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Domingo, 17:15...

Coringa!

Larissa: Tá bêbado?- desconfiou.

Coringa: Claro que não, pô! Tô na pureza aqui falando contigo. Sei que tô sendo otário pra caralho por tá aqui falando essas parada pra tu, nós nunca nem ficou e pá. Mas eu tô na tranquilidade, mó cota já tranquilão, sem pegar ninguém. Eu tô ligado que tu vale a pena, por isso tô te jogando essas ideia!

Larissa: Entendi!

Coringa: Ou fecha, ou vem na flecha! Decisão é tua. Se não quiser fechar, suave. Vou continuar na humilda contigo, prometi pro teu pai que ia cuidar de tu e vou fazer isso! Mas vai ser tu na tua casa e eu na minha, sem intimidade nenhuma, sem muita amizade que é pra não dar b.o- avisei- vou arrumar um barraco pra tu e os moleque, fortalecer vocês em tudo. Mas naquelas, né! Sem muito ideia.

Larissa: E se eu fechar?

Coringa: Se tu fechar, é outra história. Vai ser nós dois pra tudo e já era, quero crescer grandão do teu lado- sorri- sem caô!

Larissa: Então, a gente vai namorar?- se interessou.

Coringa: Nós faz oq tu quiser, caralho! Papo reto. Tô sendo mó pau no cu, cachorrinho de mulher do caralho, mas foda-se! É isso memo.

Larissa: E as suas garotas?- franzi a testa.

Coringa: Minhas garotas? Tá doidona?

Larissa: Sim! As suas piranhas, Coringa.

Ri.

Coringa: Eu lá quero saber de puta, porra! É eu e tu, já é? Sem puta, só nós dois. Eu sou o último dos fiéis, gatona.

Ana Julia: Papai, eu quero ir embora- veio toda molhada sentar no meu colo.

Eu estava sentado no sofá da sala, que até então estava vazia.

Coringa: Vai lá buscar tuas parada, pra nós imbicar daqui- avisei.

Ela assentiu, saindo.

Larissa: Vai ser eu na minha casa e você na sua, né?- voltei minha atenção pra novinha.

Coringa: Não é do jeito que eu quero, mas suave! Pode ser.

Larissa: Eu vou voltar pro morro que horas?

Coringa: De manhã!

Larissa: Ah sim, tá certo!

Coringa: Vai ignorar minhas ideia memo, Larissa?

Larissa: Não tô ignorando nada!

Coringa: Então fala pra mim, Larissa! Qual vai ser? Fecha ou não fecha, mina?
...

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