Até pior

3.3K 256 33
                                    

BERENICE



Continuei sentindo cada vez mais dor.


- Ele...cortou meu sutiã, mas antes de me tocar, consegui pegar uma caneta e enfiei na perna dele. Foi aí que levei o soco.
Eu levantei tentando sair do quarto, mas, o Henrique me puxou e começou a me enforcar, chutei ele e recebi um tapa.
Antes de me enforcar outra vez, minha mãe acordou chamando por ele. Só assim me soltou, mas ainda disse que não tinha acabado -

Me encolhi.

- Eu odeio ele -


- Ele ainda ameaçou vocês ? - Perguntou se referindo a meu filho e eu. - Você fica aqui. Eu vou voltar logo -

Eu jamais esperaria aquilo, mas recebi um abraço dele.

- Vai ficar tudo bem -


Aquele lugar, era o mais confortável, em que eu já havia ficado, dentro do abraço dele.

Fechei os olhos, deixando com que as lágrimas rolas sem sem pausa. Senti uma mão acariciando minha cabeça e apertei sua camisa.

- Eu odeio a minha vida, eu só queria sumir daqui -


- Não...- Antes de dizer alguma coisa, ouvimos a voz de Erick perguntando qual era o serviço. Ele ignorou e segurou meu rosto. - Não fala isso, vai ficar tudo bem...-


Caveira me soltou.


- Eu volto logo -


Se levantou e foi saindo.


- Tu tá bem ? - Erick perguntou diretamente a mim, parecia meio perdido. Nem tive tempo de responder, ele foi puxado pra fora de lá.




CAVEIRA

Sai puxando o tonto, ele não calava a boca.

- Qual foi, que ela tem ? -


- Nada, me leva na casa dela -


- Eu to perguntando oque tu fez, seu filho da puta ? Porque ela tá machucada ? - Apontou a arma na minha lata.


Segurei Erick pela gola da camisa e o prendi na parede.


- Escuta aqui, seu merda. Se você, é tão bom amigo, como não sabia que o pai estuprava ela ? E ele voltou pro morro e tentou de novo. Agora me fala, parceiro, EM ? FALA CARALHO !! -

Soltei ele.

- Agora, você para de graça e me leva pra casa dela, porque eu tô louco pra acabar com a raça daquele maldito, e se tu ficar de caô, acabo com você também -


- A minha mãe, sempre desconfiou dele, por isso a Vânia parou de falar com minha mãe - Ele parecia em choque.

Não falei nada, só fui andando atrás dele.

Não andamos muito até ele apontar a casa.


Peguei minha arma e atirei na fechadura do portão, empurrei já entrando no maior ódio.

Alguém acendeu a luz da casa.

- Vou bater nele de luz acesa - Atirei na porta e entrei. - CADÊ VOCÊ, FILHO DA PUTA ?? -


Um homem apareceu na ponta da escada.


- Caveira, quanto tempo, tu também cresceu, mas tá querendo oque aqui ? -Ele riu.


- Tu vai descobrir -


Erick, apontou a pistola pra ele e eu me aproximei também armado.


Atirei no pé do arrombado e uma mulher apareceu gritando assustada.
Era a mesma que vi no restaurante com a Berenice, outro dia.

Na mira do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora