Segunda, 16:09...

Coringa

- Deu 32 reais- me olhou, entregando o sorvete pro Jhonatan.

Coringa: Que? Eu comprei só 2 picolés, irmão. Não comprei teu estoque de sorvete, não- estalei a língua, tirando uma nota de 50 do bolso e entregando na sua mão- pode ficar com o troco.

Ele agradeceu, saindo.

Jhonatan: Que delíxia- levou um dos cubinhos de gelo sabor chocolate, a boca.

Coringa: 22 conto só essa paradinha aí, tem mais é que ser muito gostoso mesmo. Se não fosse eu ia enfiar na tua boca e fazer sair pelo...

Larissa: Você não ia fazer nada, Coringa- me cortou- fica quietinho e senta aí, vai- passou por mim, levando o picolé até a boca.

Coringa: Cês tão pensando que meu dinheiro da em árvore?- questionei, levando um camarão a boca.

Já gastei papo de uns 300 conto nessas duas hora que nós tá aqui na praia, papo reto. Tudo que eles vêem, querem comprar.

Jhonatan: Xim- concordou, sentando na cadeira ao lado da minha.

Larissa: E não é?- colocou a mão na cintura, me encarando.

Coringa: Não, porra- dei um gole na minha cerveja.

Larissa: E de onde é que vem a maconha que você vende mesmo, em?- arqueou uma sobrancelha.

Ri, olhando ela jogar o palito do picolé dentro de uma sacola de lixo.

Abusada!

Coringa: Tá muito folgadinha tu, acha não?- cruzei os braços.

Larissa: Não! Queria beber alguma coisa- fez careta, comendo um camarão.

Coringa: Pega alguma coisa lá, aproveita e trás uma cerveja pra mim que a minha já tá acabando- lhe entreguei uma nota de 50.

Larissa: Tá, só isso? Quer alguma coisa, Jhonatan?- ajeitou os óculos no rosto.

50 conto foi só essa porrinha aí que ela tá usando na cara.

Mas, cê é louco, nem sou de reclamar de dinheiro! Tenho de monte, faz nem falta. Pago as parada com gosto, pelo menos tô vendo o sorriso no rosto do pivete e da guria.

Só espero que esse sorriso da Larissa esteja na minha cama mais tarde!

E outra, ela tá gatona com esse óculos aí. Deu mó charme, mó moral.

Jhonatan: Não- negou com a cabeça.

Coringa: Trás um refri pro moleque, Brasileirinha- brinquei.

Ela riu, fazendo careta.

Larissa: Brasileirinha? Só minha família me chama assim- murmurou.

Coringa: Tô ligado, bati um papo com o teu coroa. Meu mano, pô! Firmeza total- balancei a cabeça.

Ela me olhou desconfiada, caminhando na direção da barraquinha lá pra comprar nossas parada.
...

De volta ao meu mundo! Onde histórias criam vida. Descubra agora