BERENICE
Cinco dias depois e aqui estou eu, chegando em casa extremamente feliz e com um pouco menos de dor, ao realizar certos movimentos.
O Miguel me pediu pra entrar primeiro pois ele estava com algumas bolsas minhas e assim fiz.
Quase tenho um ataque do coração, pois não imaginaria aquilo nem em um milhão de anos.
Estavam as pessoas mais chegadas a nós, ao lado de uma linda mesa decorada e com um painel atrás, escrito: " Seja bem vinda, Berenice".
Senti vontade de chorar ainda mais, quando bati os olhos num pacotinho azul, nos braços da Vanessa.Olhei pra trás e Miguel sorria, abracei ele mesmo ainda sentindo um pouco incômodo por causa dos ferimentos, mas ignorei completamente.
Minha amiga veio até mim, beijou meu rosto enquanto chorava e me entregou com toda calma, o meu filho.
Eu nunca senti algo tão bom e genuíno, a sensação era a melhor de toda a minha existência.
Um arrepio percorreu meu corpo, quando vi meu pequeno abrir os olhos e me encarar por um longo tempo.Todos sorriam vendo a cena.
Beth, Kátia e Vanessa junto comigo choravam que só.
Miguel se aproximou e beijou o lado do meu pescoço que não estava machucado.
— Vai afogar ele desse jeito —
— Cala a boca, Miguel — Ri da piadinha e levei o nariz até a cabeça do meu filho. Um cheirinho tão bom se localizava ali, me deixava calma e era como se não existissem mais preocupações em minha vida.
— Eu te amo, meu amor, eu te amo muito —
— E eu ? — Júlia passou as mãos nos olhos. — Você também me ama, mãe ? —
Olhava tudo meio preocupada.
— Van, pega ele ? — Vanessa pegou Daniel e meu namorado me ajudou a sentar no sofá.
Chamei a Júlia e ela veio pro meu colo toda manhosa.
— A mamãe te ama muito, meu amor. Não duvide disso nunca, entendeu ? —Apertei minha menina num abraço e ela ficou meia sem jeito, pois estava com medo de me machucar.
Eu lembrava constantemente dela chorando ao meu lado.
— Obrigada por ficar com a mamãe, tá bom ? Você me ajudou muito — Ela sorriu.
— É sério ? — Beijou minhas bochechas. — Eu achei que você tinha morrido —
— Sim, muito sério, você segurou minha mão, lembra ? — Ela balançou a cabeça de forma positiva. — Eu não morri e nem vou morrer, ainda tenho muito que fazer cosquinhas em você —
Ela sorriu.
— Oque acha de comer aquele bolo ? —
Ela pulou do meu colo e segurou minha mão.
O Miguel me ajudou a levantar outra vez e cada um dos que estavam ali, vieram me abraçar felizes e aliviados pelo meu retorno. Eu só sabia agradecer a todos pela preocupação e pela surpresa.Logo peguei meu bebê outra vez e não o soltei mais.
As vezes, a Jú se aproximava, na intenção de saber se eu ainda me lembrava dela e olhava o irmão, quando tinha certeza de que eu não havia a esquecido, voltava a brincar.
Beth, me trouxe doces, salgados e por fim, o bolo, ela estava toda sorridente e alegre.
Juninho, toda hora vinha perguntar se eu estava bem mesmo e seu eu falava a verdade. Eu ria e confirmava como sempre.
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Na mira do Amor
RomansaDesalmado e sem amor, está disposto a lutar pela sua comunidade mas não por seu próprio coração, ele é rancoroso e problemático. O Famoso Caveira leva no peito um ódio mortal por sentimentos e pretende continuar assim. Mas a vida cobra oque não est...